Queima como um vulcão, escorre como lava…
È um buraco sem fundo que aumenta enquanto se cava.
Maremoto que revolve a sujeira do fundo do coração,
Dilúvio de sentimentos que suplanta o topo da razão.
Como Caim, que num acesso de ira, matou Abel,
O homem cerra os punhos e desafia os céus!
Esmago meu inimigo várias vezes no espelho!
Ele está sob os meus joelhos…
A ira sufoca, faz o coração bater acelerado…
Ultrapassa os parâmetros entre o certo e o errado,
Desafia, os meus limites e zomba da minha paciência.
É doença sem remédio, hereditário mal de nascença.
È num momento de ira que o pior do que sou aparece.
Explode em forma de grito, um antônimo da prece.
A ira feroz devora até o ser que se ama!
É fogo consumidor dor que se perde em chamas!
Os olhos vermelhos, a saliva na boca, o nó na garganta…
O dedo em riste, o suor na testa, a intolerância…
O sarcasmo, o cinismo as palavras de baixo calão.
É a taça de ódio que transborda, é o sangue que escorre das mãos.
A ira é quente, fria e feia!
Briga de bar, discussão familiar, um corpo enterrado na areia.
Tudo é ira, tudo mata.
Cuidado com o pitbul, cuidado com o vira latas.
Um cão danado é perigoso, imprevisível…
Cuidado com o homem irascível!
Para ruminar vida afora:
Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus. Tiago 1:20