O louvor na igreja

“Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras. Servi ao SENHOR com alegria, apresentai-vos diante dEle com cânticos” Salmo 100:1-2

“Falando entre vós com Salmos, entoando e louvando de coração ao SENHOR, com hinos e cânticos espirituais.” Efésios 5:19

Já temos estudado sobre a importância do louvor e da adoração na vida do crente, no seu dia-a-dia, tanto individual, como coletivamente. Mas precisamos, também, pensar em como fazer isso de uma maneira espiritual nas reuniões em nossas Igrejas.

Somos Igrejas autônomas, por isso, a liderança instituída por Deus de cada Igreja deve definir como, quando e onde os irmãos se reunirão para louvar a Deus. Diante disso, quero deixar claro que não estamos propondo regras para sua igreja local.

Ceia do Senhor – De acordo com os ensinos do apóstolo Paulo, a ceia do Senhor foi instituída pelo próprio Senhor – “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão, e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós, fazei isto em memória de Mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no Meu sangue; fazei isto, todas às vezes que o beberdes, em memória de Mim.” I Coríntios 12:23-25. Podemos ler em Mateus 26:30 que, após terem ceado, Jesus e Seus discipulos “cantaram um hino”. Provavelmente todos, ou parte dos salmos 113-118, o tradicional “Hallel” (Louvor) da Páscoa.

Ceia do Senhor – momento de louvar e adorar: Creio que Jesus estava deixando claro que era impossível lembrar do Seu sacrifício por nós na cruz sem darmos a Ele o nosso louvor. Adoramos e louvamos a Deus por tudo o que Ele é e por tudo que fez e tem feito por nós. Por tudo isso creio, do fundo do meu coração, que a Ceia do Senhor é o Culto de louvor e adoração instituído por Deus para a Sua amada Igreja. Creio também que Satanás, ao longo dos anos, tem tentado confundir nossas idéias em relação a isso, visto que, na maioria das Igrejas assim chamadas denominacionais, somente uma vez por mês celebram a ceia do Senhor. Louvemos ao Senhor porque a grande maioria de nossas Igrejas tem se reunido semanalmente para recordar e anunciar a morte do Senhor, e assim, louvá-Lo e adorá-Lo de todo o coração, erguendo suas vozes cheias de gratidão e alegria por tão grande salvação.

Ceia do Senhor – momento de se alegrar: Não podemos abrir mão de participar da Ceia do Senhor. A Ceia deveria ser a reunião mais desejada por todos os remidos, pois lá, lembramos do sacrifício, da morte e ressurreição do nosso Amado Salvador, e assim, cultuamos a Ele com toda a nossa força. Pense nisso meu irmão, desligue-se de qualquer assunto ou pessoa naquela hora e concentre-se em estar louvando de coração ao Deus da sua vida. Transforme esse momento num momento muito especial e repleto de alegria – “Na presença do SENHOR há plenitude de alegria”. (Salmo 16:11).

Baseado nisso, também, penso que na ceia do Senhor podemos e devemos transmitir toda a nossa alegria, todo o nosso entusiasmo e comoção por termos sido alcançados pela graça e misericórdia no nosso Salvador, tocando e cantando “com vozes triunfantes tributos de louvor”, mas isso com reverência e santo temor, não confundindo alegria com algazarra, nem reverência com apatia.

Que o Deus de paz nos dê discernimento para celebrarmos a Ceia do Senhor de uma maneira que honre e glorifique o Seu Santo Nome.

O Período de louvor antes do Estudo Bíblico, na União de Treinamento da Mocidade, ou antes da mensagem evangelística dominical, tem sido cada vez mais visto nas Igrejas, principalmente por iniciativa dos mais jovens, mas que, com o tempo, até os mais velhos estão aderindo a essa idéia. Apesar disso, trata-se de um assunto que levanta polêmicas, e, às vezes, muita discórdia entre os mais jovens e os mais velhos.

Tenho visto, em muitos lugares, que esse período de louvor é realizado antes do início oficial da reunião de evangelização da Igreja e que somente os mais jovens participam, dando a idéia de se tratar de duas reuniões, sendo que a primeira não tem nada a ver com a segunda, e o que é pior, dando a certeza de que os mais velhos não aceitam essa reunião como sendo importante para a Igreja.

Diante disso, pergunto: Se é errado, por que permitir que nossos jovens realizem tal período de louvor? Mas, se é certo, por que nem todos participam?

Tenho ouvido muitas respostas à essas perguntas, tais como:

  • “Os jovens não vivem o que cantam”. Será que todos que dizem isso, realmente vivem 100% o que cantam ou o que pregam?

  • “Não gostamos de hinos ou cânticos que não sejam do nosso hinário”. Será que somente no passado Deus usou compositores cristãos?

  • “Não gostamos dos ritmos das músicas modernas”. Mas será que todos os ritmos das músicas modernas são inadequados para o louvor da Igreja?

  • “As músicas dos jovens não estão de acordo com a Palavra de Deus”. Por que, então, não fazem uma seleção e escolhem as que não ferem a sã doutrina?

  • “Satanás também era um adorador de Deus e deu no que deu”. Será que o erro de satanás tira de nós o rico privilélio de louvar ao nosso Deus?

  • “Há muitos abusos nessa área”. Será que não podemos achar um equilíbrio e apresentar um louvor coerente?

  • “Não aceitamos instrumentos musicais, tais como guitarra, contra-baixo ou bateria”. Mas por que aceitam que alguém cante músicas acompanhadas de playbacks que contêm esses instrumentos, ou, até mesmo, teclados modernos que produzem tais sons, como, por exemplo, bateria?

Não é meu objetivo aumentar a polêmica ou colocar os jovens contra suas lideranças, mas é preciso que haja bom senso, sinceridade e amor cristão de ambas as partes para que tal assunto seja tratado e resolvido para a glória do nosso Deus. Não podemos fugir do assunto mas tratá-lo com sabedoria e muita espiritualidade.

Já temos visto através desses estudos que Deus se agrada com os louvores do Seu povo. Vimos também que o louvor expressa a alegria, a gratidão e o amor de um povo que estava sem Deus e sem esperança nesse mundo mas que foi alcançado por Sua graça. Consideramos também que o verdadeiro louvor tem que ser autêntico, ou seja, verdadeiro e não fingido – o que canto tem que bater com o que vivo. Por que, então não louvá-Lo, ou pior ainda, impedir que outros louvem ao Senhor?

Creio que, quando o período de louvor é realizado por pessoas consagradas a Deus, com equilíbrio espiritual, com músicas (inclusive do hinário) que trazem mensagens de edificação para a Igreja, com músicas que trazem mensagens evangelísticas, com músicas que glorificam o nome do Senhor, com músicas, cujos ritmos são coerentes com o ambiente cristão e com a reverência que devemos ter para com o nosso Deus, com instrumentos consagrados a Deus, com músicos consagrados, dotados de bom senso musical e que respeitam os ouvidos e o gosto de todos os irmãos, creio que o período de louvor será muito bem-vindo no louvar da Igreja.

Não vamos impedir que se faça o que é certo para fugir do que é errado, mas levar em conta as palavras do salmista:

“Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras. Servi ao SENHOR com alegria, apresentai-vos diante dEle com cânticos” Salmo 100:1-2

“Todo ser que respira, louve ao SENHOR. Aleluia!” Salmo 150:6