Pai, perdoa-lhes

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De todas as cenas em torno da cruz, a que mais me irrita é quando aqueles nas multidões disseram, “Que esse Cristo, o rei de Israel, desça da cruz agora mesmo para que vejamos e creiamos nele” (Marcos 15:32). Não há nada mais doloroso do que palavras com intenção de machucar.

1 Pedro 2:23 nos diz que Jesus “entregava-se àquele que julga com justiça”. Ele simplesmente deixava o julgamento para Deus. “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” ele disse (Lucas 23:34). Eles eram uma multidão enlouquecida, bravos com alguma coisa que não conseguiam ver, então descontaram, entre todas as pessoas, em Deus.

Mesmo assim, Jesus morreu por eles. Como ele pôde fazer isso? Eu não sei. Às vezes me pergunto se não vemos o amor de Jesus tanto nas pessoas que ele tolerou, como na dor que ele suportou. Que graça maravilhosa!

Tome a cruz

photo of brown wooden cross at cliff

Quatro soldados. Um criminoso. Uma cruz. Simão, um fazendeiro, está entre a multidão e não consegue ver o rosto do homem, apenas uma cabeça envolta com galhos espinhosos. Jesus para diante de Simão e se esforça para respirar. A viga está esfregando nas costas já em carne viva.

“O nome dele é Jesus”, alguém fala. “Siga em frente!” ordena o executor. Mas Jesus não consegue, e a viga começa a balançar. Simão instintivamente estende suas mãos fortes e segura a cruz. “Você! Pegue a cruz”. Simão ousa contestar. “Eu não ligo”, o soldado diz, “tome a cruz!”

Simão fez literalmente o que Deus nos chama a fazer figurativamente – toma a cruz e segue Jesus. Lucas 9:23 diz, “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me”.

O brado de vitória de Jesus

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“Está consumado!” Jesus bradou! Pare e ouça. Você pode imaginar o brado da cruz? O que estava consumado? O plano ao longo da história da redenção do homem. A mensagem de Deus para o homem. As obras realizadas por Jesus como homem na terra estavam consumadas.

Um brado de derrota? Dificilmente. Se as mãos de Jesus não estivessem amarradas, ouso dizer que um punho triunfante teria socado o céu escuro. Este não é um brado de desespero. É um brado de conclusão. Um brado de vitória. Um brado de realização. Sim, até mesmo um brado de alívio: “Leve-me para casa”. Venham, dez mil anjos! Venham e levem este ferido para o cuidado dos braços do seu Pai. Adeus, bebê da manjedoura. Leve este Filho ao seu Pai. Ele merece um descanso. Seja abençoado, santo embaixador. Vá para casa, descanse bem. A batalha acabou! Está consumado.

O que Jesus sentiu

brown wooden cross under cloudy sky during daytime

No Monte do Calvário, Cristo ergue sua cabeça pesada em direção aos céus bradando, “Eloí,

Eloí, lamá sabactâni?” – que significa, “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?”

Nós perguntaríamos o mesmo. Por que ele? Por que abandonar seu filho? Abandone os assassinos. Desampare os malfeitores. Abandone-os, não ele.

O que Jesus sentiu na cruz? O desgosto gelado de um Deus que odeia o pecado. Por quê? Porque Jesus carregou nossos pecados no Seu corpo. Com as mãos pregadas abertas, ele convidou Deus, Trate-me como o senhor os trataria. E Deus o fez. Em um ato que partiu o coração do Pai, mas honrou a santidade do céu, um julgamento de purificação do pecado fluiu sobre o Filho dos antigos sem pecado.

“Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?” Por que Deus bradou essas palavras? Para que você nunca tenha que fazê-lo!

Jesus em seu cenáculo

gray cross near tall green trees

Quando os soldados romanos tiraram Jesus do Jardim do Getsêmani, os discípulos de Jesus foram embora. Não sabemos para onde foram, mas sabemos que não conseguiram tirá-lo de suas mentes. Eles voltaram e a igreja do nosso Senhor começou com um grupo de homens assustados em um cenáculo.

Soa familiar? Quantas igrejas têm religião suficiente para se reunir, mas não têm paixão suficiente para sair? Boas pessoas. Boas intenções. Palavras. Promessas. Mas enquanto tudo isto está acontecendo, a porta permanece trancada e a história fica em segredo.

O que é necessário para destrancá-la? Permita que Jesus entre em seu cenáculo e fique diante de você. Coloque sua mão no lado perfurado. Olhe naqueles olhos que derreteram os portões do inferno e colocaram Satanás para correr. Olhe para eles enquanto eles olham para você. Você nunca mais será o mesmo.

Dois ladrões no Calvário

three crosses on top of a hill on a cloudy day

A Escritura diz, “Quando chegaram ao lugar chamado Caveira, ali o crucificaram com os criminosos, um à sua direita e o outro à sua esquerda”. Monte do Calvário. Dois ladrões – magros e pálidos.

Com o cinismo da maioria da multidão, um grita, “Você não é o Cristo? Salve-se a si mesmo e a nós!”

O outro em defesa diz, “Você não teme a Deus, nem estando sob a mesma sentença? Nós estamos sendo punidos com justiça. Mas este homem não cometeu nenhum mal”.

Na declaração do ladrão está apresentado o que qualquer um precisa reconhecer a fim de vir a Jesus. Jesus não está naquela cruz pelos pecados dele. Ele está lá pelos nossos! E o ladrão na cruz faz o mesmo pedido que qualquer cristão faz. “Lembra-te de mim quando entrares no teu Reino!”

Cante novamente

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O que dizemos sobre alguém que reivindica ser cristão, mas não se comporta assim? Bem, Deus coloca uma canção nos corações dos seus filhos salvos. Alguns cantam alto esta canção todos os dias de suas vidas. Em outros casos, a canção fica silenciosa. Longas épocas se passam nas quais a canção de Deus não é cantada.

A verdade é, nem sempre sabemos se alguém confiou na graça de Deus. Uma pessoa pode ter fingido acreditar, mas não ter acreditado. Se a fé de alguém é ou não verdadeira não cabe a nós saber. Mas sabemos isto: onde há conversão genuína, há salvação eterna. Nossa tarefa é confiar na habilidade de Deus em chamar seus filhos para casa. Nós nos juntamos a Deus enquanto ele caminha entre seus filhos rebeldes e feridos, cantando. Eventualmente os que são dele ouvirão sua voz e algo dentro deles acordará. E quando isso acontecer, eles começarão a cantar novamente.

Qual é sua escolha?

road signs in different city directions

Passe a vida toda dizendo para Deus ficar quieto e ele fará exatamente isso. No inferno Deus honra nosso pedido de silêncio. O inferno não é uma instituição correcional ou escola reformatória. Seus membros não ouvem sermões francos, não ouvem o Espírito de Deus ou a voz de Deus ou a voz do povo de Deus. Em Ezequiel 33:11 Deus diz, “não tenho prazer na morte dos ímpios, antes tenho prazer em que eles se desviem dos seus caminhos e vivam”.

Não é da vontade de Deus que alguém pereça, mas o fato de alguns perecerem ressalta a justiça de Deus. Deus deve punir o pecado. Graças a Cristo, esta terra pode ser o mais perto que você chegará do inferno. Mas separado de Cristo, esta terra é o mais perto que você chegará do céu. João 3:16 diz, “para que todo o que nele crer não pereça…”. Deus faz a oferta, mas nós fazemos a escolha. Qual é sua escolha?

Confie na promessa de Deus

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João 3:16. Milhões o citam, apenas poucos confiam nele. “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”.

Desconfiado de uma armadilha, talvez? Advertido por amigos cautelosos? O desespero aumenta nosso interesse. Quando ele pede o divórcio ou ela diz, “Acabou”. Quando o legista liga, os filhos se rebelam ou as finanças entram em colapso. Quando o desespero entra como um furacão em seu mundo, a oferta de Deus de um voo gratuito para casa exige um segundo olhar. João 3:16 se transforma de um versículo agradável para um colete salva-vidas.

Alguns de vocês o estão vestindo. Para vocês, a passagem conforta como seu cobertor preferido. Não se afaste dela. Dê sua resposta para Deus. Efésios 3:17 (A Mensagem) promete, “para que Cristo viva em vocês, que o convidam a entrar no coração”.

Um em Cristo

four person hands wrap around shoulders while looking at sunset

Imagine a cena perto da cruz. Soldados amontoados em círculo, jogando dados – sorteando as posses de Cristo. Soldados comuns testemunhando o evento mais incomum do mundo. Apenas outro criminoso. A cruz é esquecida.

Isso me faz pensar em nós. Os religiosos. Aqueles que reivindicam herança na cruz. Todos nós. Os rigorosos. Os frouxos. Os simples. Os cheios do Espírito. Evangélicos. Todos nós. Não somos tão diferentes destes soldados. Nós também jogamos ao pé da cruz. Competimos por membros. Lutamos por status. Competição. Egoísmo. Ganho pessoal. Está tudo aí. Damos importância ao trivial, nós nos dividimos em pequenos grupos. Outro nome. Outra doutrina. Tão perto da cruz, mas tão longe de Cristo.

“Que todos sejam um”, Jesus orou. Um. Não um em grupos de dois mil. Uma igreja. Uma fé. Um Senhor. Sem hierarquias. Sem tradições. Apenas Cristo.

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