Cruzada

Existem muitas pessoas que como eu, assim que lança um filme de batalhas medievais já tratam de combinar um dia para assistir, não é mesmo? Cruzada é um filme assim.

As lutas são realmente impressionantes! Não deixam nada a desejar, aliás, quase nada do filme deixa a desejar, mas quase nada não é nada! Infelizmente o ator Orlando Bloom não abraçou a causa com tanta paixão. Mas antes de falar sobre o filme, vamos nos localizar na história.

O que é uma Cruzada?

O período compreendido entre os séculos XI e XIII foi caracterizado por importantes mudanças, milhares de europeus (os cristãos) marcharam em direção à “Terra Santa” obedecendo ao chamado da Igreja Católica, mas ao mesmo tempo, movidos pelo interesse na possibilidade de saque ou de conquista de terras.

A região da cidade de Jerusalém, na Palestina, onde atualmente fica o Estado de Israel é sagrada para os fiéis das três mais conhecidas religiões monoteístas do mundo: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Desde épocas muito remotas, judeus, cristãos e muçulmanos faziam peregrinações a Jerusalém para venerar os lugares santos. Muitos destes devotos usaram esse tempo como uma oportunidade de crescimento de poder. “Não foi por Deus que viemos aqui. Foi pela terra e pela fortuna”, diz um cavaleiro, com amargura, numa cena do filme, enquanto outros já tinham um motivo mais nobre: a paz entre as religiões, respeitando o direito de cada um em sua crença.

O filme se encontra no final da segunda Cruzada, onde aparece o tão famoso Sultão Saladino que está muito bem interpretado

por Ghassan Massoud. Agora entendo porque ele foi tão respeitado durante e após a história! 🙂

O Ferreiro Balian (Bloom) vai a Jerusalém para buscar perdão para os pecados dele e de sua esposa e tenta defender o povo durante as cruzadas. É nesse ínterim que acontecem as batalhas fabulosas. Em vários momentos eu lembrei das passagens bíblicas que retratam o povo de Deus em sua minoria enfrentando os povos inimigos. Fiquei imaginando a coragem que os homens precisaram ter… É muito interessante ver como eles atacavam e se defendiam sem utilizar a tecnologia bélica de hoje… E aquele muro de Jerusalém era forte, hein?!

O que me deixou muito triste foi a atuação de Orlando Bloom. Ele não mostrou muita paixão pelo que estava fazendo. Parecia que estava apenas cumprindo uma missão que seu pai (Liam Neeson) lhe deixara. Aliás, seu pai deu um show de interpretação. Se ele agisse como Mel Gibson em O Patriota, eu seria capaz de derramar uma lágrima pelo filme (falo isso porque não consigo chorar em filmes, hihihi). Bloom poderia ter sido trocado pelo Edward Norton, que interpretou o rei cristão Balduíno IV, pois com a máscara de ferro, devido à lepra, ele poderia esconder sua falta de expressão!

Mas mesmo com isso, o filme é muito atrativo. O diretor e produtor é o inglês Ridley Scott, que dirigiu Gladiador há cinco anos e também cativou o público. E por ser fiel à história, acho que seria muito interessante para nós vermos, já que fica mais fácil entender quando lemos sobre as batalhas e sobre as intermináveis rinchas entre muçulmanos e cristãos. De fato tudo isso tem fundamento bíblico e de alguma forma o filme reconhece isso. Nós temos que orar constantemente por Jerusalém pois Deus ainda tem muitas promessas para aquela cidade.

Beijos.

Fontes históricas:
História Net
Cultura Brasil
Revista Veja – Edição 1903, 4 de maio de 2005