Max Lucado

Não importa o que aconteça

O terremoto armênio de 1989 matou trinta mil pessoas. Momentos após o tremor parar, um pai correu para uma escola primária. Quando ele chegou a um monte de pedras e destroços, ele se lembrou de uma promessa que havia feito para o seu filho: “Não importa o que aconteça, eu sempre estarei lá para você”. Outros pais chegaram quando ele começou a tirar as pedras. “É tarde demais”, eles disseram ao homem. Mas o pai não aceitou. Por trinta e seis horas ele cavou – as suas mãos ficaram em carne viva, mas ele se recusou a desistir.

Depois de trinta e oito horas angustiantes, ele tirou uma rocha. “Arman! Arman!” e uma voz respondeu. “Pai, sou eu”. Então o menino acrescentou estas palavras impagáveis, “Eu disse aos outros para não se preocuparem. Eu disse a eles que se você estivesse vivo, você me salvaria, e quando você me salvasse, eles também estariam salvos. Porque você prometeu, ‘Não importa o que aconteça, eu sempre estarei lá para você!’”

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

O perdão do meu pai

O salário do meu pai não era alto, então você pode imaginar a minha surpresa quando ele colocou um cartão de crédito na minha mão no dia em que fui para a faculdade. A sua única instrução foi, “Tenha cuidado em como você irá usá-lo”. Em um impulso uma sexta-feira, não fui à aula para visitar uma garota em outro campus. Como saí às pressas, esqueci de levar dinheiro. Tudo correu bem até eu bater na traseira de um carro na viagem de volta.

Meu pai aceitou a minha ligação a cobrar e ouviu a minha narrativa. Não tenho muito do que me orgulhar da minha história. Fiz uma viagem sem o seu conhecimento, sem dinheiro e arruinei o carro dele. “Bem”, ele disse depois de uma longa pausa, “Foi por isso que eu lhe dei o cartão. Espero que você tenha aprendido a lição”. Eu definitivamente aprendi. Aprendi que o perdão do meu pai precedeu o meu erro. Ele tomou providências para o meu erro antes que eu errasse. Preciso falar que Deus fez o mesmo?

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Uma música para o pai

Salmos 127:3 diz: “Você não vê que os filhos são o melhor presente de Deus?… O seu generoso legado?” (tradução livre).

Eu me lembro muitos anos atrás quando eu estava em uma conferência. Liguei para casa e conversei com a Denalyn e com as meninas. Jenna tinha por volta de cinco anos na época e disse que ela tinha uma surpresa especial para mim. Ela levou o telefone para o piano e começou a tocar uma composição original.

De um ponto de vista musical, tudo estava errado com a música. Ela bateu mais do que tocou. Havia mais desordem do que ritmo. A letra não rimava. A sintaxe era um pecado. Tecnicamente a música era um fracasso. Mas para mim, a música era uma obra-prima. Por quê? Porque ela foi escrita para mim.

Você é um ótimo pai. Sinto tanto a sua falta. Quando você está longe eu fico triste e choro. Por favor, venha logo para casa.

Que pai não gostaria disso? O seu Pai celestial sente o mesmo quando ouve você conversando com ele.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

O compromisso de um pai

Quando eu tinha sete anos, eu me cansei das regras do meu pai e decidi que podia me virar sozinho. Com as minhas roupas em um saco de papel, saí correndo pelo portão dos fundos. Não fui longe. Cheguei ao final da rua e lembrei que estava com fome. Eu me lembro de tomar timidamente o meu lugar à mesa de jantar de frente para o pai que eu havia, poucos momentos antes, renegado.

O meu pai sabia? Acho que ele sabia. Os pais geralmente sabem. Eu ainda era filho dele? Aparentemente sim. Ninguém estava sentado no meu lugar à mesa. Suponha que você perguntasse, “Sr. Lucado, o seu filho diz que ele não precisa de um pai. O senhor ainda o considera seu filho?” Eu não preciso adivinhar a resposta dele. Ele se considerava meu pai mesmo quando eu não me considerava seu filho. O compromisso dele comigo era maior do que o meu compromisso com ele! Isso soa familiar?

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Tempo em sua oficina

O ponto alto da minha carreira de escoteiro foi a Corrida de Caixa de Sabão. O meu plano era construir um genuíno automóvel vermelho como aquele do Manual do Escoteiro. Equipado com serra e martelo, madeira serrada e muita ambição, eu me propus a ser o Henry Ford da Tropa 169. Os meus esforços não eram uma bela visão. A certa altura papai misericordiosamente interveio e me disse para ir com ele até sua oficina.

Eu deixava a minha bicicleta ali, mas nunca havia notado as ferramentas. Mas, novamente, eu nunca havia tentado construir qualquer coisa antes. Por algumas horas ele me apresentou ao mundo mágico de cavaletes, esquadros, fitas métricas e brocas. Eu fiquei maravilhado. Em uma tarde construímos um belo veículo. Não saí da corrida com um troféu, mas saí com uma maior admiração pelo meu pai. Por quê? Porque passei um tempo na sua oficina!

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

O melhor presente

O meu pai consertava motores de campos petrolíferos para viver e recuperava motores de carro por diversão. Papai amava máquinas. Mas Deus lhe deu um ignorante em mecânica… um filho que não conseguia diferenciar entre um diferencial e um disco de freio. O meu pai tentou me ensinar. Eu tentei aprender. Sinceramente, eu tentei.

As máquinas me anestesiavam. Mas os livros me fascinavam. O que um mecânico faz com um filho que ama livros? Ele lhe dá um cartão da biblioteca. Compra para ele alguns volumes no Natal. Coloca uma luminária ao lado da sua cama para que ele possa ler à noite. Paga mensalidade para que o seu filho possa estudar literatura no colégio. O meu pai fez isso.

Você sabe o que ele não fez? Ele nunca disse, “Por que você não pode ser um mecânico como o seu pai e o seu avô?” O melhor presente que você pode dar a seus filhos não é os seus bens, mas revelar-lhes a eles mesmos!

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Amando a criança que deixa a bola cair

Deixar uma bola cair pode não ser grande coisa para a maioria das pessoas, mas se você tem treze anos e tem aspirações de jogar nas grandes ligas, é grande coisa. Eu estava na metade do caminho para casa quando o meu pai me encontrou. Ele não disse uma palavra. Só encostou o carro e abriu a porta do passageiro. Nós dois sabíamos que o mundo havia acabado.

Eu fui direto para o meu quarto. Ele foi direto para a cozinha. Pouco tempo depois ele apareceu na minha frente com biscoitos e leite. E enquanto eu mergulhava os biscoitos, comecei a perceber que a vida e o amor do meu pai continuariam. Se você ama o cara que deixa a bola cair, então você realmente o ama. A minha habilidade como jogador de beisebol não melhorou, mas a minha confiança no amor do Pai sim. Ele nunca disse uma palavra. Ele esteve presente. Ele ouviu.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Papai fez a diferença

Não me lembro bem de outros eventos de quando eu estava na sexta série. Mas aquela noite de primavera em 1967? Eu me lembro claramente. Eu não quis sobremesa. Não tinha apetite. Precisava me concentrar no telefone – na ligação que estava esperando antes do jantar. Eu olhava fixamente para o telefone como um cachorro olha para um osso, esperando o técnico da Liga Infantil me dizer que eu estava no time dele. No grande esquema das coisas, não entrar em um time de beisebol pouco importa. Mas garotos de doze anos não conseguem enxergar o grande esquema das coisas.

Muito tempo depois da minha esperança ter acabado, a campainha tocou. Era o técnico. Ele fez soar como se eu fosse a melhor escolha. Só depois fiquei sabendo que fui a última escolha. E se não fosse pela ligação do meu pai, eu poderia ter sido deixado de fora do time. Mas o papai ligou, o técnico veio e eu fiquei feliz por jogar! Papai fez a diferença!

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Filhos escolhidos

Pais adotivos entendem a paixão de Deus em nos adotar. Eles sabem o que é sentir um vazio internamente. Eles sabem o que é buscar, entrar em uma missão, e assumir a responsabilidade por uma criança com um futuro duvidoso. Se alguém entende o ardor de Deus por seus filhos, é alguém que resgatou um órfão do desespero, pois foi isso o que Deus fez por nós. Filhos adotados são filhos escolhidos.

Quando o médico entregou o Max Lucado para o Jack Lucado, meu pai não teve saída. Ele não podia me devolver para o médico em troca de um filho mais bonito ou mais inteligente. Mas se você é adotado, os seus pais o escolheram. Gravidez surpresa acontece. Mas adoção surpresa? Nunca ouvi falar. Os seus pais poderiam ter escolhido sexo, cor ou ancestrais diferentes. Mas eles escolheram você. Eles quiseram você na família deles… Parabéns!

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Uma recordação de Dia dos Pais

Eu me lembro do meu primeiro Dia dos Pais sem um pai. Talvez você também se lembre. Por trinta e um anos eu tive um dos melhores. Mas agora ele se foi. Ele está enterrado sob um carvalho em um cemitério no oeste do Texas. É estranho ele não estar aqui. Acho que é porque ele nunca estava ausente. Ele sempre estava por perto. Sempre disponível. Sempre presente. Suas palavras não tinham nada de novo. Suas realizações, embora admiráveis, não eram nada extraordinárias. Mas a sua presença era. Como uma lareira quente em uma casa grande, ele era uma constante fonte de conforto.

Ele me vem à mente frequentemente. Quando sinto cheiro do pós-barba “Old Spice”, penso nele. Quando vejo um barco de pesca, vejo o rosto dele. Eu o ouço dar risada. Ele tinha uma risada registrada que sempre vinha com um enorme sorriso e sobrancelhas arqueadas. E eu sabia que se eu precisasse dele, ele estaria lá… como uma lareira quente!

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

TEXTOS MAIS RECENTES

Pular para a barra de ferramentas