Se pudéssemos salvar a nós mesmos, por que precisaríamos de um Salvador? Jesus não veio ao mundo para nos ajudar a nos salvarmos. Ele veio ao mundo para nos salvar de nós mesmos. Quando fui escoteiro, ganhei uma medalha de mérito de salva-vidas. O fato é, as únicas pessoas que salvei foram outros escoteiros que não precisavam ser salvos. Durante o treinamento eu resgatava outros treinandos. Nós nos revezávamos salvando uns aos outros, mas uma vez que não estávamos realmente nos afogando, nós resistíamos ser resgatados. “Pare de chutar e me deixe salvar você”, eu dizia.

É impossível salvar aqueles que estão tentando salvar a si mesmos. Você sabe, você pode se salvar de um coração partido, de ir à falência ou de ficar sem gasolina. Mas você não é bom o suficiente para salvar a si mesmo do pecado; você não é forte o suficiente para salvar a si mesmo da morte. Você precisa de um Salvador, e por causa de Belém, você tem um!

Todo Natal eu leio este lembrete que chegou pelo correio muitos anos atrás.

Se a nossa maior necessidade fosse informação, Deus teria enviado um educador.

Se a nossa maior necessidade fosse tecnologia, Deus nos teria enviado um cientista.

Se a nossa maior necessidade fosse dinheiro, Deus nos teria enviado um economista.

Mas uma vez que a nossa maior necessidade era perdão, Deus nos enviou um Salvador!

Cartões de Natal – estas promessas pontuadas! Frases cheias do motivo pelo qual fazemos tudo de todo jeito. Ele se tornou como nós para que pudéssemos nos tornar como ele. Os anjos ainda cantam e a estrela ainda sinaliza. Isaías 9:6 proclama, Um filho nos foi dado. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Príncipe da Paz. Ah… a maravilha de tudo isso é que Ele ama cada um de nós como se houvesse apenas um de nós para amar!

“Então este é ele”, pensou Gabriel. “Este é o presente de Deus. Um Salvador. Ele salvará seu povo dos seus pecados”. O coração de Gabriel estava cheio. Ele se virou para Maria enquanto ela embalava seu filho e falou. Não importava que ela não pudesse ouvi-lo.

“Você sabe quem você segura, Maria? Você segura o autor da graça. Ele que é eterno, agora tem alguns momentos de idade. Ele que anda sobre as estrelas, agora tem pernas fracas demais para andar. As mãos que seguraram os oceanos são agora punhos de um bebê. A ele que nunca fez uma pergunta, você ensinará o nome do vento. A fonte da linguagem aprenderá palavras com você. Ele que nunca tropeçou, você carregará. Ele que nunca ficou faminto, você alimentará. O Rei da criação está em seus braços”.

Deus fez o que não ousaríamos sonhar. Ele fez o que não podíamos imaginar. Ele se tornou homem para que pudéssemos confiar nele. Ele se tornou sacrifício para que pudéssemos conhecê-lo. E ele venceu a morte para que pudéssemos segui-lo.

Isso desafia a lógica. É uma insanidade divina. Entretanto, é a própria impossibilidade de tudo isso que o faz possível. Pois apenas Deus poderia criar um plano louco desse jeito. Somente um Criador além da cerca da lógica poderia oferecer tal presente de amor. O que o homem não pode fazer, Deus faz.

Então, quando se tratar de guloseimas e doces, bochechas de querubim e narizes vermelhos, vá ao Polo Norte. Mas quando se tratar de eternidade, perdão, propósito e verdade, vá à manjedoura. Ajoelhe-se com os pastores. Adore o Deus que ousou fazer o que o homem não ousou sonhar.

Vivemos em tempos angustiantes. O terrorismo está fazendo jus ao seu nome – terror. A violência paira sobre nosso planeta como uma nuvem escura. Pense nas imagens nos noticiários: os ataques absurdos, os massacres, os atos aleatórios de crueldade. E há o medo de outra recessão. Parece que oscilamos à beira do colapso do mundo financeiro. E há mais… o tumor que você não consegue diagnosticar, o casamento que você não consegue consertar, o chefe que você não consegue agradar. 

Você está apavorado? Posso sugerir que você precisa de um pouco de Natal? Veja, o Natal é sobre Cristo. E o Natal não é Natal a não ser – ou até – que você receba a mensagem de Belém. Na pressa e na correria da época, você separou tempo para receber a promessa da época? Deus nos entende, Deus nos salva e Deus está sempre perto de nós.

Meu pai, um homem de poucas palavras, disse para o meu irmão e para mim, “Garotos, o Natal é sobre Jesus”. Em uma daquelas horas de dormir, momentos da hora do livro, em algum lugar entre contos de fadas e macaco com lancheira, refleti sobre o que papai tinha dito. E comecei a fazer perguntas de Natal, e as tenho feito desde então.

Deus sabe o que é ser humano, e quando conversamos com ele sobre prazos ou momentos difíceis ele entende. Ele esteve lá. Ele esteve aqui. Por causa de Belém, temos um amigo em Jesus. O Natal começa o que a Páscoa celebra. A criança no berço se tornou o Rei na cruz. E ele não nos diz, “Limpe-se antes de entrar”. Ele oferece, “Entre e eu o limparei”. Não é nossa aderência a ele que importa, mas a aderência dele em nós. E esta aderência é certa.

O Natal é uma época de interrupções. Gostamos de algumas, não gostamos de outras. Você pode estar enfrentando uma interrupção durante esta época da vida. O que você queria e o que você recebeu não combinam, e agora você está preocupado e ansioso. Tudo dentro de você e cada voz ao seu redor diz, “Saia. Fique com raiva”. Mas não escute essas vozes. Você não pode encarar uma crise se não encarar Deus antes.

Colossenses 1:16 e 17 diz, “Pois tudo, absolutamente tudo, acima e abaixo, visível e invisível e todas as a hierarquias dos anjos – tudo começou nele e nele encontra propósito. Ele estava lá antes que tudo viesse à existência e ele tudo mantém até o presente momento”. Deus mantém tudo e manterá por você.

Nenhum dia é acidental ou incidental. Nenhum ato é aleatório ou desperdiçado. Veja o nascimento de Jesus em Belém. Um rei ordenou um recenseamento. José foi forçado a viajar. Maria, redonda como uma joaninha, montou nas costas de um jumento. O hotel estava cheio, estava tarde. O evento foi um grande aborrecimento. Mas em decorrência do aborrecimento, a esperança nasceu.

Ainda nasce. Não gosto de aborrecimentos, mas amo o Natal porque ele nos lembra das promessas de Natal que modelam o coração. Bem depois dos convidados terem ido embora, dos corais terem ido para casa e das luzes terem apagado, estas promessas perduram: Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam. Talvez você possa usar um pouco de Natal neste Natal? 

No mistério do Natal, encontramos sua majestade. O mistério de como Deus se tornou carne, por que ele escolheu vir e o quanto ele deve amar seu povo. O Natal é melhor considerado, não com lógica, mas imaginação.

O primeiro Natal foi complicado. Complicado com hospedarias lotadas, famílias viajando e animais de curral cheirando o bebê Jesus. Complicado com perguntas. Como Maria engravidou? O que José deve falar a seus amigos? Por que Herodes está absolutamente determinado a matar bebês? O primeiro Natal foi complicado. Sem parteira para Maria, sem cama para Jesus, sem explicação para dar aos pastores desalinhados.

Este Natal está complicado para você? Parentes demais? Divórcio? Demissão? O Natal pode ser complicado. Mas assim como em Belém, o bem surgiu da complicação. Que o bem surja da sua.

Meu pai, um homem de poucas palavras, disse para o meu irmão e para mim, “Garotos, o Natal é sobre Cristo”. Pensei sobre o que ele disse. Comecei a fazer as perguntas de Natal e, de um jeito ou de outro, eu as tenho feito desde então. E amo as respostas que encontrei.

Como esta: Deus sabe o que é ser humano. Quando converso com ele sobre prazos, longas filas ou momentos difíceis, ele entende. Ele esteve lá. Ele esteve aqui. Por causa de Belém, tenho um amigo no céu.

E por causa de Belém, tenho um Salvador no céu. O Natal começa o que a Páscoa celebra. A criança no berço se tornou o Rei na cruz. E porque ele o fez, não há marcas no meu registro. Apenas graça. Sua oferta não tem letras miúdas. O Natal é sobre nosso precioso Cristo.