Velorium et homo sapiens II: o velório do pobre

Velório de pobre é oto papo, certo mano!
A viúva dá vexame… – Aí ó os omi da funerária tão aí fora cobrando!
Dois ou três num cantinho, contam piada pra passar o tempo…
Roupas surradas, pouco dinheiro, mas muito sentimento!

É muito triste o desespero, o abandono, a solidão!
É a morte sem maquiagem! O triste fim de quem viveu em vão!
Batalhando sempre por um pouco mais de dinheiro, de sexo, de sorte…
Sonhando em frente da TV com uma vida melhor; até que veio a morte!

Deixa esposa, filhos, algumas dívidas e saudades…
Aqui jaz o fulano de tal, morreu novo, na flor da idade!
Morreu como viveu: o prato na mão, em frente à TV depois do serviço.
Sua vida consistiu em comer, beber, vestir, trabalhar e se divertir um pouco, só isso.

Camisa pra fora da calça, jamais sequer provou um terno!
Preferiu não pensar nessas coisas de céu, inferno…
Deixou de lado a morte, se afastou da vida, do Deus eterno.
Chora a viúva soluçante: “Foi pra um lugar melhor! Assim espero!”

É, é a vida! Mas não precisa ser assim.
Deus não é o pai dos pobres e a miséria não determina o seu fim.
A salvação depende do seu coração.
Alicerçado na bíblia ou iludido pelos programas de televisão?

Ser rico ou ser pobre depende de onde está o seu investimento.
Se nas coisas lá do alto, ou nas coisas passageiras, do momento.
Se a morte é perda ou lucro, independe do que se tem ou deixa de ter…
Mas viver confiado e ter o coração transformado em Deus, sua graça e poder.

Para ruminar vida afora:

“Louco! Esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Lucas 12:20.