4 princípios para uma vida satisfeita (2)

  • 1. Encontre alegria no que é usual
  • 2. Conte suas bênçãos
  • 3. Aceite o perdão
  • 4. Termine a corrida

    Conte suas bênçãos

    Ahhh… uma hora de contentamento. Um momento precioso de paz. Alguns poucos minutos de descanso. Cada um de nós tem um cenário em que o contentamento faz uma visita.

    De manhã cedo enquanto o café ainda está quente e todos estão dormindo.

    Tarde da noite quando você beija os olhos adormecidos do seu filho de seis anos.

    Em um barco em um lago quando as lembranças de uma vida bem vivida estão vivas.

    Nos braços de um cônjuge.

    Em um jantar de Ação de Graças ou sentado perto da árvore de Natal.

    Uma hora de contentamento. Uma hora quando os prazos finais são esquecidos e as batalhas cessaram. Uma hora quando o que nós temos ofusca o que queremos. Uma hora quando percebemos que o sangue suado de uma vida inteira não pode dar o que a cruz nos deu um dia – uma consciência limpa e um novo começo.

    Mas infelizmente, em nossas gaiolas de planos, disputas e olhares de relance para o lado, horas como estas são quase tão comuns quanto macacos de uma perna. Em nosso mundo, o contentamento é um estranho vendedor ambulante, perambulando, procurando por uma casa, mas raramente encontrando uma porta aberta. Este velho vendedor vai lentamente de casa em casa, dando batidas de leve nas janelas, batendo nas portas, oferecendo suas mercadorias: uma hora de paz, um sorriso de aprovação, um suspiro de alívio. Mas seus artigos raramente são pegos. Estamos muito ocupados para estarmos alegres. (o que é loucura, uma vez que a razão de nos matarmos hoje é porque pensamos que isso nos fará felizes amanhã).

    “Agora não, obrigado. Tenho muitas coisas para fazer”, nós dizemos. “Muitas marcas para serem feitas, muitas realizações para serem alcançadas, muitos dólares para serem poupados, muitas promoções para serem conseguidas. E, além disso, se estou feliz, alguém pode pensar que perdi minha ambição”.

    Então o vendedor ambulante que se chama Contentamento continua. Quando lhe perguntei por que tão poucos o acolheram em seus lares, sua resposta convenceu-me: “Eu cobro um alto preço, você sabe. Minha taxa é exorbitante. Peço para as pessoas negociarem em seus planos, frustrações e ansiedades. Exijo que elas coloquem uma tocha em seus dias de quatorze horas e noites sem dormir. Você pensaria que eu teria mais compradores.” Ele coçou sua barba, depois acrescentou pensativamente, “Mas as pessoas parecem estranhamente orgulhosas de suas úlceras e dores de cabeça.”

    Posso falar uma coisa um pouco pessoal? Gostaria de dar um testemunho. Eu vivi um. Estou aqui para contar que eu acolhi este amigo barbudo em minha sala de estar esta manhã.

    Não foi fácil.

    Minha lista de tarefas estava, a maior parte, inacabada. Minhas responsabilidades estavam tão pesadas como sempre. Telefonemas a serem feitos. Cartas a serem escritas. Livros de controle para fazer o balanço.

    Mas uma coisa engraçada aconteceu no caminho para a corrida de rato que fez com que eu cometesse um lapso. Bem quando eu enrolei minhas mangas, bem quando o velho motor estava começando a ronronar, bem quando eu estava levantando um bom vapor, minha filha que é bebê, Jenna, precisava ser pega no colo. Ela estava com dor de estômago. A Mamãe estava no banho, então sobrou para o Papai segurá-la.

    Ela tem três semanas de idade agora. Primeiro comecei tentando fazer coisas com uma mão e segurá-la com a outra. Você está rindo. Você tentou isso também? Bem quando percebi que aquilo era impossível, também percebi que não era nada daquilo que eu estava querendo fazer.

    Sentei e coloquei sua pequena barriga esticada contra meu peito. Ela começou a relaxar. Um grande suspiro escapou de seus pulmões. Seus soluços tornaram-se gorgolejos. Ela escorregou para baixo pelo meu peito até seu pequeno ouvido estar bem em cima do meu coração. Foi quando seus braços se afrouxaram e ela adormeceu.

    E foi quando o vendedor ambulante bateu em minha porta.

    Tchau, planos. Até mais tarde, rotina. Vote amanhã, prazos finais… Oi Contentamento, entre.

    Então aqui sentamos, Contentamento, minha filha e eu. Caneta na mão, bloco de notas nas costas de Jenna. Ela nunca se lembrará deste momento e eu nunca o esquecerei. O doce perfume de um momento capturado enche a sala. O sabor de uma oportunidade aproveitada adoça minha boca. A luz do sol de uma lição aprendida ilumina meu entendimento. Este é um momento que não vai embora.

    As tarefas? Elas serão feitas. Os telefonemas? Eles serão dados. As cartas? Elas serão escritas. E você sabe de uma coisa? Eles serão feitos com um sorriso.

    Não faço isto o suficiente, mas farei mais. Na verdade, estou pensando em dar uma chave da minha porta para esse vendedor ambulante. “A propósito, Contentamento, o que você fará esta tarde?”

    Guia de estudo

    Uma hora de contentamento. Uma hora quando os prazos finais são esquecidos e as batalhas cessaram. Uma hora quando o que nós temos ofusca o que queremos.

    1. Como você definiria contentamento? Como ela é diferente de alegria? O que é necessário para ser contente?
    2. Leia Filipenses 4:11-13 onde Paulo diz que encontrou o segredo para o contentamento. Qual era o segredo? Em que tipo de circunstâncias Paulo esteve, segundo 2 Coríntios 11:23-28?
    3. Quão raro é o contentamento? Que palavras melhor descreveriam a maioria de nós normalmente: preocupados, ocupados, frustrados, cansados, ansiosos, desencorajados – ou sossegados, serenos, contentes, alegres, relaxados? Que conselho Paulo nos daria para aumentar nosso contentamento?

    “Mas as pessoas parecem estranhamente orgulhosas de suas úlceras e dores de cabeça”.

    1. De que maneira essa é uma afirmação verdadeira para muitas pessoas? O que faz o estresse e a pressão uma marca virtual de sucesso?
    2. De acordo com Lucas 12:22-34, quais devem ser as marcas de nossas vidas em Cristo? A que Jesus nos compara? A que nós comparamos nossas vidas – uma corrida de rato, nado com os tubarões? Que contrastes são evidentes?
    3. O que sua saúde física lhe diz sobre sua sensação de paz e contentamento? O que ela diz sobre seu nível de preocupação? Até que ponto você está remendando às pressas os sintomas ao invés de ir direto ao problema?

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com