WALL-E

Assisti Wall-E no dia 30 de junho de 2008 e até hoje (09 de julho de 2008) não tem um dia sequer que eu não falei do filme com alguém. Falei no trabalho, com meu marido, com meus amigos na internet… e em todas essas conversas eu praticamente implorava pras pessoas a assistirem o filme e aqui não será diferente! CORRAM PARA O CINEMA MAIS PRÓXIMO E ASSISTAM WALL-E! Ufa… tomara que alguém me escute a tempo.

O filme é maravilhoso e serve para todos os tipos de pessoas: para os nerds o filme é digitalmente perfeito; para as mulheres: fofo; para as crianças: divertido; para os idosos: aventura pura; para os homens: coeso e, para os românticos: TUDO!

Pixar é sinônimo de sucesso. Acho que está muito longe de chegar o dia em que a Pixar perderá a mão em realizar animações. Dona dos sucessos “Toy Story”, “Procurando Nemo”, “Carros”, “Vida de Inseto”, “Monstros S.A”, “Os Incríveis”, “Ratatouille” e agora “Wall-E”, a Pixar tem se mostrado melhor a cada animação. Eu já havia achado a idéia de rato cozinhar meio estranha, mas conferi a maravilha que é Ratatouille e agora a idéia de fazer um filme com um Robô e seu melhor amigo ser uma barata dar certo?! Pois é! Wall-E deu mais do que certo, é inesquecível.

O filme se passa nos anos de 2700 e a Terra é praticamente inabitável devido a toda sujeira que o homem acumulou por seus longos anos habitando o planeta. Os humanos partiram há 700 anos e vivem agora em uma espécie de cruzeiro espacial, equipados com tecnologias que restringem ainda mais a interação com outras pessoas e tornam desnecessário qualquer tipo de movimento, até mesmo o da mastigação. Eles se locomovem por sofás voadores e se alimentam apenas de líquidos, o que os tornou obesos e alheios aos arredores. Wall-E é um robô destinado a limpar toda a sujeira deixada na Terra. O filme passa um bom tempo sem diálogo, porém é completamente entendível (existe essa palavra?) devida à bela atuação do robô e sua inseparável amiga baratinha. E a simplicidade é um dos fatores mais encantadores do novo longa-metragem da Pixar. O que falta em diálogo sobra em qualidade de animação.

Wall-E é um robô que possui personalidade e em sua limpeza pela Terra ele guarda objetos que ele acaba desenvolvendo relações sentimentais com eles. Entre limpar, construir prédios de entulho, guardar objetos encontrados e assistir seus filmes em sua organizada e catalogada casa, ele realizava sua rotina com muita dedicação, até que um dia pousa uma aeronave com a robô EVA (interessante o nome, não é?), uma robô enviada à Terra para procurar qualquer vestígio de vida. Esse encontro é muito divertido e, após algum tempo, Eva dá espaço para Wall-E conhecê-la e daí cresce uma grande amizade, e desculpe-me os spoilers, um futuro romance.

Além de romance, ação, tensão e diversão, a película também traz grandes lições para nossa vida. É na simplicidade das coisas que encontramos grande felicidade. Nesse mundo cibernético que a cada dia se torna mais virtual, não se valoriza o relacionamento físico entre as pessoas. Quantas vezes mandamos mensagens através de celular, voip, e outros meios eletrônicos e nos contentamos a este tipo de nutrição de uma amizade. Os recursos digitais são importantes para perdurar a amizade e o vínculo com pessoas especiais, mas não podem ser substituídos por encontros físicos e por uma boa conversa face to face. Em vários momentos do filme, Wall-E reúne suas mãozinhas metálicas tentando entender o que isso traz aos humanos, e nós estamos perdendo o significado desse toque tão gostoso.

Bom, nem preciso dizer o quanto amei esse filme. É uma das melhores animações já feitas neste mundo! Vou terminar com o mesmo apelo que fiz no início. Corra para o cinema mais próximo e confira Wall-E! Só um conselho: leve um lenço de papel pois há grandes possiblidades de lágrimas escorrerem por sua face!

Ai! Ai! Ai!

Uma dica final: Não esqueça de chegar antes da sessão começar pra não correr o risco de perder mais um fabuloso curta-metragem da Pixar.