Uma Família de Dois

Remake da comédia dramática mexicana Não Aceitamos Devoluções (No se Aceptan Devoluciones, 2013), do espanhol Eugenio Derbez, Uma Família de Dois (Demain tout commence, 2017) de Hugo Gélin aborda questões sobre a estrutura familiar moderna, mas por ser previsível, acaba literalmente deixando a sensação de que estamos diante de um filme já visto. O filme conta com o carisma de Omar Sy e trata indiretamente sobre a questão de relacionamentos homo afetivos e como a justiça interfere na vida das crianças em questões de guarda familiar.

Samuel (Omar Sy) tornou-se homem muito cedo, quando aprendeu com seu pai a desafiar os seus medos. Ele leva uma vida tranquila ao lado das pessoas que ama, pilotando iates e curtindo festas no litoral sul da França. Certa manhã, vê tudo mudar com a chegada inesperada de uma bebê de três meses chamada Glória, que seria sua filha, que é abandonada pela mãe. Incapaz de cuidar da criança, ele corre para Londres a fim de encontrar a mãe biológica e devolver a criança, mas, sem sucesso, acaba criando a filha com a ajuda de um produtor cinematográfico gay, que lhe concede abrigo, trabalho e condições para sustentar a criança.

É latente a necessidade de amor e carinho que as crianças demandam, especialmente da figura paterna, e Samuel proporciona todo essa demanda. O enredo da história é universal, pois onde houver uma criança, haverá essa necessidade de amor paterno.

Embora Uma Família de Dois copie as mesmas ideias do longa original, esta refilmagem acaba sendo superior pela produção mais sofisticada e pela atuação de Sy, que dosa bem tanto o humor quanto o drama. Destaque para direção de arte e fotografia, seja na Riviera Francesa, ou em Londres.