As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian

Sabe aqueles filmes que você vai ver só por ver, sem aquela empolgação e sem expectativas? Pois é. Foi como eu fui ver As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian.

Eu gostei bastante do primeiro, vi no cinema e algumas vezes na igreja também, já que tem muitas analogias com o cristianismo e Jesus Cristo, que eu apreciei bastante, mas eu realmente não estava empolgado com a continuação – já que a analogia principal se “fecha” no primeiro filme.

Outro motivo também é como esses filmes de fantasia têm se multiplicado ultimamente – Spiderwick, Bússola de Ouro, Stardust e aí vai… Eu, apesar de gostar muito, acho que isso está desgastando um pouco o gênero.

Voltando ao filme em pauta, eu tive muitas boas surpresas. Existem muitas continuações que são cópia do script do primeiro, com algumas diferenças, mas não é o caso aqui. Consegue ser bem mais original do que eu esperava. Até mesmo as batalhas conseguem fugir do clichê e ser diferentes das anteriores.

O tema deste filme é, claramente, a fé. Gostei como agora pode-se fazer analogia com a continuação da vida cristã, o amadurecimento. No início, primeiro filme, quando se precisou, ali estava o Aslam para salvar o dia. Agora, o que fazer se ele parece não estar por perto? Uma história realmente nova, bem amarrada, com boas seqüências que demonstram os erros e as tentações dos personagens, assim como sua reação às situações extremas, e a fé abalada.

O que eu achei realmente engraçado no filme é que, apesar de ser Disney, um filme-família, e ser focado no público infantil, ele é muito violento. Quase não se vê sangue, propriamente, mas a violência está por todo lado. Você vê um personagem bonitinho, engraçadinho, fofinho (quem assistir vai sacar qual) que simplesmente, após uma piada, degola alguém. Não é curioso? Eu infelizmente não tive coragem de ler os livros – e acho que nunca lerei – mas imagino que isso seja porque não é muito fácil realizar esta adaptação sem a violência em si, já que guerra é guerra. Não dá pra aliviar muito.

Eu recomendo o filme, e acho que dá pra aproveitar muito dele para edificação de cristãos. Há lições que precisam ser aprendidas, principalmente nestes tempos em que alcançar milagres parece tão fácil quanto pedir uma mcOferta.