Um poeta tem toda a alegria de quem canta,
Mas, sempre com uma gota amarga de tristeza…
Que dá o tom à poesia, que lhe transmite beleza!
Fica lá no fundo do coração, no pezinho da garganta.
Toda boa poesia é triste, por mais alegre que pareça;
É preciso que assim seja, pra que a poesia aconteça,
Pra que a vida seja plena, ao menos na ponta da pena!
Assim cada riso é uma música, cada sussurro é um verso e cada choro um poema!
O sofrimento presente, a alegria por vir,
São como a noite e o dia, são como a vida e a morte…
O que o faz chorar, o que o leva a sorrir,
Ambos lhe tornam mais vivo, ambos lhe deixam mais forte.
Um poeta sente a dor e a alegria,
Como quem sente o frio da noite.
Como quem queima ao sol do meio dia,
Como quem chora de alegria e ri-se dos açoites!
Na vida há tempo pra tudo! Pra se sorrir e pra chorar.
Mas um poeta mistura todos os tempos num só!
E ri chorando, chora rindo, abre os olhos pra sonhar…
E no balanço da vida, nas voltas que o mundo dá, seu coração dá um nó!
E é esse nó que na garganta, se transforma em poesia!
Tradução de pensamentos, emoções e sentimentos que embolam no coração!
E que só um poeta consegue expressar com exatidão, com maestria!
Como quem rege uma orquestra e junta tristeza e festa; mas, sem fazer confusão!
Para ruminar vida afora:
“Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.” Provérbios 25:11