Clube da Luta

Revisitei o Clube da Luta (1999) recentemente. Este filme tem lugar garantido no meu Top 10 pra sempre! Desde quando o vi pela primeira vez, apesar de não ter sacado tudo sobre o filme, eu já sabia que o que eu tinha acabado de ver era algo grande. A história tem muita riqueza – cada vez que você vê, você pesca um conceito, uma mensagem.

É tudo sobre a luta de um homem sufocado, escravo de um emprego sem sentido, da necessidade de ganhar dinheiro para satisfazer a busca de perfeição no seu estilo de vida. A sua escravidão pela propaganda era a sua válvula de escape de uma vida sem significância, sem uma causa, sem ideais.

Até que conhece Tyler Durden, que representa tudo o que ele não é, ou que não consegue ser. Possui uma liberdade que ele não conhece, e faz coisas que ele não teria coragem de fazer. E aí tudo muda na sua vida.

Vou dividir algo que eu pesquei da última vez que eu vi, sobre ATITUDE.

– Alerta SPOILER — Se não viu o filme ainda, não leia mais! –

O fato do personagem principal não possuir um nome, sugere e te ajuda a se identificar com ele. Eu sempre me vejo ali. Inclusive porque tenho uns problemas em comum, por assim dizer, mas enfim… quando se descobre que Tyler Durden é o próprio narrador, uma persona dele, é um choque. O personagem, no filme, parece não gostar disso, achar loucura, mas eu achei ANIMAL! Acho que ele devia ter pensado, se não pensou, algo do tipo “Esse cara é demais… e ele sou eu!!!”.

Vê como este filme é diferente? A esquizofrenia – que hoje se tornou um clichê em vários outros filmes, sempre como um fim em si mesmo – aqui é apenas um meio de transmitir uma mensagem muito maior.

Tudo o que o Tyler Durden realizou, conseguiu, ele não o fez por ter a cara do Brad Pitt e ser saradão e estiloso. Quem fez na verdade foi o próprio narrador. Qual a diferença real entre as duas personas? A atitude!

Criar o Tyler Durden foi a forma desesperada do narrador quebrar o que eu chamo de “algemas invisíveis” – aquela coisa que nos impede de ser diferente do que somos, e fazer e ser qualquer coisa que desejarmos.

Exemplo: O que é necessário para ser um bom vendedor? Mínimo: olhos, boca, ouvido, uma roupa arrumada e SÓ! Por que não são todos assim? Por que eu tenho certeza de que se eu precisasse disso para viver, eu estaria perdido?

Existe alguma coisa que nos limita, que – sendo dramático – até nos oprime. Que nos impede de voar, de ser maior e nos prende à nossa pequenez. Que nos impede de ter a atitude correta para vencer as circunstâncias – ou até mesmo aproveitá-las. E como fazer para vencê-la?

Li recentemente um conceito de que a vida é 20% circunstância e 80% atitude. Quando eu aprender como faz eu volto para explicar.