Adventista quer obrigar escola laica a não dar provas aos sábados

A estudante de direito Mariesi Teixeira conseguiu um liminar em relação às provas do primeiro bimestre no Centro Universitário de Várzea Grande, no Mato Grosso.



A estudante de direito Mariesi Teixeira Correa recorreu à Justiça para obrigar o Univag (Centro Universitário de Várzea Grande), no Mato Grosso, a não submetê-la a provas nos sábados porque a sua religião não permite nenhuma atividade nesses dias. Correa é fiel da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Ela está no último semestre do curso.



Correa já conseguiu um liminar em relação às provas do primeiro bimestre, mas a universidade entende que a decisão provisória da Justiça não vale para o segundo período.



“Estou sendo prejudicada”, disse Correa, que acusou a a universidade por intolerância religiosa e exigiu na Justiça reparo para seus danos morais. Seu argumento é o de que a Constituição respalda o direito à crença.



Nello Nocchi, coordenador do curso de direito, disse que o Univag é um estabelecimento laico e, por isso, não pode privilegiar nenhum estudante tendo como motivo a sua crença. Disse que o tratamento tem de ser igualitário.



Além disso, segundo ele, ao se matricular na universidade, Correa foi informada de que a carga horária do curso exige que os sábados sejam aproveitados para aulas e provas.



“O curso é presencial […], e nós não temos nenhuma ligação com religião”, afirmou.