Nenhuma condição é sombria demais, nenhuma situação é difícil demais, nenhum problema é grave demais que Deus não possa intervir, virar e reverter o curso dos eventos. Não é esta a promessa da história de Ester? “…Naquele dia os inimigos dos judeus esperavam vencê-los, mas aconteceu o contrário: os judeus dominaram aqueles que os odiavam” (Ester 9:1).

Deus é o Deus da reviravolta.

Exatamente o que aconteceu no caso de Ester? Bem, Deus amoleceu um coração duro. “Naquele mesmo dia, o rei Xerxes deu à rainha Ester todos os bens de Hamã, o inimigo dos judeus. E Mardoqueu foi trazido à presença do rei…” (Ester 8:1). Com uma impressão do seu anel, Xerxes poderia condenar uma raça inteira. Entretanto um rei mais elevado estava trabalhando, e ele ainda está.

Deus é o Deus que segue. Eu me pergunto, você já o sentiu o seguindo? Por meio da bondade de um estranho? Por meio de uma palavra bem falada ou de um toque oportuno, você já sentiu sua presença? Se sentiu, então livre-se das suas dúvidas.

Não é fácil confiar, você diz? Tente estas ideias: Confie em sua fé e não em seus sentimentos. Seus sentimentos não impactam a presença de Deus. Meça seu valor através dos olhos de Deus, não dos seus. Deus o ama, você é família e ele o seguirá todos os dias da sua vida. Veja o quadro geral, não parte. Nunca é tarde para começar de novo. Talvez sua casa e sua saúde tenham sido ameaçadas. O resultado imediato pode ser a dor, mas o resultado a longo prazo pode ser encontrar um Pai que você nunca conheceu – um Pai que o seguirá todos os dias da sua vida. 

Ver alguém saudável ou bem-sucedido, nos leva a concluir, Deus deve realmente amá-lo. Ele é tão abençoado com saúde, dinheiro, boa aparência e habilidade. Ou gravitamos para o outro extremo. Sozinhos e frágeis no leito de hospital, deduzimos, Deus não me ama. Como ele poderia? Olhe para mim.

Rejeite tais pensamentos! O sucesso não sinaliza o amor de Deus nem as lutas indicam a falta dele. A medida definitiva sancionada por Deus não é um dia bom ou um revés, mas as horas da morte do seu Filho. Reflita sobre elas frequentemente. Deixe o intervalo entre as viagens até a cruz diminuir diariamente.

Descubra o que David Brainerd, o missionário do século dezoito aos índios americanos, quis dizer quando falou, “Meu coração era absorvido por Deus a maior parte do dia”. Aceite este convite de Jesus em João 15:9, “Permaneçam no meu amor”. 

Outubro de 1347. Uma frota voltando do Mar Negro carrega sua sentença de morte para a Europa. A maioria dos marinheiros está morta. Os poucos que sobrevivem desejam que não tivessem sobrevivido. Antes que acabe, um terço da população da Europa será morta pela peste bubônica.

25 milhões de pessoas morreram. Nenhuma cura era conhecida; nenhuma esperança era oferecida. Os saudáveis colocavam os infectados em quarentena; os infectados contavam seus dias. Mas este foi o flagelo mais mortal da humanidade? Não. A Escritura reserva este título para uma praga mais sombria.

Ela faz a peste parecer uma afta. O pecado vê o mundo sem Deus nele. A Bíblia diz que Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado. Cristo se tornou essa oferta pelo pecado. Ele venceu o castigo pelo pecado – a morte – por meio da sua gloriosa ressurreição dentre os mortos.

A maior reversão aconteceu em um cemitério fora de Jerusalém. Jesus, o Cristo, era Jesus, o cadáver. Sem pulso, sem fôlego, sem esperança. E seus seguidores? Estavam escondidos nos armários e cantos vazios de Jerusalém, por medo de uma cruz ostentando seus nomes. Seu mundo estava quebrado. Seus corações estavam quebrados.

E exatamente quando toda alegria estava perdida, seu coração começou a bater! Pálpebras se abriram. Mãos perfuradas se ergueram. Jesus se levantou e colocou seu calcanhar diretamente na cabeça de Satanás. E quando o fez, “as mesas foram viradas”.

Não importa como você o escreva, o anúncio da manhã da Páscoa é exatamente o mesmo. “[Cristo] não está aqui! Ressuscitou, como tinha dito que aconteceria. Venham, vejam onde seu corpo estava” (Mateus 28:6). O Deus das grades reviravoltas realizou sua maior obra.

No Monte do Calvário, Jesus bradou em alta voz e morreu. Então a cortina do templo foi rasgada em dois pedaços, de cima para baixo. O que mil e quinhentos anos de uma cortina do Santo dos Santos comunicavam? Simples – Deus é santo!

Deus é santo, separado de nós e inacessível. Até mesmo a Moisés foi dito, “Você não poderá ver a minha face, porque ninguém poderá ver-me e continuar vivo” (Êxodo 33:20). Deus é santo e nós somos pecadores, e há uma distância entre nós. Mas Jesus não nos deixou com um Deus inacessível. “Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus” (1 Timóteo 2:5).

Quando a carne de Jesus foi rasgada na cruz, a cortina foi rasgada em duas. Sem hesitação, somos bem-vindos à presença de Deus – qualquer dia, qualquer hora. A barreira do pecado está derrubada. Sem mais cortina.

Cristo viveu a vida que não podíamos viver, e recebeu o castigo que não podíamos suportar, para oferecer a esperança que não podemos resistir. Por quê?

Jesus ficou irritado o bastante a ponto de purificar o templo, perturbado o bastante a ponto de chorar em público, simpático o bastante a ponto de atrair crianças, pobre o bastante a ponto de dormir no chão, responsável o bastante a ponto de cuidar de sua mãe, tentado o bastante a ponto de conhecer o cheiro de Satanás. Por quê?

Por que o melhor filho do céu suportaria a pior dor da terra? Para que você soubesse que ele pode… correr para o clamor… daqueles que estão sendo tentados, testados e provados. O que quer que você esteja enfrentando, ele sabe como você se sente. Quando você pede ajuda a ele, ele corre para ajudá-lo. Por quê?

Ele já passou por isso. Ele não tem vergonha de você. Suas atitudes não o deixam perplexo. A sua auréola torta não o incomoda. Então vá até ele!

“Não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós…” (Romanos 8:26 NVI).

Os gemidos do coração. Você os ouviu. Você os fez. Eles são o idioma materno da dor, a língua escolhida do desespero. E quando as orações não vierem, eles terão que servir. No entanto, esses apelos crus encontram seu caminho para a presença de Deus o Pai porque são confiados aos cuidados do Espírito Santo.

Estamos acostumados com as obras grandiosas do Espírito Santo. Fogo caindo sobre Pedro, portas abrindo para Paulo. Por causa do Espírito Santo, Ezequiel viu ossos mortos ressuscitarem e Moisés viu o Mar Vermelho abrir. Mas isto é de igual importância: o Espírito organiza e traduz as orações incoerentes dos fracos até que sejam ouvidas no tribunal do céu.

O Deus do universo nasceu na pobreza de uma camponesa e passou sua primeira noite na manjedoura de vaca. Ele deixou a glória do céu e se mudou para nossa vizinhança. Quem poderia ter imaginado que ele faria tal coisa?

Que mundo ele deixou. Nossa mansão mais sofisticada seria um tronco de árvore para ele. Deus se tornou um embrião unicelular e entrou no ventre de Maria. Ele se tornou como nós.

Apenas olhe para os lugares para os quais ele estava disposto a ir: manjedouras, carpintarias, ermos e cemitérios. Os lugares para os quais ele foi para nos alcançar mostram o quão longe ele irá para nos tocar. Ele ama estar com aqueles que ele ama!

A surpresa suprema do amor de Deus? Ele não tem nada a ver com você. Outros o amam por sua causa, por causa das suas covinhas quando você sorri ou do seu charme quando você flerta.

Algumas pessoas o amam por sua causa, mas Deus não. Ele o ama porque Ele é Ele. Ele o ama porque Ele decide fazê-lo. Autogerado, não causado e espontâneo, seu nível constante de amor depende da escolha dele de dá-lo. Deuteronômio 7:7 e 8 diz, “O Senhor não se afeiçoou a vocês nem os escolheu por serem mais numerosos do que os outros povos, pois vocês eram o menor de todos os povos. Mas foi porque o Senhor os amou”.

Você não influencia o amor de Deus. Você não pode impactar a natureza arbórea de uma árvore, a natureza celeste do céu ou a natureza rochosa de uma rocha. Você também não pode afetar o amor de Deus.