Star Wars: Episódio 3 – A Vingança dos Sith

Que honra escrever neste nobre espaço sobre a série cinematográfica mais cultuada de todos os tempos! Série esta que nasceu bem antes que eu – já tem 28 anos – e que supostamente acaba com o Episódio 3 – A Vingança dos Sith, que tem estréia mundial hoje. E eu vi hoje mesmo, a partir das 00:01. Haja café pra enfrentar o dia de trabalho…

Satisfazendo as expectativas, o filme é muito bom. É engraçado gostar de um filme sabendo-se já quase 90% do seu roteiro, não? Mas foi fácil. Surge, finalmente, o maior vilão de todos os tempos e o mal vence. Anakin Skywalker (Hayden Christensen) é seduzido pelo lado negro da força, tornando-se Darth Vader e a República sucumbe diante do Primeiro Império Galático.

O maior destaque é como essas coisas acontecem. É tudo muito bem amarrado e justificado, nos mínimos detalhes. A quase extinção da ordem Jedi é angustiante e realmente emociona.

O filme é, conforme esperado, muito sombrio. O mais pesado é realmente o massacre feito por Vader no templo Jedi. Quem assistir entenderá o porquê. Seria muito triste se a história acabasse aqui, mas não há pelo que se preocupar. Tudo se resolve a muito custo na trilogia antiga, a partir do Episódio 4 – Uma nova Esperança, lançado originalmente em 1977, quando era simplesmente chamado “Star Wars”. Inclusive, outro ponto forte é que este novo episódio é tão bem explicado e estruturado que dá pra assistir ao episódio 4 logo a seguir. É a continuação perfeita. Demais!

Os efeitos especiais são de primeira, graças a toda a experiência da ILM (Industrial Light and Magic, empresa de George Lucas). Naves, perseguições, sabres de luz, criaturas estranhas, planetas diversos. Este é o espírito Star Wars. As cenas de ação são excelentes, especialmente as protagonizadas por Obi-Wan Kenobi (Ewan McGregor), o grande herói do filme. Não, o grande herói não é o mestre Yoda, hehehe. Yoda brilha no filme, mas inexplicavelmente afina pra uma luta muito importante. Isto ficou muito estranho e me desapontou… Ah! O R2-D2 também detona!

A linda Padmé Amidala (Natalie Portman), apesar de ter papel fundamental na trama, aparece um pouco apagada neste filme, bem mais que nos filmes anteriores. Esperava uma participação maior. O novo vilão General Grievous é bem legal, muito melhor e com muito mais personalidade que Darth Maul (Ray Park), do episódio 1, e que Conde Dookan (Christopher Lee), do episódio 2 e do comecinho deste terceiro. Pra quem não viu a série animada Clone Wars (como eu, infelizmente), vai se surpreender com as suas habilidades com sabres de luz.

O único porém da saga toda é o conceito da “Força” e como ele se confunde com a idéia humana sobre a divindade. Dando uma rápida pincelada, concordo, óbvio, e até ensinarei isto a meus alunos, que este não é o nosso Deus, o verdadeiro Deus. Nosso Deus é um Deus pessoal, que quer se relacionar com seus filhos, e não uma energia universal. Ele é “o Pai das luzes, em quem não há mudança e nem sombra de variação” (Tiago 1:17). Graças a Deus por esta revelação tão maravilhosa.

Deus não é como a Força. Nele não há lado sombrio. Nele, não, mas em nós, infelizmente, sim! Anakin foi para o lado negro por causa da sua paixão, ódio e medo. Nós também cometemos erros ao nos entregar por estes sentimentos, ao nos apegar a coisas passageiras e que não importam, ao sermos egoístas. Ele se perdeu por isso, e nós precisamos vigiar a todo momento para perseverar na nossa carreira espiritual e cuidar para não cair. Precisamos a cada dia vencer o nosso lado negro, a nossa velha natureza, o nosso velho homem e nos encher do Espírito Santo, amarmos ao próximo e amar a Deus. Nisto a “doutrina” Jedi tem algo a nos ensinar.

É claro, gente, isso é apenas ficção. Não há a Força, mas há o bem e o mal. E Star Wars é apenas mais uma boa história onde, finalmente, o bem vence o mal.