Denalyn e eu havíamos apreciado um bom jantar em um restaurante local. Quando recebemos nossa conta, um membro da igreja nos viu e se aproximou. Depois de conversarmos um pouco, ele pegou nossa conta. “Eu levarei isto”, ele disse. Adivinhe? Eu o deixei fazer o que ele quis fazer. Eu deixei que ele a levasse embora.

Algum dia nós estaremos diante de Deus. Todos nós estaremos presentes. Todos nós teremos que prestar contas das nossas vidas. Cada pensamento, cada ato, cada ação. Se não fosse pela graça de Cristo, eu acharia este pensamento bem aterrorizante. Entretanto, de acordo com a Escritura, Jesus veio para “tirar o pecado do mundo” (João 1:29). Nesse dia, eu apontarei para Cristo. “Quando minha lista de pecados for apresentada, eu farei um gesto para ele e direi, “Ele a levou”. Deixe que ele leve os seus. 

Durante trinta e três anos Jesus sentiu tudo o que você e eu sentimos. Ele ficou cansado. Ele ficou com medo do fracasso. Ele ficava gripado, arrotava, tinha odor corporal. Seus sentimentos foram feridos, seus pés ficavam cansados, sua cabeça doía.

Pensar em Jesus à luz dessa realidade é… bem, parece quase irreverente, não parece? É desconfortável. É muito mais fácil manter a humanidade fora da encarnação. Limpar o estrume ao redor da manjedoura. Enxugar o suor dos seus olhos. Ele é mais fácil de lidar dessa maneira. Algo sobre mantê-lo divino também o mantém distante, empacotado e previsível.

Pelo amor de Deus, não o faça. Permita-o ser tão humano quanto ele planejou ser. Deixe-o entrar no lamaçal e na imundície do nosso mundo. Pois apenas se o deixarmos entrar, ele pode nos tirar.

Há uma correlação entre como você se sente sobre si mesmo e como você se sente sobre os outros. Se você estiver em paz consigo mesmo, você se dará bem com os outros. O contrário também é verdadeiro. Se você não gostar de si mesmo, se você estiver envergonhado, constrangido ou irritado, outras pessoas o saberão. A menos que o ciclo seja interrompido.

O que nos leva a um dos versículos mais amáveis da Bíblia. Jesus disse, “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas” (Mateus 11:28). “Venham a mim”, o versículo diz. Permita que Cristo seja amável com você. E quando você permitir, achará mais fácil ser amável com os outros.

Deus não quer apenas os erros que já cometemos, ele quer aqueles que estamos cometendo. Você está bebendo demais? Você está trapaceando no trabalho ou traindo no casamento? Administrando mal sua vida? Não finja que nada está errado. O primeiro passo depois de um tropeço deve ser em direção à cruz. 1 João 1:9 promete, “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados”.

Então comece com seus maus momentos. E enquanto você estiver ali, entregue a Deus seus momentos raivosos. Existe uma história sobre um homem que foi mordido por um cachorro, e quando ele soube que o cachorro tinha raiva, começou a fazer uma lista. O médico disse, “Não há necessidade de fazer um testamento – você ficará bem”. “Ah, não estou fazendo um testamento”, ele disse, “estou fazendo uma lista de todas as pessoas que quero morder”. Deus quer essa lista. Ele quer que você a deixe na cruz.

Segundo Filipenses 2:7, Jesus “tomou a natureza de servo”. Ele se tornou como nós para que pudesse nos servir. Ele entrou no mundo não para exigir nossa fidelidade, mas para mostrar sua afeição.

Ele sabia que você ficaria com sono, ele sabia que você ficaria aflito e faminto. Ele sabia que você enfrentaria dor. Se não a dor do corpo, a dor da alma. Ele sabia que você enfrentaria sede. Se não a sede por água, pelo menos a sede pela verdade. E a verdade que extraímos da imagem de um Cristo sedento na cruz é: Jesus entende.

Quando nos sentimos solitários, saber que alguém entende pode fazer toda a diferença. Você pode estar rodeado de pessoas, mas ainda se sentir solitário se não se sentir conhecido. E você pode estar sozinho, mas não se sentir solitário se você for conhecido. Deus se tornou carne, para que sempre nos sentíssemos conhecidos por ele.

Jesus foi acusado de muita coisa, mas nunca foi descrito como rabugento, azedo ou idiota egoísta. As pessoas não resmungavam quando ele aparecia. Ele as chamava pelo nome. Ele escutava suas histórias. Ele respondia suas perguntas. Ele visitava seus parentes doentes e ajudava seus amigos doentes. Ele pescou com pescadores, almoçou com o rapazinho e falou palavras de sonora afirmação.

Ele ia a casamentos. Ele ia a tantas festas que foi criticado por sair com pessoas duvidosas. Milhares foram ouvi-lo. Centenas escolheram segui-lo. Elas abandonaram carreiras para estar com ele. Sua declaração de propósito diz “Eu, porém, venho para dar vida e vida em abundância” (João 10:10). Jesus era feliz e quer que também sejamos.

O Espírito Santo não é entusiasmo, compaixão ou coragem. Ele pode estimular tais emoções, mas ele mesmo é uma pessoa. Ele determina itinerários (Atos 16:6), distribui dons espirituais (1 Coríntios 12:7-11), ele conforta (João 16:7). Jesus prometeu, “Ele vive com vocês e estará em vocês” (João 14:17). Convidado ocasional? Não, senhor. O Espírito Santo é residente o ano todo nos corações dos seus filhos.

Conforme a história de Deus se torna nossa história, seu poder se torna nosso poder. Bem, então por que sofremos falta de energia? Nós nos voltamos a ele para nos fazer começar e depois continuamos com nossa própria força. A mesma mão que empurrou a pedra do túmulo pode afastar sua dúvida. O mesmo poder que estimulou o coração de Cristo pode estimular sua fé fraca. A mesma força que colocou Satanás em desvantagem pode – e irá – derrotar Satanás na sua vida. Apenas mantenha a fonte de energia aberta.

O amor de Jesus não depende do que fazemos por ele. De jeito nenhum. Aos olhos do Rei, você tem valor simplesmente porque você existe. Você não precisa ter boa aparência ou bom desempenho. Seu valor é inato. Ponto final.

Pense nisso só por um minuto. Você tem valor simplesmente porque você existe. Não por causa do que você fez, mas simplesmente porque você é. Lembre-se disso da próxima vez que você estiver sacudindo no barco a vapor da ambição de alguém. Ou algum trapaceiro tentar colocar uma etiqueta de preço de pechincha em sua autoestima. Lembre-se disso da próxima vez que alguém tentar passá-lo como uma compra barata.

Apenas pense na maneira como Jesus o honra, e sorria. Eu o faço. Porque sei que não mereço um amor como esse – nenhum de nós merece.

Encorajamento ocorre quando nós “nos aproximamos e chamamos”. Jesus exemplificou isto. Pedro era propenso a falar rápido demais e gabar-se demais. Ainda assim Jesus viu alguma coisa no coração deste ríspido pescador que valia a pena chamá-lo. Jesus perguntou aos seus seguidores, “Quem vocês dizem que eu sou?” Ouço silêncio. Finalmente Pedro se manifestou. Ele olhou para o pobre rabino da Galileia e disse, “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16:16).

Jesus quase pulou de alegria com a confissão. Ele até mudou o nome do apóstolo. Simão agora seria chamado Pedro, um nome que é próximo de petros ou rochoso. Simão, o homem que expressou fé sólida como uma rocha, precisava de um nome sólido como uma rocha. Jesus fez para Pedro o que encorajadores fazem. Ele citou o melhor. Ele edificou Pedro. Faça o mesmo por alguém – é assim que a felicidade acontece. 

Os discípulos estavam no Mar da Galileia quando ouviram Jesus chamar da margem, e quando chegaram à praia viram a cena mais extraordinária. Jesus estava cozinhando! Ele lhes disse, “Venham comer” (João 21:12). Os papéis não deveriam estar invertidos? Jesus havia acabado de romper os portões do inferno. Ele havia feito um depósito de graça que anula para sempre nossa dívida do pecado. Ele, o inigualável Comandante do Universo, vestiu o avental?

E mais, ele ainda não o tirou. Ele promete uma festa no céu na qual “ele se vestirá para servir, fará que se reclinem à mesa, e virá servi-los” (Lucas 12:37). Você consegue imaginar a cena? Alguém pergunta, “Alguém viu Jesus?” “Sim, ele está do outro lado da sala do banquete servindo chá gelado”. É assim que a felicidade acontece.