Tremor pode ter matado 2 mil, diz vice-presidente

O terremoto de magnitude 8,7 que abalou a ilha de Sumatra nesta segunda-feira provavelmente provocou a morte de entre mil e 2 mil pessoas na ilha indonésia de Nias, disse o vice-presidente do país, Jusuf Kalla em entrevista à rádio Elshinta. O tremor ocorreu às 23h09, hora local (13h09 de segunda-feira em Brasília), com epicentro localizado a cerca de 30 quilômetros de profundidade no oceano Índico e 200 quilômetros da localidade de Sibolga, no litoral de Sumatra.

O abalo causou alerta de tsunamis nos países do Oceano Índico, fazendo milhares deixarem suas casas em pânico. A Tailândia, o Sri Lanka e a Índia já divulgaram que não correm mais risco de ser atingidos pelo fenômeno.

Com relação ao número de vítimas, ainda não há números exatos. “Fizemos um prognóstico, e é apenas um cálculo estimado, que o número de mortos pode ser entre mil e dois mil”, disse Jusuf Kalla. Ele afirmou que o cálculo não se baseia em uma contagem de corpos, mas na estimativa de acordo com a destruição dos edifícios. Segundo a agência AFP, a Agência Nacional de Coordenação de Desastres confirmou o número de 300 mortos na Indonésia. Há informações de várias pessoas soterradas ou presas em escombros.

A cidade de Gunungsitoli, a mais importante da ilha de Nias, foi a mais atingida. A análise é de que até 75% de Gunungsitoli foi seriamente danificada, com pelo menos 70% dos prédios destruídos. “Sobre as vítimas, não podemos contá-la agora. Nós sabemos somente que há muitos prédios afetados e uma grande possibilidade que centenas de pessoas tenham morrido. É muito provável que o número de mortos aumente”, disse, Zulkifly Sirait, um sargento de polícia de Nias.

“A situação ainda é de pânico porque a cada 15 minutos há tremores”, disse o vice-chefe de polícia Alisman Nainggolan, falando após mais de seis horas após o terremoto mais forte.

Funcionários do governo de Nias declararam à rádio que desde o amanhecer foram intensificados os esforços para encontrar sobreviventes, enquanto os feridos continuam chegando aos hospitais da ilha, que estão lotados. Espera-se a chegada em breve de helicópteros da Organização das Nações Unidas para supervisionar a região afetada e avaliar os estragos.

Ainda não há notícias dos prejuízos em Muara Indah e Pantai Ladara, localidades no litoral oriental de Nias. A região é um reconhecido centro de surf, no qual pelo menos 350 moradores desapareceram e 10 mil ficaram desamparados no tsunami de 26 de dezembro de 2004.

Fonte: Terra