Nem pobre, nem rico (1)

    “Dinheiro não traz felicidade para ninguém”. Muitos de nós já ouvimos esta frase e a maioria concorda. Porém, por que será que reclamamos tanto da economia de nosso país, dizendo que se tivéssemos mais, seríamos mais felizes?

    Vejamos os Estados Unidos como exemplo. Como todos nós sabemos, é sem dúvida, a maior potência econômica do mundo atual. Lá, “só não ganha dinheiro quem não quer”, dizem. É lógico que tem que trabalhar e muito. É comum muitos pais e mães terem 2 empregos, afinal eles têm que pagar os financiamentos da casa, dos carros, o seguro de saúde, os débitos do cartão de crédito, e é claro, a faculdade dos filhos. Durante a infância, os filhos ficam aos cuidados das “baby siters”. Não é portanto, de se admirar que um grande número de famílias tem se desfeito, e que as que têm sobrevivido, o conseguem precariamente. A cada 10 casamentos, mais de 5 acabam em separação, sendo que 80% destes divórcios, tem como causa principal a má administração financeira.

    Todo ano, aproximadamente 10 milhões de pessoas de várias partes do mundo se inscrevem em uma loteria elaborada pelo governo estadunidense para conseguir o direito de trabalhar e viver nesse “paraíso”. No entanto, apenas 50.000 são presenteados. O desejo de ganhar dinheiro é tanto que aproximadamente 400 mexicanos morrem todo ano tentando atravessar as fronteiras do país, através do estado do Texas, em busca de “uma vida mais feliz”.

    É, realmente os Estados Unidos da América são um país rico e o sonho de muitos pobres mortais. Não é à toa que milhares de jovens brasileiros tentam, todo ano, conseguir vistos de entrada naquele país. Mas será que esta riqueza tem lhes trazido felicidade?

    A terra das oportunidades é também o país do aborto, do divórcio, do consumo de drogas, do homossexualismo e da violência. Considerado por muitos escatologistas modernos como a Nova Babilônia, os States estão longe de ser uma “nação cujo Deus é o Senhor”. Diante desta dura verdade, os cristãos estadunidenses, apesar de seu nacionalismo, têm admitido que o país esqueceu-se de Deus.

    O mesmo país que tem em suas cédulas monetárias a frase “em Deus nós confiamos”, tem negado a Deus de várias maneiras. Pregar o Evangelho é visto como ilegal em praticamente todos os lugares. Professores de escolas públicas não podem sequer citar o nome de Jesus em suas salas de aula, pois correm o risco de perderem seus empregos; na grande maioria dessas escolas, crianças entre 6 a 12 anos de idade estão sendo ensinadas, por exemplo, de que não há nada de errado com o homossexualismo.

    Mas, se os Estados Unidos estão assim, mesmo com tudo para ser um país de felicidade, qual o problema? Dinheiro demais?

    Não. Dinheiro nunca foi problema. A raiz deste mal é mais profunda: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”. 1 Timóteo 6:10.

    Porém, quando se tem muito dinheiro, Deus passa a ser “desnecessário”. Em Provérbios 30:8,9 lemos: “… não me dês nem a pobreza, nem a riqueza, mas dá-me só o pão que me é necessário, para que de farto eu não te negue, e diga: Quem é o Senhor?”

    Logo depois dos atos terroristas em Nova York e Washington, líderes evangélicos chegaram a uma conclusão unânime: “Nosso país precisa se voltar a Deus”. O evangelista Billy Graham foi mais enfático: “se Deus não mandar um juízo sobre os Estados Unidos, Ele terá que se desculpar diante de Sodoma e Gomorra”.

    Mas ninguém precisa ir para os Estados Unidos para constatar que o amor ao dinheiro é um grande perigo. Basta olharmos para o nosso Brasil, a nossa cidade, a nossa própria família. O problema é maior, como já vimos: “Mas os que querem ficar ricos caem em tentação e laço, e em muitas concupisciências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição” 1 Timóteo 6:9. Isso não é a minha opinião. Está na Bíblia!

    É óbvio que todos precisam de dinheiro. Mas, como cristãos, quais deveriam ser nossas prioridades? Não deveriam ser diferentes das do mundo? Será que a Palavra de Deus não nos ensina a lidar com este assunto?

    Veremos isso no próximo artigo da série.