O louvor tem que vir do coração

“… falando entre vós com Salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor, com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.” Efésios 5:19-20

Sempre que eu for convidado a falar ou escrever sobre louvor, eu enfatizarei o que tenho aprendido: O louvor tem que vir do coração! Se alguma vez eu deixar de falar isso, por favor, corrija-me, pois isso não é coisa que se faça.

“Entoar”, quer dizer, fazer soar, fazer ouvir, cantar. Quer dizer, também: dar o tom para se cantar ou tocar instrumento. No grego, “psallontes” – cantar, salmodiar. Não se trata de algo ocasional, mas contínuo, pois o crente cheio do Espírito vive entoando e louvando de coração ao Senhor.

“Hinos” – no grego, “himnos”, cânticos líricos festivos em louvor a um deus ou a um herói. Mas no seio da Igreja Cristã foram desenvolvidos “hinos” de louvor e adoração a Deus, compostos por seus membros. A forma verbal dessa palavra, no grego, significa “cantar”, “louvar”, “repetir por muitas e muitas vezes”.

“Cânticos espirituais” – no grego, “ode” – cântico, canções usadas para honrar a um deus ou a um herói. Serviam, também, para narrar situações do relacionamento humano (poemas e poesias musicadas). A Igreja passou a cantar cânticos espirituais, ou seja, composições que tratam de assuntos espirituais, que falam da experiência cristã, do relacionamento entre Deus e Seus servos.

Hinos e cânticos espirituais são, igualmente, termos que indicam composições musicais cristãs. Não são inspirados por Deus, como no caso dos Salmos, mas, inspirados em Deus e na Sua comunhão com o novo homem. Plinio e Tertuliano, relatando suas investigações sobre os costumes dos cristãos primitivos (ano 112 d.C.), dizem-nos que eles estavam “acostumados a se reunir em um dia fixo da semana, antes do irromper do dia, entoando hinos e cânticos espirituais ao Senhor”.

“De coração ao Senhor”, o coração do crente é o centro de sua vida, do seu intelecto, de suas emoções, é o espírito do homem que expressa adoração. Por isso o louvor tem que vir do coração, quer dizer, não é algo forçado nem fingido, mas espontâneo e verdadeiro. O louvor depende do grau de intimidade entre o que louva e o seu Deus. Alguém pode louvar de coração sem, contudo, abrir a sua boca, enquanto que outro pode estar cantando com todas as suas forças, mas seu canto não expressa, necessariamente, um louvor do coração, por se tratar de palavras, e nada mais.

“Um coração sempre grato”, o crente cheio do Espírito está sempre agradecendo a Deus Pai por todas as coisas, em nome do Senhor Jesus Cristo. Quando o Espírito reina, há em nós um coração grato a Deus, e um profundo senso de apreciação a tudo o que Ele faz. O Espírito Santo nos ensina a louvar e agradecer por tudo mesmo, até mesmo pelas provações, conseguindo ver a bênção da adversidade. O resultado é que ofereceremos sempre a Ele um louvor que vem do coração!