Blade Runner 2049

Ficção científica Blade Runner 2049 (Estados Unidos, 2016) de Denis Villeneuve diretor de A Chegada (Arrival, EUA, 2016), Sicário – Terra de Ninguém (Sicario, EUA, 2015), Os Suspeitos (Prisoners, EUA, 2013), se passa trinta anos após os acontecimentos do incompreendido Blade Runner – O Caçador de Androides (EUA, 1982) de Ridley Scott, quando a humanidade está novamente ameaçada, dessa vez por um perigo ainda maior. O filme é pesado em vários sentidos ao abordar temas como colonialismo, a função das memórias, o sincretismo cultural, a questão religiosa, além do principal debate envolvendo homens x máquinas. Fiquei extenuado após a sessão.

Trinta anos se passaram e Rick Deckard (Harrison Ford) vive na obscuridade, querendo distância de problemas. O policial K (Ryan Gosling) é um novo Blade Runner caçando velhos modelos de replicantes para “aposentá-los”. Ele descobre um segredo que ameaça a humanidade e por causa disso começam a ser caçado implacavelmente, é quando ele passa a buscar o paradeiro misterioso de Deckard para pedir ajuda.

Logo no início As Indústrias Tyrell faliram e foram substituídas pela corporação de Niander Wallace (Jared Leto) que adquiriram o espólio da Tyrell. O relacionamento de K com Joi (Ana de Armas) é ao mesmo tempo tocante e fascinante, dando boa dimensão emocional ao personagem. As cenas em que eles interagem, são o ponto alto do filme. Já o ponto baixo está por conta dos embates de K com Luv (Sylvia Hoeks), a replicante assistente pessoal de Wallace. Temos também a boa participação de Sapper (Dave Bautista)

A trilha sonora de Hans Zimmer e Benjamin Wallfisch e a fotografia de Roger Deakins se destacam o tempo todo, colocando ainda mais densidade na obra cinematográfica que é repleta de alegorias espirituais e científicas. Assim, o filme fica num meio termo entre o frustrante e o quão grandioso ele pode se tornar com o tempo. Merece ser visto, analisado, pensado e comentado.