Nenhum momento, evento ou detalhe fica fora da supervisão de Deus. Deus é o único que “faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos” (Mateus 5:45 NVI).

Ele não está elaborando este plano enquanto segue adiante. Daniel 5:21 diz, “O Deus Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e coloca no poder a quem ele quer”. Então, se Deus está no comando, por que ele permite que desafios venham ao nosso encontro? Um Deus todo-poderoso não os impediria? Não se eles servirem para seu propósito maior.

O principal exemplo é a morte de Cristo na cruz. Todos pensavam que a vida de Jesus havia acabado. Jesus estava morto e enterrado, mas Deus o ressuscitou dos mortos. Deus tomou a crucificação da sexta-feira e a transformou na celebração do domingo. Ele não pode fazer uma reviravolta similar para você?

Em fevereiro de 2015 o grupo terrorista ISIS decapitou vinte e um cristãos em uma praia na Líbia. A maioria era de trabalhadores migrantes egípcios que trabalhavam para sustentar suas famílias. O ISIS chacinou os homens para chocar o mundo com terror. A resposta das suas famílias enviou uma mensagem totalmente diferente. A mãe de uma vítima de vinte e cinco anos disse, “Estou orgulhosa do meu filho. Ele não mudou sua fé… Agradeço a Deus”. Estes homens poderiam ter vivido. Com uma simples confissão de Alá, as facas teriam sido abaixadas.

O que você teria feito? A pergunta é mais do que acadêmica. Você pode não enfrentar lâminas e terroristas, mas você não enfrenta críticas e acusadores? Membros da família que zombam das suas crenças. Professores tiram sarro da sua fé. Colegas fofocam sobre suas convicções. Às vezes você se sente sozinho? Talvez você tenha sido feito para este momento.

Algum tempo atrás minha esposa e eu tivemos a oportunidade de dirigir pela minha cidade natal e visitar o túmulo da minha mãe e do meu pai. Fazia dez anos desde nossa última visita. O local da sepultura é o único no cemitério com um carvalho vivo. Meu pai o plantou há três décadas e meia. Hoje o tronco é tão grosso quanto o torso de um homem. Mas não era o tamanho da árvore que me impressionava, era o que meu pai havia entalhado. Um coração. Ele gravou o desenho e raspou a casca. À medida que a árvore crescia, a gravura também crescia. Ele sabia que precisaríamos de uma lembrança do seu amor. Você tem um lugar em meu coração.

Amigo, seu Pai fez o mesmo. Não com um carvalho vivo, mas com uma cruz. Não com uma gravura, mas com o sangue carmesim de Cristo. Você tem um lugar no coração de Deus.

Há algum tempo fiz uma visita especial ao Hotel American Colony em Jerusalém. Eu queria ver a letra manuscrita que fica pendurada na parede, emoldurada e visível para todos verem. Horatio Spafford a escreveu, sem nunca imaginar que se tornaria as palavras de um dos hinos mais amados do mundo.

Em 2 de dezembro de 1873, ele recebeu um telegrama da sua esposa que começava, “Salva sozinha. O que eu faço?” O navio no qual ela estava colidiu com outro navio e afundou. Suas quatro filhas se afogaram e Anna sobreviveu. Enquanto navegava no navio para trazê-la para casa, Spafford escreveu a letra para a canção que se tornaria um hino à providência de Deus.

“Seja qual for o meu destino, Tu me ensinaste a dizer… está tudo bem com a minha alma!” [tradução livre].

Uma parede de água tirou a visão de Pedro. Uma rajada de vento quebrou o mastro com um estalo. Pedro voltou sua atenção de Jesus para a tempestade e, quando o fez, afundou como um tijolo em uma lagoa. Dê mais atenção à tempestade do que para Aquele que Anda na Tempestade e prepare-se para fazer o mesmo. Se as tempestades vêm ou não, não podemos escolher. Mas para onde olhar durante uma tempestade, podemos.

O chamado de Deus à coragem não é um chamado à ingenuidade ou à ignorância. Não devemos ficar alheios aos desafios esmagadores que a vida traz. Devemos contrabalançá-los com longos olhares às conquistas de Deus. A escritura diz, “Por isso é preciso que prestemos maior atenção ao que temos ouvido, para que jamais nos desviemos” (Hebreus 2:1). Faça hoje o que for preciso para manter seu olhar em Jesus.

A vida parece emperrada quando a vida não progride. Quando você batalha contra o mesmo desânimo que enfrentou há uma década ou luta contra os mesmos medos que enfrentou há um ano. Quando você acorda com as mesmas manias e hábitos. Quando a mágoa se torna um endereço de correspondência permanente.

Jesus o vê, meu amigo, e ele tem uma nova versão de você esperando para acontecer. Ele diz a você o que disse para o homem junto ao tanque de Betesda: “Levante-se! Pegue a sua maca e ande!” (João 5:8).

Levante-se. Faça alguma coisa. Escreva uma carta. Candidate-se para o emprego. Entre em contato com um conselheiro. Levante-se. Pegue. Pegue sua maca. Rompa com o passado. E ande. Mantenha sua visão em um novo destino e comece a caminhada. Desemperrar significa ficar animado para sair.

Você se lembra de alguma vez, quando era criança, que se perdeu? Você sentiu o medo paralisante de olhar ao redor e não conseguir ver a estrela do norte da forte presença de seus pais. Você estava perdido.

Estes momentos, nos quais você se sente perdido, podem deixar um buraco no seu estômago e trazer medo a sua alma. O que é ainda pior é chegar a um ponto na vida quando percebemos que nos perdemos como seres humanos. Não sabemos ao certo por que estamos neste planeta. Não temos noção do nosso propósito.

É nestes momentos que olhamos para Deus, o mestre contador de história, e descobrimos que a melhor maneira de entender nossa história é ouvindo a dele. Quando entendemos a história de Deus e onde nos encaixamos nela, a névoa começa a clarear e nossa história começa a fazer sentido. Há mais para sua história, meu amigo.

A ansiedade não é um pecado; é uma emoção. A ansiedade pode, entretanto, levar a um comportamento pecaminoso. Se a ansiedade tóxica o levar a abandonar seu cônjuge, negligenciar seus filhos ou quebrar corações, preste atenção. Jesus deixou esta palavra: “Tenham cuidado, para não sobrecarregar o coração de vocês de… ansiedades da vida,” (Lucas 21:34 NVI).

Procure estes sinais: Você está rindo menos do que antes? Aqueles que o conhecem o descreveriam como cada vez mais negativo e crítico? Dada a oportunidade, você evitaria qualquer interação com a humanidade pelo resto da sua vida?

Se você respondeu sim para a maioria destas perguntas, tenho uma escritura para você. Considere Filipenses 4:6, “Não andem ansiosos por coisa alguma”.

Perdoar é o ato de aplicar sua misericórdia imerecida a suas mágoas imerecidas. Você não merecia ser magoado, mas você também não merece ser perdoado. Não faz sentido oferecer graça aos outros? Você foi imerso em perdão, submerso em graça. Você não pode, em pé como você está, até a altura dos ombros no oceano da graça de Deus, encher um copo e oferecer a felicidade do perdão aos outros?

Em 2015 o mundo assistiu com horror quando o ISIS liberou seu ódio nas ruas de Paris. Antoine Leiris perdeu sua esposa para suas balas. Mas ele não perdeu seu coração para o ódio. Ele decidiu focar sua energia em amar seus filhos, não em odiar seus agressores.

Façamos o mesmo. Ofereça aos outros a graça que foi dada a você. É tempo de perdoar, assim como Deus, em Cristo, o perdoou. É assim que a felicidade acontece.

Invernos fazem parte da vida – alguns pessoais, alguns globais – mas todos são poderosos. Por mais que tentemos nos agasalhar e nos inclinar contra o vento, o mais corajoso entre nós pode cair. As noites são longas demais e a pergunta é comum demais: este inverno passará?

Deus tem uma palavra de cinco letras para encorajamento: E-S-T-E-R. O livro de Ester foi escrito para ser lido em tempos de inverno pela pessoa que se sente em desvantagem por inimigos, superada pelo destino e vencida pelo medo. É como se Deus, em sua bondosa providência, ouvisse todas as orações de todas as almas que já estiveram presas em um fevereiro ártico. E para cada pessoa que tem esperado ver um raminho verde em um galho estéril, ele diz, “Siga-me. Quero que você veja o que eu posso fazer”.