Vida

Terror sci-fi Vida (Life, EUA, 2017), de Daniel Espinosa fracassa na tentativa de ser um Alien modernizado. A história é interessante, o ambiente criado está correto, a trilha sonora é boa, a escalação de elenco parece sob medida, mas o filme tem algo estranho além da criatura, que faz com que o mesmo não engrene e ainda nos entrega um final piegas e extremamente absurdo. Não serve nem para apaziguar a ansiedade de quem quer ver o novo Alien nos cinemas.

Seis astronautas de diferentes nacionalidades estão em uma estação espacial, cujo objetivo maior é estudar amostras coletadas no solo de Marte por um satélite. Dentre elas está um ser unicelular, despertado por Hugh Derry (Ariyon Bakare) através dos equipamentos da própria estação espacial. Tal descoberta é intensamente celebrada por ser a primeira forma de vida encontrada fora da Terra, sendo que um concurso mundial elege seu nome: Calvin. Só que, surpreendentemente, este ser se desenvolve de forma bastante rápida, ganhando novas células e uma capacidade inimaginável.

Vendido como um thriller aterrorizante sobre um time de cientistas a bordo da Estação Espacial Internacional cuja missão de descoberta se transforma em medo puro quando eles encontram uma forma de vida em desenvolvimento que causou a extinção da vida em Marte e agora ameaça a tripulação e a vida na Terra. O filme parece não ser crível e a tripulação interpretada por nomes como Jake Gyllenhaal, Rebecca Ferguson e Ryan Reynolds, não é bem apresentada a ponto de nos preocuparmos com o que irá acontecer com eles. O elenco ainda tem Olga Dihovichnaya, Ariyon Bakare e Hiroyuki Sanada

Talvez o grande problema do filme seja o roteiro “original” criado por Rhett Reese e Paul Wernick, os responsáveis pelo roteiro de Deadpool (2016) de Tim Miller que não é bem resolvido, falhando em diversos pontos cruciais. Percebam que a própria sinopse do filme é rasa, não apresentando sequer o nome dos personagens. Isso torna o ser encontrado o verdadeiro protagonista. Por mais que a cena dos astronautas pegando o satélite artificial seja até bem filmada, o bom do filme fica por aí… Não recomendo.