Sangue Negro

Você já assistiu a um filme e não sabe se gostou ou não gostou? Aconteceu isso comigo quanto assisti Sangue Negro. Vocês podem tentar me ajudar a decidir isso!

Quando fiquei sabendo que seria exibido “Sangue Negro” no cinema que estou acostumada a ir, não pensei duas vezes. Mesmo com sono e acabada (estou trabalhando como gente grande agora!), fui encarar as 2 horas de filme. Mas o que me chamou atenção?

“Sangue Negro” (There Will Be Blood) foi o líder de indicações ao Oscar de 2008. Concorreu em 8 categorias! Levou a estatueta o protagonista da película, Daniel Day-Lewis, e o primeiro prêmio da noite do Oscar, melhor fotografia. Como sou apaixonada pelo Oscar, fui atrás das críticas de todos os filmes indicados para colocar na minha lista de filmes para assistir. Agora veja se não dá vontade de ver esse filme?

“Sangue Negro” é do diretor Paul Thomas Anderson, o mesmo que dirigiu Magnólia, outra película polêmica.

O filme é um drama épico sobre família, fé, poder e petróleo. “Sangue Negro” se passa na fronteira incendiária da Califórnia na explosão petrolífera da virada do século. A história gira em torno da época da vida de Daniel Plainview (Daniel Day-Lewis), que se transforma de um mineiro de minas de prata derrotado e pai solteiro em um magnata do petróleo que venceu pelo próprio esforço. O filme retrata a história do Plainview e seus truques para conseguir comprar os campos onde eram grandes as probabilidades de encontrar o ouro negro.

O filme é tenso, interessante, muito bem contado e todas as suas pontas bem amarradas. A atuação de Lewis é fantástica, surpreendente, iurruw mesmo! “Sangue Negro” tinha tudo para ser aprovado por mim. Por que não foi?

Eu e meu marido usamos muito uma expressão em inglês para descrever algo lento, chato, nhé, nada empolgante e coisas assim. Esse filme é BORING. Não acontece nada de muito empolgante, se arrastou durante as 2 horas, não engrena mesmo. Parece uma eterna introdução.

A trilha sonora é bem estranha. Não sei o que os caras pretendiam com a trilha sonora, pois para mim as músicas não tinham nada a ver com os momentos em que elas apareciam e muito menos com o contexto da história. Acho que eles queriam ousar e no fim ficaram sem saber o que fazer.

No início da história surge um rapaz indicando um campo para o Plainview comprar. No decorrer do filme, o mesmo rapaz se intitula de pastor de uma igreja. Ele conduzia a igreja com todos aqueles exageros que a mídia vê uma igreja pentecostal. No final, bem… no final… acontece algo interessante.

Considerações finais

Mesmo escrevendo essa crítica, não cheguei a uma conclusão. Ainda não sei se gostei ou não do filme. Mas ele me serviu para refletir em algumas coisas que é sempre bom pararmos para pensar:

1: Até onde a humanidade chega para adquirir poder?
2: Maquiavel está certo, o fim justifica os meios?
3: Quem são nossos verdadeiros amigos?
4: O que acontece em minha igreja é teatro ou verdade?

Já vi muita gente perdendo a noção do que é realmente importante para ela, passando por cima de pessoas e leis para atingir seus propósitos.

Nós, cristãos, temos nosso propósito. Não precisamos e nem podemos passar por cima de leis e pessoas para atingir nossos propósitos. Mas o que leva uma pessoa a correr atrás de seus objetivos e nós ficarmos parados? Já viu o que uma pessoa é capaz de fazer para ser o que ela quer ser? E nós? Estamos esgotando os nossos recursos para atingirmos nosso alvo?

Qual é o seu alvo?