normal”>Carta Magna da Liberdade Cristã, pois nela existe um espiral de libertação mostrando para os cristãos da época, e esperamos que para nossa época também, que em Cristo TODAS as diferenças subjazem crucificadas assim como ele o foi. Entendo que Paulo não trata da cristologia, ou da soteriologia, ou escatologia tendo como ponto de partida (ou de chegada!) a doutrina em si, mas sempre há em sua mente uma correlação entre o que se pretende ensinar e a necessidade ou situação em que se encontram os seus leitores; ou seja, esta não é uma carta doutrinária mas um escrito que pretende ter um grito vivencial, dirimindo assim dúvidas e situações própria vividas pelos crentes da galácia (e tantos outros) bem como do próprio Paulo.
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vida e seus dilemas no meio da comunidade.
a peculiaridade desta pequena carta reside precisamente em sua consistência cristológica. Ela constitui um dedo indicador extra-grande que aponta para o Crucificado com sua verdade abrangente” (Pohl, 2003, pg 27).
igrejas da Galácia” (1:2). Foi escrito tendo como alvo ou destino um grupo de igrejas a quem o apóstolo queria instruir acerca de erros que os judaizantes estariam os induzindo, mudando a verdade de Deus em mentira e pregando um outro evangelho (1:6).
se for um lugar ou outro não afeta a interpretação da carta nem a sua mensagem para nossos dias” (1988, p. 18,19).
Paulo percebeu que uma vez vindo a substância a sombra devia desaparecer” (Erdman, 1988, p.12). Assim ele toma pra si a responsabilidade de demonstrar, com muitos argumentos bíblico-teológicos e a respeito da própria experiência dele mesmo e dos cristãos a quem se dirige que a igreja não é meramente uma seita judaica, mas é a vontade revelada de Deus para acabar com toda e qualquer distinção entre os homens.
no mundo
quando dizemos que Cristo aboliu as diferenças, não queremos dizer que elas não existem, mas que não importam. Continuam existindo, mas já não mais criam barreiras à comunhão” (Stott, 1997, p. 93), portanto em Cristo, as distinções são abolidas, para dar início a formação de um nele mesmo – “todos vós sois heis – um) que expressa não uma organização unificada (como poderíamos pensar na igreja instituição) mas sim uma personalidade unificada, um organismo vivo. A questão não é o corporativismo, mas a personalização do um, onde nele, no supõem por ignorância ter sido um anti-feminista (1997, p. 92, 93).
em amor que Cristo proporciona para que não mais satisfaçamos a carne – aqui todo o campo de tensão que são os desejos e envolvimentos com razões no pecado. O argumento da oposição é uma mostra que Paulo quer fazer entender o conflito existente entre aqueles que ainda vivem debaixo da militância da carne (numa luta contra e junto com a lei) e aqueles que entendem a supremacia do Espírito – nota-se que não é algo que tem uma justa oposição – Espírito não é devidamente confrontado com a carne, mas está acima, supremamente acima dela.