Em seus últimos anos, Beethoven passava horas tocando um cravo quebrado. O instrumento era inútil. Teclas estavam faltando, cordas estavam estendidas. Estava desafinado, desagradável para os ouvidos. Apesar disso, o grande pianista tocaria até lágrimas caírem pelo seu rosto. Você acharia que ele estava ouvindo o sublime, e ele estava. Ele era surdo. Beethoven estava ouvindo o som que o instrumento deveria fazer, não o que ele fazia.
Talvez você se sinta como o cravo de Beethoven. Desafinado, inadequado. Seu serviço inoportuno, insignificante. Já se perguntou o que Deus faz quando o instrumento está quebrado? Como o Mestre responde quando as telas não funcionam? Ele exige substituição? Ou ele pacientemente afina até ouvir a música que ele deseja ouvir? Quero que você saiba que o Músico Mestre conserta o que não conseguimos e ouve música quando não ouvimos. E ele ama ouvir a música que vem da sua vida.
