Meu Amigo Hindu

Meu Amigo Hindu, filme do diretor argentino/brasileiro Hector Babenco, de O Beijo da Mulher-Aranha (1985), que teve indicações a Oscar e Globo de Ouro e do conhecido e excelente Carandiru (2003).

Trata-se de uma cinebiografia egoísta e de mau gosto, com cenas constrangedoras (especialmente a que Bárbara Paz dança ao som do clássico de Cantando na Chuva, 1952) e de total desrespeito às mulheres. O filme conta com elenco em sua maioria composto por atores brasileiros, mas falado em inglês (a língua universal…) devido o alter ego do diretor ser interpretado por Willem Dafoe.

Diego (Willem Dafoe) é um cineasta diagnosticado com câncer terminal, cuja única chance de sobrevivência é se submeter a um transplante de medula óssea experimental, que apenas é realizado nos Estados Unidos. Assim, ele parte para Washington mas antes decide se casar e se despedir dos amigos numa festa onde o orgulho e a vaidade é quem dão o mote. Já no hospital, ele conhece um menino hindu de apenas oito anos, que também está internado. Logo Diego passa a vivenciar com ele aventuras fantasiosas, inspiradas no cinema, que ajudam a suportar a dura realidade que os cerca.

O que deveria ser um filme tocante devido o fato do diretor ter sobrevivido ao câncer terminal, é uma história que causa ojeriza. No início, somos avisados pelo próprio diretor que o que vamos assistir é uma história que aconteceu com ele e que ele contaria da melhor maneira que sabia. Perdeu o prestígio comigo.

O roteiro é cheios de problemas, os personagens coadjuvantes são tratados como descartáveis e o tal amigo hindu tem pouca importância na história contada, que é enfadonha e cansativa.