Não me matem na frente das crianças!
Não quero que cresçam numa igreja que matou seu pai!
Sou só mais um, entre tantos; uma voz entre tantas…
Mas, meus filhos podem ser mais! Muito mais!
Mais do que eu sonhei e soube fazer,
Mais do que qualquer um possa imaginar!
Quando minhas pernas finalmente se juntarem,
Eles vão continuar!
Ele deu a vida por vocês, e eu sei ser este também o meu destino!
Já estou conformado, mas não precisa ser desse jeito!
Não diante dos olhos inocentes dos meus meninos,
Não com um beijo na face e uma facada no peito.
Deixem-nos pensar que o pai é importante; que eu sou o cara!
Deixem-nos saberem que a CAUSA é maior.
Ajudem-me; esconder-lhes os hematomas, as feridas, os vergões da vara…
Feitos por uma igreja morna, ensoberbecida e surda à voz do seu Senhor.
Batam a vontade, mas, por favor, na cara não! Atirem no coração!
Façam ferimentos que o paletó possa esconder!
E eu prometo que o show vai continuar; que eu não lhes deixarei na mão!
Do meu sangue brotarão outros prontos como sempre estive pra viver e morrer.
Morrer por aqueles que me matam, queimado pela paixão de Cristo.
Viver por quem morreu por mim e por meus pecados na cruz do calvário.
E em meu último sermão afirmarei ainda não haver nada mais glorioso que isto!
Viver morrendo aos poucos como missionário.
Para ruminar vida afora:
“Se alguém lhe disser: Que feridas são essas nas tuas mãos? Responderá ele: São as feridas com que fui ferido na casa dos meus amigos” Zacarias 13:6