É comum hoje em dia alguém chegar do nada e dizer que você tem que ser salvo, que deve aceitar a Jesus, coisa e tal. Porém, poucos, de fato, param para pensar e perguntar: Mas salvo de quê? Muitas vezes a própria pessoa que chegou com a pergunta não sabe formular uma resposta consistente e satisfatória.
Como sempre, devemos procurar a resposta de tal pergunta na própria Bíblia, afinal, se ela é que diz que devemos ser salvos, também deve dizer do quê.
Antes de prosseguir te convido a pensar um pouco sozinho. Mesmo que você não seja cristão, qual seria a sua resposta? Fico tentando imaginar as mais comuns. Talvez devamos ser salvos do diabo, ou talvez do inferno, ou salvos de nada para aqueles que pensam que não há nada após a morte ou que todos serão salvos e vão para o céu no fim então não precisamos nos preocupar.
Agora que você já tem uma resposta pessoal, vamos às Escrituras sagradas, mais precisamente para o Antigo Testamento.
“O grande dia do Senhor está próximo; está próximo e logo vem. Ouçam! O dia do Senhor será amargo; até os guerreiros gritarão. Aquele dia será um dia de ira, dia de aflição e angústia, dia de sofrimento e ruína, dia de trevas e escuridão, dia de nuvens e negridão, dia de toques de trombeta e gritos de guerra contra as cidades fortificadas e contra as torres elevadas. Trarei aflição aos homens; andarão como se fossem cegos, porque pecaram contra o Senhor. O sangue deles será derramado como poeira, e suas entranhas como lixo. Nem a sua prata nem o seu ouro poderão livrá-los no dia da ira do Senhor. No fogo do seu zelo o mundo inteiro será consumido, pois ele dará fim repentino a todos os que vivem na terra.” (Sofonias 1.14-18)
Este texto nos mostra o próprio Deus como aquele que julgará e condenará o mundo. E é isso mesmo. Devemos ser salvos da ira de Deus. Todos aqueles que pecaram contra o Senhor sofrerão. “[…] Trarei aflição aos homens; andarão como se fossem cegos, porque pecaram contra o Senhor. O sangue deles será derramado como poeira, e suas entranhas como lixo.”
Para complicar ainda mais a Bíblia nos traz uma outra informação importantíssima.
Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram (Romanos 5.12)
[…] Não há distinção, pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus (Romanos 3.22-23)
Ai ai ai! E agora? O que fazer? Se a própria Bíblia diz que todos pecaram e que aqueles que pecaram sofrerão tudo aquilo que vimos acima, estamos perdidos!
Como fazemos para que não soframos a ira e condenação eterna de Deus? Há duas formas de se conseguir isto. A primeira delas é nunca na vida cometer ao menos um pecado. Desta forma Deus não terá motivos para te condenar. Mas a própria Bíblia diz que todos pecaram, então esta alternativa acaba de morrer.
A outra alternativa é passar o seu débito com Deus (seus pecados) na conta de outro. Assim você não deverá mais nada e o outro que assumiu a dívida vai ter que pagá-la de algum jeito. Mas será que Deus aceitaria isso? Será que Deus deixaria que outro homem assumisse a sua dívida? E se esta pessoa tiver uma dívida própria com Deus também? A Bíblia também responde essa.
Homem algum pode redimir seu irmão ou pagar a Deus o preço de sua vida, pois o resgate de uma vida não tem preço. (Salmos 3.7-8)
Será então que esta alternativa também morreu e não nos resta salvação? Graças à misericórdia (ou seja, graça imerecida) de Deus, a resposta é não! Ele mesmo providenciou um escape. Obviamente, como Ele é justo e não poderia ir contra a sua própria justiça, não seria possível simplesmente ignorar os nossos pecados e fingir que nada aconteceu. Nossos pecados têm que ser pagos. Ele então mandou para o mundo alguém que pudesse pagar essa conta. Não poderia ser apenas homem, pois nenhum homem teria tal poder; teria que ser o próprio Deus. Mas para poder socorrer o homem, teria também que ser homem.
Pois é claro que não é a anjos que ele ajuda, mas aos descendentes de Abraão. Por essa razão era necessário que ele se tornasse semelhante a seus irmãos em todos os aspectos, para se tornar sumo sacerdote misericordioso e fiel com relação a Deus, e fazer propiciação pelos pecados do povo. (Hebreus 2.16-17)
Foi então que veio Jesus, o próprio Deus, encarnado como homem, porém sem deixar de ser Deus, para viver aqui conosco, sofrer as mesmas tentações e problemas que passamos, porém sem pecar ao menos uma vez. Afinal, ele teria que pagar pelos pecados de outros e, caso ele pecasse, o máximo que pagaria seria os dele mesmo.
Então ele viveu aqui por 33 anos sem pecados algum, e se entregou à morte levando consigo os pecados daqueles que o aceitassem. Sofreu as conseqüências de todos os pecados (do passado e do futuro) na cruz, pagando ao próprio Pai que cobrava uma alta dívida que era nossa e, desta forma, nos reconcliliou com Deus.
É de um sumo sacerdote como este que precisávamos: santo, inculpável, puro, separado dos pecadores, exaltado acima dos céus. Ao contrário dos outros sumos sacerdotes, ele não tem necessidade de oferecer sacrifícios dia após dia, primeiro por seus próprios pecados e, depois, pelos pecados do povo. E ele o fez uma vez por todas quando a si mesmo se ofereceu. (Hebreus 7.26-27)
Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus. (2 Coríntios 5.21)
Quando vocês estavam mortos em pecados e na incircuncisão da sua carne, Deus os vivificou com Cristo. Ele nos perdoou todas as transgressões, e cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz, e, tendo despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz. (Colossenses 2.13-15)
Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte. (Romanos 8.1-2)
Finalmente, para ter acesso a tal salvação basta reconhecer a sua condição atual de perdido, admitir a sua incapacidade de alcançar o padrão de Deus por conta própria, se arrepender dos seus pecados e, crendo sinceramente e de todo o coração no Senhor Jesus Cristo, você recebe o dom da vida eterna e o perdão dos seus pecados pela graça e misericórdia de Deus.
Somos como o impuro todos nós! Todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo. Murchamos como folhas, e como o vento as nossas iniqüidades nos levam para longe. (Isaías 64.6)
Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados (Atos 3.19)
Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus. […] Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele. (João 3.16-18, 36)
Eu lhes asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida. (João 5.24)
Disse-lhe Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso?” (João 11.25-26)
Mas agora que vocês foram libertados do pecado e se tornaram escravos de Deus, o fruto que colhem leva à santidade, e o seu fim é a vida eterna. Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Romanos 6.22-23)
Houve tempo em que nós também éramos insensatos e desobedientes, vivíamos enganados e escravizados por toda espécie de paixões e prazeres. Vivíamos na maldade e na inveja, sendo detestáveis e odiando uns aos outros. Mas quando, da parte de Deus, nosso Salvador, se manifestaram a bondade e o amor pelos homens, não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador. Ele o fez a fim de que, justificados por sua graça, nos tornemos seus herdeiros, tendo a esperança da vida eterna. (Tito 3.3-7)
E este é o testemunho: Deus nos deu a vida eterna, e essa vida está em seu Filho. Quem tem o Filho, tem a vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a vida. (1 João 5.11-12)
Este Jesus é “ ‘a pedra que vocês, construtores, rejeitaram, e que se tornou a pedra angular’. Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos”. (Atos 4.11-12)
Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Pois com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa para salvação. Como diz a Escritura: “Todo o que nele confia jamais será envergonhado”. Não há diferença entre judeus e gentios, pois o mesmo Senhor é Senhor de todos e abençoa ricamente todos os que o invocam, porque “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. (Romanos 10.9-13)