Seco

“E sucedeu que, passados dias, o ribeiro se secou, porque não tinha havido chuva na terra.” 1 Reis 17:7.

O povo de Israel havia se comportado mal, como era seu costume, e Deus decide castigá-los enviando um problema sério. Iriam enfrentar uma seca. Se hoje é terrível faltar água e as fontes se secarem, não podemos imaginar o que significaria para um povo que dependia exclusivamente de sua produção agrícola.

Com a seca, a colheita seca, o pasto morre, o animais não têm o que comer e a fome aparece. Não havia hipermercados por perto, a única comida vinha das colheitas. Começava a faltar a água dos rios, se secavam as valas.

Diante desta necessidade, Deus dá a Elias uma solução. Ele o levou a um ribeiro onde podia obter água e lhe enviar comida através de alguns corvos pela manhã e à tarde. Enquanto o resto da população tinha necessidade, o profeta de Deus desfrutava do frescor da água do ribeiro e do alimento diário (um verdadeiro luxo).

Mas nada é eterno. A seca era cada vez mais grave, a água era um bem apreciado que faltava e o ribeiro de Elias se seca também. Por que Deus não sustentou Elias? Para que o enviou a esse lugar sabendo que iria acabar a água? Não podia ter criado um microclima para que o profeta ficasse mais tranqüilo apesar da grande seca?

O castigo era para o povo infiel, mas Elias não merecia. Sem dívida, também padecia das conseqüências. Deus necessitava provar a confiança de Elias. Saber se ele confiava em sua Providência, mesmo que as circunstâncias que o rodeavam dissessem o contrário.

Talvez hoje você esteja sentado diante do seu ribeiro seco, questionando a Deus. Pensando no quão bem estava a um tempo atrás, quando os problemas eram outros. Talvez você esteja pensando na injustiça de sua situação atual ruim e que não merece o que está passando.

Deus não prova qualquer um. Somente Elias estava no ribeiro quando se secou. Porque sabia que ele podia suportar. Deus sabia que a confiança de Elias na bondade de Deus não dependia da abundância da água ou da comida disponível. Dependia de Deus.

Que o seu ribeiro seco não seque a sua confiança.

REFLEXÃO – Deus continua sendo seu frescor.

Notas:

Traduzido por Paulinho Degaspari

por Daniel Perez Cliffe