Os seus projetos eternos já compreendiam tanto o céu quanto o inferno,
E tu acrescentaste à minha existência breve, alegria e dor.
Tu és soberano, tu tens todo o direito de estabelecer tanto o verão quanto o inverno.
Ambos são manifestações da sua graça e do seu eterno amor.
O Senhor é incompreensível nos seus desígnios, nos seus mistérios…
Que é o homem para que dele te lembres?
Que é a minha vida para que a leves tão a serio?
Oh homem! Ser fugaz, que na sua estultícia na entende!
Tu fizeste caso de mim! Tu abençoaste a minha história!
Sou abençoado quando me acaricias com o bem,
Sou ricamente abençoado! Tanto na desgraça, quanto na glória.
Sou abençoado quando pesas sobre mim a sua mão e o mal me sobrevém.
Tudo posso naquele que me fortalece!
E seja qual for a circunstancia, sou grato sempre pelo seu favor, sua atenção.
Sou um cão morto! Porém, de mim tu nunca esqueces!
Tu sempre estás perto, quer na brisa suave, na tormenta ou no tufão.
Tu és fiel e amoroso Pai querido, e falas sempre ao meu coração.
Não importa a circunstância, não importa o quanto eu fuja, tu sempre me achas.
Encheste-me vida de significado, e com um só dos seus olhares, arrebataste-me o coração.
Sei que não posso existir sem seus cuidados, sei que em tudo dependo da sua graça.
Se decidires me humilhar e fizeres opróbrio de mim,
Se na sua soberania me exaltares às mais excelsas posições,
Só te peço uma coisa meu amado; sê comigo, cuida de mim.
Para que meu coração não se corrompa e não se entregue a nenhuma dessas ilusões.
Pois, tudo passa, tanto o fracasso, quanto a glória!
E ainda que decidas me matar, eu só quero a ti Senhor meu e Deus meu!
O teu rosto na linha de chegada é tudo o que anseio ver no final da minha história.
O senhor mesmo é a minha herança e meu maior presente, o Filho teu.
Para ruminar vida afora:
“Disse também o Senhor a Arão: Na sua terra herança nenhuma terás, e no meio deles nenhuma porção terás: eu sou a tua porção e a tua herança no meio dos filhos de Israel.” Números 18:20