Carta a Richard Dawkins (4)

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Tirando a culpa

Não concordo que a Escritura diga que eu tenha que herdar alguma culpa pela falta de Adão ou, em relação a Deus, tenha que ser culpado, também, pelos pecados que eu cometo. E se não temos que herdar, nem nós e nem as crianças – nascidas ou por nascer[1], qualquer culpa pela falta de Adão, que importância teria ele na história da humanidade? Na carta aos Romanos se diz que, por meio de um só homem, o pecado entrou no mundo e, pelo pecado, a morte, e assim a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram [2]. Esta parece ser, de fato, a importância de Adão: trazer a morte a todos os homens e, dentro dela, o pecado. De Adão não se herda, assim, culpa, mas morte: e por isso todos pecaram (e continuam pecando): porque todos nasceram na morte; e, na morte, não há como não pecar. O que herdo de Adão, portanto, é morte e um corpo pecador; e não culpa: nem pelo pecado que ele cometeu e, aliás, em relação a Deus, nem pelo pecado que eu cometo! Contudo, esta ausência de culpa não melhora minha condição em relação a Deus – pelo contrário, evidencia, ainda mais, a gravidade do meu afastamento: ou seja, se Adão, tendo a opção de não pecar (pois a morte ainda não existia), entrou na morte através do pecado, no meu caso, além de não ter a opção de não pecar, eu entro no pecado através da morte.

Culpa e graça

De acordo com a interpretação habitual, ou histórica, temos atribuído à culpa o mesmo sentido que a Escritura reservou para a graça. Na mesma Carta aos Romanos, um pouco antes [3], se diz que Abraão creu em Deus, e isso lhe foi levado em conta de justiça; e, como, aliás, também Davi proclama a bem-aventurança do homem a quem Deus credita a justiça (…). Quando se rotula o homem “culpado” pela transgressão de Adão, “creditamos” ao homem essa culpa –que ele, na verdade, não parece ter: quem tem culpa pelo pecado de Adão é o próprio Adão! Como já se disse acima, o que herdamos de Adão é morte e um corpo pecador; e isto se aplica também a Dawkins – queira ele ou não, tendo em vista que ele, assim como eu, também morrerá (espero, aliás, que morra antes de mim, já que nasceu em 1941 e eu, muito depois, em 1958). Não fosse a Escritura, porém, não se saberia disso; não fosse a Lei de Moisés não se entenderia o pecado, que, aliás, já existia, há muito, no mundo – mas o pecado não é levado em conta quando não existe lei [4]. Mas a lei não vem para “creditar” culpa: o que ela deve fazer é instruir a respeito do pecado, mostrando que todos, sem exceção, pecam (é por isso que não cabe culpa: por que não há como evitar, em relação a Deus, o pecado). Assim, não parece que o interesse de Deus é ajuntar uma multidão de desgraçados, atribuindo-lhes culpa e mais culpa por causa do pecado; longe disso, a salvação do Novo Testamento, no que toca ao pecado, é exatamente a possibilidade de não considerá-lo: Bem-aventurados aqueles cujas ofensas foram perdoadas e cujos pecados foram encobertos. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não leva em conta o pecado [5]. E qual o pecado? O de Adão? Não, mas o pecado daqueles que não pecaram de modo semelhante à transgressão de Adão [6]. Porque, não fosse assim, a salvação teria que incluir um exercício bem esquisito de “põe pecado fictício”, em quem não tem culpa (pelo pecado de Adão) e “tira culpa fictícia” de quem, pela impossibilidade de não pecar (todos nós), não poderia mesmo ter culpa.

Se a salvação, vista desta maneira, não tira o pecado herdado –porque ele não existe, e se, também, não tira a culpa dos demais pecados -porque ela não existe, o que muda na loucura de pedra do Novo Testamento?

Dizer que não há herança ou culpa não significa dizer que não existe pecado – que já estava no mundo antes de ser dada à lei – pois o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte – que, também ela, se não existia no mundo antes do pecado, já estava também no mundo quando veio a lei. E sob a morte, umbigo do pecado, todos pecaram – porque todos morrem, mesmo aqueles que não cometeram pecado semelhante à transgressão de Adão [7]. Ou seja: Adão pecou, e, depois, dele, todos, dessa geração nascida fora do paraíso, na morte, pecamos.

Salvação

Temos falado em salvação; Dawkins fala em expiação do pecado hereditário e Jesus como o redentor de todos os nossos pecados. O dicionário pode ser um apoio suficiente no tocante aos significados relacionados a estes termos. Em seus principais significados seguem, para cada um deles, as respectivas definições. SALVAÇÃO: ato ou efeito de salvar (-se), ou de remir. SALVAR: tirar ou livrar (de ruína ou perigo), por a salvo, livrar de ruína ou perda total, conservar, guardar, manter, defender, preservar, poupar, salvaguardar, livrar da morte, etc. REMIR: adquirir de novo, tirar do cativeiro, resgatar, recuperar-se de uma falta, reabilitar-se, etc. EXPIAÇÃO: ato ou efeito de expiar. EXPIAR: remir (a culpa) cumprindo pena; pagar; sofrer as conseqüências de; sofrer, padecer; purificar; purificar-se. REDENTOR: que redime; aquele que redime. REDIMIR: Remir e, finalmente, REDENÇÃO: ato ou efeito de remir; ajuda ou recurso capaz de livrar ou salvar alguém de situação aflitiva ou perigosa [8].

Salvação, portanto, seja ela qual for, vai pedir sempre duas perguntas: (1ª) salvar o quê?; e, (2ª) de quê? -pois, o que não existe não precisa ser salvo; e também não precisa de salvação aquilo que existe e não tem dano ou risco de perda. Assim, com relação às coisas que existem, “salvação” tem dois significados: não deixar perder o que tem risco de perda (salvar), ou recuperar aquilo que, depois de feito, se perdeu (remir).

Paulo nos diz em outra carta [9], que a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado. Isto significa dizer que o pecado de Gênesis 3:6 dividiu a Escritura em duas partes: a primeira, anterior ao pecado, se refere a tudo o que ocorreu até ele; e a segunda, posterior ao pecado, relata as ocorrências seguintes a ele, incluindo o Novo Testamento, o próprio Dawkins, eu, os Estados Unidos, o Talibã e tudo o que existe, ou existiu, no mundo inteiro, até hoje. Acontece, entretanto, que a gravidade desse primeiro pecado não repercutiu apenas no que viria depois dele: atingiu, também, toda a obra que já estava pronta antes dele (porque, quando o autor diz tudo, refere-se também ao que já existia) e lhe ficou sujeita, não por seu querer, mas por vontade daquele que a submeteu [10]. E o que já existia antes do pecado? Toda a criação, pois em Gênesis 2:2,4 antes mesmo de narrar o paraíso, ficou escrito que Deus concluiu no sétimo dia a obra que fizera e no sétimo dia descansou, depois de toda a obra que fizera. Deus abençoou o sétimo dia e o santificou, pois nele descansou de toda a sua obra da criação. Esta é a história do céu e da terra, quando foram criados. Este texto é marcante e definitivo. Como teremos que ver mais adiante, a história da criação termina aqui, e isto é bem acentuado: por quatro vezes se diz que, a obra da criação havia terminado, e que Deus já havia terminado de fazer a obra inteira da criação.

A salvação da criação

E aí, Dawkins? Tranqüilo? Provavelmente a pergunta que temos pela frente, agora, seja: Qual, então, a finalidade da expiação realizada pelo Novo Testamento se o pecado de Adão não for “imputado” e se não nos cabe, também, “culpa” pelos pecados vividos depois dele? Talvez fosse mais acertado responder que a finalidade da Salvação seja salvar [o que?] a criação [de quê?] do pecado. Isso realmente parece verdadeiro, além de simples e óbvio. Mas, se de fato é assim, porque nada mudou na criação depois de concluída ou consumada [11] a Salvação? Alguém poderia dizer que, “na verdade, veja bem, a salvação –que só se consegue pela fé, é coisa que ainda virá no futuro, quando será dado aos que crêem, o prêmio da vida eterna!”.

Ainda bem, e graças a Deus por isso, que a salvação vem mesmo pela fé, e não leva em conta o torpor, ou a arrogância, com que muitas vezes tratamos os detalhes, nem sempre sutis, do texto apresentado pela Escritura.

Temos tido uma interpretação equivocada dos primeiros capítulos do Gênesis. E este parece ser nosso maior erro: não assumir as mudanças que pontuaram o cenário da criação a partir do sétimo dia [12]. Paulo diz que por meio de um só homem o pecado entrou no mundo e, pelo pecado, a morte, e assim a morte passou a todos os homens (…) [13]. E isto é o que precisamos assumir: que a morte não fora criada na primeira semana, mas que entrou no mundo depois que a criação estava pronta. Se o que buscamos é consistência na interpretação, temos que aceitar que a morte não existia até o pecado, só iniciando-se, na criação, depois dele; se queremos coerência na exposição, é preciso reconhecer que a morte não poderia, obviamente, figurar no cenário da criação enquanto não havia pecado; e se precisamos de conseqüência na exposição dos eventos, é preciso admitir que houve mudanças no cenário natural, depois que a obra da criação já se encontrava pronta.

Nossa tarefa será a de substituir a interpretação comum, que nos dá a idéia – falsa – de que a história da criação pretende nos informar sobre tudo o que existe, atualmente, no mundo, por outra mais adequada, que nos diz como foi que o mundo criado até o sexto dia – e terminado “muito bom”- se transformou, depois da morte, neste outro mundo que conhecemos hoje, no qual vivemos e, com ele, interagimos. Se quisermos entender, de fato, como o nosso mundo se tornou o que é hoje, temos que continuar a leitura do Gênesis até o dilúvio – a fim de verificar as mudanças físicas que sobrevieram a ele; temos que ler os demais livros da Lei e do Antigo Testamento, se quisermos entender a dimensão e a gravidade das mudanças que surgiram com a morte; e, por fim, temos que ler o Novo Testamento, se o que buscamos é entender nossa condição humana, o mundo de um modo geral e a finalidade da Escritura.

Adão não salvou

Terminado o trabalho de criar, na primeira semana, descreve-se, no capítulo dois, a feitura do paraíso e a formação do casal de humanos ali colocados. É dado a este homem o mandamento de não comer do fruto da árvore da ciência do bem e do mal e, no caso da obediência, o poder de se evitar a morte. Paulo fala em Adão como figura daquele que devia vir… [14] Ou seja, Adão também fora chamado para desempenhar um papel salvador – o de salvar a criação que estivera pronta até ali. Na seqüência do texto informa-se que não houve fidelidade: o homem comeu do fruto da árvore proibida e pecou contra o mandamento que lhe fora dado, pondo a perder o paraíso que lhe cabia preservar.

Interessante a associação que me ocorre quando digito este texto. A programação deste software [15] incorpora o sentido bíblico exato (e literal, conforme o dicionário) do que estamos falando. O texto que digito está integralmente na tela, diante de mim, e, se não quero perdê-lo, tenho que “clicar” em salvar: ou seja, para não perdê-lo, devo salvá-lo. Note-se que quando aciono salvar o texto não está perdido, mas corre o risco de perder-se. A idéia que posso ter dessa argumentação de Paulo é que Adão, o primeiro salvador não cumpriu seu papel de salvar, deixando perder, com sua não obediência no paraíso, a criação inicial. O Cristianismo tem entendido, e me parece coerentemente, Jesus como o segundo Adão, na história da salvação [16]. Entretanto, além de salvador, Jesus é chamado também de Redentor, como Dawkins se refere em seu livro. Vimos acima que Remir tem um significado um pouco diferente de Salvar: se salvar tem a ver com algo que ainda não se perdeu (mas corre o risco de perder-se), remir tem um sentido mais próprio de recuperar o que já é dado como perdido. Neste mesmo software que utilizo, diante de uma falha eventual de energia, a integridade do documento é prejudicada e o material digitado que não fora salvo até aquele momento se perde; mesmo assim, o documento é sustentado precariamente pela máquina até que, no retorno da normalidade da energia, o programa peça que (o documento avariado) seja salvo (agora no sentido de remir), sob outro nome de arquivo. Novamente a imagem é adequada para o conteúdo do Novo Testamento: a integridade que se perdeu, com a falha da energia (infidelidade/Adão), pôde voltar à existência – ainda que danificada, sob outro nome de arquivo – conforme se pede em recuperar, ou salvar como (fidelidade/Jesus).

Voltemos a Paulo: o salário do pecado é a morte [17]. Se Adão pecou, teria de morrer; e ele, de fato, morreu. O que nem sempre atentamos é que, quando ele pecou, ainda não tinha descendência: a descendência lhe foi dada depois do pecado. Se hoje somos da sua descendência, pode parecer que a Lei “não fora” cumprida; isto sem considerar que o próprio Deus desconsiderou sua palavra ou “descumpriu” sua própria Lei. O que o Novo Testamento parece mostrar é que esta “tolerância” – a de permitir que houvesse descendência para Adão, mesmo na vigência do pecado e da morte, teve um custo, um preço: uma fidelidade até a morte – e morte de cruz, na própria arena do pecado – levada a efeito pelos descendentes que vieram depois dele (eles não sabem o que fazem [18]). Pudemos ganhar existência, assim, dentro da morte que sobreveio a Adão; vivendo, no corpo, a morte “inaugurada” por Adão. E se nesse corpo de morte tenho alguma espécie de vida – e nela continuo pecando, deve ser porque já recebemos algum perdão, alguma remissão, ou nosso pecado foi encoberto – e isto vale, inclusive, para Dawkins, é claro, na graça comum.

Até onde sei, a Escritura não diz como isto teria sido decidido, entre Jesus e Deus, mas me vem à lembrança os diálogos anteriores entre Moisés e Deus – numa situação parecida, quando, depois de um episódio de infidelidade coletiva, Deus iria por fim ao projeto de levar o povo do Egito para outra terra,. Disse Deus a Moisés: Agora, pois, deixa-me, para que se acenda contra eles a minha ira e eu os consuma; e farei de ti uma grande nação. Moisés, porém, disse-Lhe: (…) Abranda o furor de tua ira e renuncia ao castigo que pretendias impor ao teu povo (…). No dia seguinte Moisés disse ao povo que iria novamente a Deus, para tratar de expiar o vosso pecado. E Deus, na seqüência, lhe disse: Farei ainda o que disseste porque encontraste graça aos meus olhos e conheço-te pelo nome [19]. Se a contrapartida pontual para o pecado referido seria o término, ali mesmo, do projeto de levá-los à nova terra – já que morrendo todos não haveria descendentes, a expiação de Moisés garantiu que a empreitada continuasse, ainda que o pecado deles não tenha sido desconsiderado: a geração participante daquele pecado morreu – sem conhecer a nova terra, mas a redenção conseguida por Moisés garantiu a posse dela para a geração seguinte.

Deus parece adotar um princípio federativo, falando com representantes, como se pode ver por esta ilustração de Moisés (e, em se tratando do livro de Dawkins, é preciso ressalvar que me refiro apenas ao período coberto pela Bíblia, não tendo em mente, portanto, qualquer representante dos Estados Unidos [20]). O mérito que teve Moisés, em conseguir manter o propósito inicial de assegurar uma nova terra, faltou a Adão, que não conseguiu garantir-nos a posse do paraíso, ainda que, como veremos mais adiante, pôde entender que alguma redenção estaria sendo providenciada a partir de Eva. Conforme diz o Novo Testamento, Jesus, como Moisés, reuniu mérito suficiente para garantir a redenção de muitos, e da própria criação que, mesmo depois do pecado e apesar da morte, puderam conhecer a existência. E esta garantia parece estar assegurada, segundo a Escritura, antes mesmo do início da criação. Isto, porém, não tem sido sem custo, como já vimos, tal qual a redenção provida por Moisés, que também custou – no perdão, o derramamento de sangue daqueles que não tomaram posse da terra – o salário do pecado é a morte.

Em nosso caso, qual tem sido o derramamento de sangue – já que continuamente pecamos e, ainda assim, permanecemos vivos. Em primeiro lugar, o sangue do próprio redentor, e, em segundo lugar, o sangue de todos nós [21], que vivemos a morte, nesta existência, que só tem início, também, mediante o derramamento de sangue da maternidade.

A redenção se inicia em Eva

Misturamos tudo quando dizemos que Deus criou Adão e Eva. Ora, Deus não criou Eva; Deus criou a mulher. O nome Eva só aparece na Escritura depois que ocorreram fatos bem importantes, como o pecado e a infiltração da morte. Portanto, se Deus terminou a criação antes do pecado, isso quer dizer que Eva não pertence mais à história da criação, e deve ser entendida, necessariamente, como personagem de outra história, que irá ocupar toda a Escritura: a que trata da Salvação. A maternidade instituída em Eva, assim, parece inaugurar e dar seqüência à redenção. Como se verá mais adiante, as transformações operadas no corpo da mulher, e iniciadas logo depois do pecado para esse fim, reúne elementos típicos da história da salvação. Não teria condições, é claro, de avaliar todas as dimensões desta redenção que, descrita na Escritura, e iniciando-se em Eva, transcende a História e até mesmo a Escritura. Nosso interesse, aqui, é identificar os atos que, pertencendo à redenção – porque ocorrem depois do pecado – devem ser isolados e separados da obra anterior, da criação dos seis dias.

Logo depois de pecar, e ouvir de Deus a respeito das coisas que viriam na morte, Adão dá a sua mulher o nome de Eva –porque ela seria a mãe de todos os viventes. Levando a sério o contexto de morte provocado pelo pecado, e negando ao episódio um toque inesperado de sadomasoquismo, como diria Dawkins, (já que seria mais adequado dizer que Eva seria a mãe de todos os morrentes), essa mudança de nome, de mulher para Eva, soa como reconhecimento e profecia – por parte de Adão, da obra de Redenção: mesmo depois do pecado, no pecado e na morte [22], haveria viventes ou, melhor seria dizer, sobreviventes.

Leia a continuação desta carta

Notas:

[1] O que encontramos no Salmo 51, 4.5 e 7, não me parece herança de culpa, mas o reconhecimento cabal da nossa constituição biológica, sob a morte: desde o ventre materno até à vida adulta, nossa conformação orgânica repercute o pecado: Lava-me inteiro de minha iniqüidade e purifica-me do meu pecado! Pois conheço as minhas transgressões e diante de mim está sempre meu pecado; (…) Eis que eu nasci na iniqüidade, minha mãe concebeu-me no pecado. Paulo dirá mais adiante (Romanos 7, 22. 23): Eu me comprazo na lei de Deus (…); mas percebo outra lei em meus membros, que peleja contra a lei da minha razão e que me acorrenta à lei do pecado que existe em meus membros.

[2] Romanos 5, 12.

[3] Romanos 4, 3. 6.

[4] Romanos 5, 13.

[5] Romanos 4, 7. 8.

[6] Romanos 5, 14.

[7] Romanos 5, 12 – 14.

[8] Aurélio, Novo dicionário da língua portuguesa, pp. 599, 1201, 1213, 1264 e 1265.

[9] Gálatas 3, 22.

[10] Romanos 8, 20.

[11] João 19, 28. 30.

[12] Cometemos continuamente este erro, quando não atentamos para a “queda”, ou a decomposição que sobreveio ao mundo – com a chegada da morte, e seguiu, depois dela, “prosperando”, até os dias de Noé – quando foi “travada” no final do dilúvio. Darwin, p.ex. (Origem das espécies, p. 167), assim se manifestou em relação a este equívoco: “As pessoas que acreditam na idéia de que todo o ser vivo foi criado com a conformação que atualmente ostenta devem ocasionalmente ficar surpresas, especialmente quando se deparam com animais cujos hábitos não combinam inteiramente com suas conformações estruturais”. Ou seja, Darwin pressupõe, nesse raciocínio, que as espécies já foram criadas morrendo.

[13] Romanos 5, 12.

[14] Romanos 5, 14.

[15] Windows XP, © 1985 – 2001, Microsoft Corporation.

[16] Bíblia de Jerusalém, nota “s”, p. 2127.

[17] Romanos 6, 23.

[18] Lucas 23, 34.

[19] Êxodo 32,10. 12. 30; 33. 17.

[20] Deus, um delírio: p. 125.

[21] Paulo diz, em Colossenses 1,24: eu me regozijo nos meus sofrimentos por vós, e completo, na minha carne, o que falta das tribulações de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja.

[22] Romanos 7,24: (…) Quem me libertará deste corpo de morte?

por Jorge Luiz Sperandio