O Casamento de Romeu e Julieta

Oba! Cinema nacional! Dizem que está indo bem, que nunca foi bom, que não presta, dizem de tudo. Eu torço por ele, como bom nacionalista que sou. Faço esforço para ver o que dá, apesar de ter deixado muitos me escaparem ultimamente. Este eu quis ver. Por ser da Globo Filmes ele está sendo bem divulgado: no Video Show, no Fantástico, no Altas Horas, etc… então terá um público bom. O tema do filme eu achei muito bacana: Futebol, torcida, briga de torcida, etc… coisas tipicamente brasileiras. Ponto! Não tende a ser um filme estadunidense de segunda. Este tem a cara do Brasil. Mas, isto é suficiente? Será que é bom mesmo?

Confesso que quase desisti de assistir ao filme devido às críticas humilhantes que vi sobre ele. Por gente que entende. Mas eu não entendo quase nada de cinema. Sei assitir, apenas. E como uma amiga me disse que era muito “fofo” (!!!), lá fui eu…

Achei o filme legal, mas com algumas restrições. É engraçado, realmente bem brasileiro. Tem uma trilha bacana, com 2 músicas do Los Hermanos (que, apesar do nome, nada tem a ver com este site – mas eu gosto muito) e uma música-tema muito bacana. A história é basicamente o que se vê nos trailers, extendida por 1 hora e 33 minutos, mas não chega a ficar maçante. Julieta (Luana Piovani) é palmeirense roxa (melhor: verde) e encontra o corintianíssimo Romeu (Marco Ricca), que mente ser palmeirense para ser aceito pela família da moça. E o filme inteiro é sobre esta mentira, as conseqüencias etc. – e isso é bacana. Criam-se várias situações engraçadas em cima disso.

Chato é, pra nós que somos cristãos, os palavrões gratuitos, às vezes usados como vírgula até, pelos personagens. Chega a incomodar esta tentativa de ser natural com palavrões… pra mim isto não é. Além disso, incomoda também o comportamento sexual dos personagens, dando força para a idéia do sexo casual, coisa natural entre “namorados”. O duro é que é difícil ir ao cinema, assistir tv, ouvir rádio e ler livros hoje em dia e evitar este comportamento. É difícil saber qual atitude tomar quanto a isso: fingir que é normal? ignorar? protestar? O que vcs sugerem?

Botando o desabafo de lado, o filme é bãozinho. Agrada, diverte. Não achei ruim não. Valeu o ingresso.