As Aventuras de Paddington

Paddington é um urso que gosta de marmelada e foi criado na floresta do Peru pelos tios Pastuzo e Luzy, mas um terremoto acaba vitimando o tio Pastuzo. Diante disto, o pequeno urso é enviado pela tia para Londres, local onde mora um explorador que visitou o Peru décadas atrás.

Paddington faz então uma viagem clandestin num navio e, ao chegar, acaba indo parando na estação de trem Paddington, onde ele conhece a família Brown, que decide ajudá-lo a encontrar o tal explorador. Só que a vida na civilização e entre humanos não é tão simples, e o urso terá que se adaptar com a nova realidade.

O personagem principal foi feito de forma caprichada em animação computadorizada, assim como nos recentes Zé Colméia (Yogi Bear, 2010) de Eric Brevig e Os Smurfs (The Smurfs, 2011) e Os Smurfs 2 (The Smurfs 2, 2013) ambos de Raja Gosnell. Gostei da interação dele com os humanos e especialmente de suas trapalhadas involuntárias. Com um humor simples e com uma proposta agradável, embarcamos nessa aventura ao simpatizarmos com Paddington e passarmos a torcer por e se importar com ele.

É um filme família, onde o público infantil deve ficar satisfeito (meu filho ficou!). A cena de abertura que mostra a floresta peruana em preto e branco, como se fosse um documentário antigo está correta. A vilã (Nicole Kidman) e o elenco como um todo está bem, especialmente a sempre simpática Sally Hawkins e os demais atores britânicos: Hugh Bonneville, Peter Capaldi, Julie Walters, entre outros.

O personagem do urso Paddington é um tanto quanto conhecido no Reino Unido, e baseado em um urso de pelúcia solitário, encontrado pelo autor Michael Bond em uma prateleira de uma loja em Londres, perto da Estação Paddington, na véspera do Natal de 1956. Bond o comprou o urso como um presente para sua esposa, e acabou por inspirá-lo a escrever uma história. O esboço do visual do urso foi inspirado em antigos cinejornais que mostravam trem de cargas com crianças deixando Londres durante a guerra, com rótulos em torno de seus pescoços e seus bens em pequenas malas.

O ponto negativo do longa é a dublagem brasileira, que tem como destaque o Danilo Gentili. Citar times populares como Corinthians e Flamengo não tem sentido algum para um urso peruano que vai para Londres. Saudar uma pessoa dizendo “Fala mano!” também é estranho. Recomendo para adultos e crianças desvendarem um pouco de Londres. Nota: 7,0/10,0