Max Lucado

O que realmente queremos saber (4)

A questão da resistência

“Quem nos separará do amor de Cristo?” (Rm 8.35).

Aí está. Eis a questão. Aqui está o que queremos saber. Queremos saber por quanto tempo resistirá o amor de Deus. Paulo poderia ter começado com isto. Deus realmente nos ama para sempre? Não apenas num domingo de páscoa, quando nossos sapatos estão brilhando, e nossos cabelos, penteados? Queremos saber (bem no fundo, não queremos realmente saber?), como Deus se sente a meu respeito, quando sou um tolo. Não quando estou animado, positivo, e pronto a tentar resolver o problema da fome mundial. Não, então. Sei como Ele se sente nessas ocasiões. Até eu gosto de mim, então.

Quero saber como Ele se sente a meu respeito, quando vou atrás de qualquer coisa que se move; quando meus pensamentos estão ao nível a sarjeta; quando minha língua está tão afiada que cortaria uma pedra. Como Ele se sente a meu respeito, então?

Essa é a questão. Esse é o ponto. Essa é a razão maior de você ler este artigo. Oh, você não o disse; você pode nem mesmo sabê-lo. Mas eu posso vê-lo em seu rosto. Posso ouvi-lo em suas palavras. Ultrapassei os limites esta semana? Terça-feira passada, quando tomei vodca até não poder andar… Quinta-feira, quando meus negócios me levaram onde não havia o que negociar… No verão passado, quando amaldiçoei Deus junto ao túmulo do filho que ele me dera?

Fui levado tão longe? Demorado demais? Escorregões demais?

É isso o que quero saber.

Pode alguma coisa separar-me do amor que Cristo tem por nós?

Deus respondeu nossa pergunta antes que a houvéssemos formulado. Para que lhe enxergássemos a resposta, Ele iluminou o céu com uma estrela. Para que a ouvíssemos, encheu a noite com um coro; e para que nela acreditássemos, fez o que homem algum jamais sonhara. Ele se fez carne e habitou entre nós.

Ele pôs a mão no ombro da humanidade e disse: “Você são um tanto especiais.”

Sem se limitar pelo tempo, Ele nos vê. Todos. Das matas da Virgínia ao centro comercial de Londres; dos vikings aos astronautas; do homem das cavernas aos reis; do construtor de cabanas ao acusador, e ao amontoador de pedras, Ele nos vê. Vagabundos e esfarrapados, Ele nos viu antes que houvéssemos nascido.

E Ele ama o que vê. Inundado pela emoção. Acima do orgulho, o Criador das estrelas volta-se para nós, olha um por um, e diz: “Você é meu filho. Eu o amo ternamente. Estou consciente de que um dia você se afastará de mim, e andará ausente. Porém quero que saiba que já lhe providenciei um caminho de volta.”

E para prová-lo, Ele fez algo extraordinário.

Descendo do trono, Ele removeu seu manto de luz, e envolveu-se em pele: pigmentada pele humana. A luz do universo penetrou a escuridão, banhou o ventre. Ele, a quem os anjos adoram, aninhou-se na placenta de uma camponesa, nasceu numa noite fria, e então, dormiu num cocho.

Maria não sabia se lhe dava leite ou louvor; deu-lhe portanto ambas as coisas, já que Ele era, tanto quanto ela imaginava, faminto e santo.

José não sabia se o chamava de filho, ou de Pai. Por fim, chamou-o de Jesus, já que fora esse o nome mencionado pelo anjo, e já que ele não tinha a mais leve idéia de como chamar a um Deus, que ele podia embalar nos braços.

Nem Maria, nem José, o disse tão abruptamente quanto minha Sara, mas não pense que suas cabeças não se inclinavam, e suas mentes não ponderavam: “Deus, o que o Senhor está fazendo neste mundo?”

“Pode alguma coisa fazer-me parar de amar você?” Pergunta Deus. “Observe-me falar sua língua, dormir em sua terra, e sentir suas dores. Você pergunta se eu entendo como se sente? Olhe dentro dos olhos dançantes do menino de Nazaré; é Deus indo pra escola. Pense no pequenino à mesa de Maria; é Deus derramando o leite.

“Você pergunta até quando durará o meu amor? Encontre sua resposta numa cruz alcantilada, sobre um monte escarpado. Esse que você vê lá em cima é o seu Criador, o seu Deus, furado com pregos, e sangrando. Coberto de cuspe, e encharcado em pecado. É o seu pecado que estou sentindo. É a sua morte que estou morrendo. É a sua ressurreição que estou vivendo. É como eu amo você.”

“Pode alguma coisa interpor-se entre você e eu?” Indaga o Primogênito.

Ouça a resposta, e firme o seu futuro sobre as triunfantes palavras de Paulo: “Pois estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 8.38,39).

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Judas, o homem que nunca soube o que era conhecer

“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (João 4:24).

Eu fico pensando às vezes como Judas era. Qual a sua aparência, como agia, quem eram seus amigos.

Acho que pintei em minha mente um retrato dele. Sempre o imaginei como um homem magro, de olhos redondos e negros, astucioso, vil; com barba pontuda e tudo. Minha idéia o mostrava distanciando dos outros apóstolos. Sem amigos. Remoto. Ele era sem dúvida desonesto e traiçoeiro. Provavelmente produto de um lar destruído. Um delinqüente juvenil na adolescência.

Fico porém me perguntando se isso é mesmo verdade. Não temos qualquer evidência (salvo o silêncio de Judas), sugerindo seu isolamento. Há pouca razão para crer que fosse desonesto. De fato, ele cuidava da tesouraria. Ninguém poria um ladrão para tomar conta do dinheiro. Na última ceia, quando Jesus disse que seu traidor estava sentado` à mesa, não vemos os apóstolos se voltarem imediatamente para Judas como o culpado lógico.

Penso que julgamos Judas erroneamente. Ele talvez fosse o oposto disso tudo. Em lugar de astucioso e magro, quem sabe era robusto e jovial. Em vez de calado e introvertido, poderia ter sido falante e bem-intencionado. Não sei.

Mas, apesar de tudo que não sabemos sobre Judas, de uma coisa temos certeza: ele não tinha um relacionamento com o Mestre.

Ele viu Jesus, mas não o conheceu. Ele ouviu Jesus, mas não compreendeu. Tinha religião, mas não comunhão.

Ao rodear a mesa no cenáculo, Satanás procurava um tipo especial de homem para trair o Senhor. Precisava de um homem que tivesse visto Jesus, mas não o conhecesse.De alguém que soubesse dos atos de Jesus, mas não atentasse na sua missão. Judas era esse homem. Ele conhecia o império, mas jamais conheceu o Homem.

Aprendemos esta lição eterna do traidor. As melhores armas de destruição de Satanás não estão fora, mas dentro da igreja. Nenhuma igreja morrerá por causa da imoralidade em Hollywood ou da corrupção em Brasília. Mas morrerá corroída por dentro, por aqueles que levam o nome de Jesus, e nunca o conheceram.

Judas levava o manto da religião, mas jamais conheceu o coração de Cristo. façamos disso o nosso objetivo: conhecer… profundamente.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Vinte e cinco perguntas para Maria

  1. Como é que era vê-lo orar?
  2. Como ele reagia ao ver as outras crianças bagunçando durante o culto na sinagoga?
  3. Quando ele via um arco-íris, ele mencionava o dilúvio?
  4. Você alguma vez se sentia desconcertada ao ensiná-lo sobre como ele criou o mundo?
  5. Quando ele via um cordeiro sendo levado para o matadouro, ele agia de modo diferente?
  6. Você alguma vez o viu com um olhar distante no rosto, como se ele estivesse ouvindo alguém que você não conseguia ouvir?
  7. Como ele agia nos funerais?
  8. Alguma vez lhe ocorreu o pensamento de que o Deus a quem você estava orando estava dormindo debaixo do seu próprio teto?
  9. Alguma vez você tentou contar as estrelas com ele… e conseguiu?
  10. Alguma vez ele veio para casa com um olho roxo?
  11. Como ele agiu quando ele foi ao barbeiro pela primeira vez?
  12. Ele tinha alguns amigos com o nome de Judas?
  13. Ele ia bem na escola?
  14. Você alguma vez precisou dar uma bronca nele?
  15. Ele alguma vez fez alguma pergunta sobre as Escrituras?
  16. O que você acha que ele pensava ao ver uma prostituta oferecendo pelo preço mais alto o corpo que ele fizera?
  17. Ele ficava bravo quando alguém era desonesto com ele?
  18. Alguma vez você o pegou olhando pensativamente para a carne do seu próprio braço enquanto segurava um torrão de terra?
  19. Ele alguma vez acordou com medo?
  20. Quem era o seu melhor amigo?
  21. Quando alguém se referia a Satanás, como ele agia?
  22. Alguma vez você o chamou de Pai sem querer?
  23. O que ele e o seu primo João conversavam quando crianças?
  24. Seus outros irmãos e irmãs entendiam o que estava acontecendo?
  25. Você alguma vez pensou “Eis aí Deus comendo a minha sopa”?

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Vinho novo em odre velho

Jamais me esquecerei de Steven. Encontrei-me com ele na cidade de St. Louis. Seus 23 anos de vida tinham sido duros: seu braço picado pela agulha e seu pulso marcado pela faca. Seu orgulho estava em seus punhos e sua fraqueza era a sua namorada.

A primeira resposta de Steven ao amor foi belíssima. Quando lhe contamos a história de Jesus, seu rosto duro enterneceu-se e seus olhos escuros dançaram. Ele queria mudar.

Mas, a namorada não pensava do mesmo modo. Ela ouvia com toda aparência de boa vontade e mostrava-se muito doce, mas seu coração estava preso as trevas. Qualquer mudança em Steven logo se perdia com as manobras dela, fazendo com que voltasse aos velhos hábitos. Ela era a última coisa entre ele e o Reino. Suplicamos que a deixasse, pois ele estava tentando colocar vinho novo num odre velho.

Durante vários dias lutou consigo mesmo, a fim de tomar uma decisão e finalmente concluiu: não podia deixá-la.

A última vez que vi Steven ele chorou… chorou… chorou incontrolavelmente. Abracei aquele homem forte e constatei que a profecia de Jesus era realmente verdadeira… ao colocar o seu vinho em odre velho… ele se perdeu.

Você tem qualquer odre que precisa ser jogado fora? O seu, talvez seja um velho vício – comida, roupas, jóias, sexo, ou hábito antigo como a maledicência ou palavrão. Ou talvez, como Steven, uma antiga relação.

Nenhuma amizade ou romance vale a perda de sua alma. Arrependimento significa mudança, transformação. E para isso é necessário livrar-se de tudo que não pode coexistir com Cristo.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

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