As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa

Fazia tanto tempo que eu não ia ao cinema que é até difícil começar a escrever uma nova crítica. Pela primeira vez desde que existe a Seção de Cinema em irmaos.com, eu, Pipoqueiro e Miragem (os três colunistas desta seção) assistimos juntos a um filme no cinema, acompanhados também da namorada do Pipoqueiro.

Enfim chegou o dia! Depois de tanta espera, entrou em cartaz As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa, baseado no clássico livro do escritor cristão C.S.Lewis. Já vou adiantando que cometi a heresia de não ler o livro antes de ver o filme, coisa que a maioria dos leitores desse texto certamente fez, então não me cobrem falar sobre a fidelidade do filme em relação à obra de Lewis. No entanto, fontes confiáveis garantem que a fidelidade à obra original foi mantida na medida do possível, coisa que raramente acontece quando se trata de adaptações de literatura ao cinema.

O livro, até onde sei, é repleto de analogias ao Novo Testamento. Quando conheci mais sobre Nárnia e fiquei sabendo que a Disney seria a responsável por sua adaptação à tela grande, logo meu preconceito me levou a concluir que toda a mensagem cristã que poderia existir na obra original seria perdida nas mãos dos roteiristas, mas parece que isso não aconteceu. Pelo contrário, existem analogias tão claras a respeito da salvação em Jesus (representado pelo leão da história) que faz a gente até desconfiar. Talvez eu precise até assistir de novo para começar a enxergar coisas estranhas, pois à primeira vista o filme é um impecável belíssimo testemunho da obra de Cristo.

Cinematograficamente falando, os efeitos especiais são de deixar qualquer um de queixo caído. Até hoje eu não havia visto animais digitais tão bem feitos quanto neste filme. A elegância no andar do leão e sua juba movimentada pelo vento, o rosnar assustador dos lobos com seus olhares terríveis e a gingada do casal de esquilos faz jus a todas as expectativas criadas em realção a este filme. A fotografia também é de deixar qualquer um apaixonado. Os atores-mirins também são um capítulo à parte que merecem ser respeitados por suas atuações tão brilhantes.

Se você for assistir a este filme com um amigo, não perca a oportunidade de evangelizá-lo utilizando-se das analogias contidas no filme que, embora sejam claras, não farão muito sentido sem uma aplicação correta relacionando-as com a Verdadeira Profecia.

Apesar de ser um filme de “censura livre”, não aconselho a levarem crianças muito novas para assistirem pois as cenas de guerra são um tanto quanto violentas, apesar de amenizadas pela ausência de sangue e por fazerem apenas insinuações das mortes, sem mostrá-las claramente.