Imagine comigo esta conversa entre Deus e Satanás:

“Emanuel? Deus conosco?” Satanás falou com um tom de descrença. “O plano é bizarro. Você não sabe como é na Terra! É mal”. “Ela é minha”, proclamou o Rei. “E reivindicarei o que é meu. Eu me tornarei carne”. Satanás ficou sem palavras.

E Deus falou, “Amo meus filhos. O amor não tira a liberdade de quem amamos, mas o amor tira o medo. E Emanuel deixará uma tribo de filhos destemidos. Eles não o temerão; não temerão seu inferno. Tirarei todo o pecado. Tirarei a morte. E sem pecado e morte você não terá poder”.

Satanás andou em círculos, finalmente parou para perguntar, “Por que você faria isto?” A voz do Pai foi profunda e suave. “Porque eu os amo”.

Deus não me disse, “Limpe-se antes de entrar”. Ele ofereceu, “Entre e eu o limparei”. Não é minha aderência a ele que importa, mas a aderência dele em mim. E a aderência dele é certa. Assim como a presença dele em minha vida. Presentes de Natal do Papai Noel? Isso é bom. Mas a presença perpétua de Cristo? Isso muda a vida.

Deus sempre está perto de nós. Sempre por nós. Sempre em nós. Podemos esquecê-lo, mas Deus nunca se esquecerá de nós. Estamos sempre em sua mente e em seus planos. Ele chamou a si mesmo de “Emanuel, que significa ‘Deus conosco’” (Mateus 1:23).

Não apenas “Deus nos fez”. Não apenas “Deus pensa em nós”. Mas Deus conosco. Deus onde estamos: no escritório, na cozinha, no avião. Ele respirou nosso ar e andou nesta terra. Deus… conosco!

A justiça acontece na medida em que nos alinhamos com a mão de justiça de Deus. Quando você ensina uma criança deficiente a andar ou a ler, quando você cuida dos idosos, quando você consegue apoio para os oprimidos, você realiza algo que continuará no mundo que virá. É maravilhoso restaurar arte ou casas dilapidadas, mas é sagrado restaurar a dignidade humana. Quando juntamos as mãos com as de Deus, a justiça encontra oxigênio e a opressão se esconde no canto.

Para ser claro, está chegando o dia no qual Deus irá equilibrar para sempre a balança da justiça. A glória do novo reino será marcada por prosperidade e justiça. Até lá, façamos parceria com ele em busca pelo que é certo. Quando você defende os oprimidos, a justiça tem uma chance, e Satanás tem uma convulsão.

Jesus nos diz o que ele disse aos seus discípulos no mar tempestuoso. “Sou eu! Não tenham medo!” (João 6:20).

A tradução literal do que Jesus disse é “EU SOU; Não tenham medo”. EU SOU. Esse é o nome de Deus. Quando nos perguntamos se Deus está vindo, ele responde com seu nome, “EU SOU!” Quando nos perguntamos se ele é capaz, ele declara, “EU SOU”. Quando não vemos nada além de escuridão, não sentimos nada além de dúvida e nos perguntamos se Deus está perto ou ciente, a resposta oportuna de Jesus é esta: “EU SOU!”

Pare por um momento e permita que ele lhe diga seu nome. Sua maior necessidade é a presença dele. Sim, você quer que esta tempestade passe. Sim, você quer que os ventos acalmem. Mas sim, sim, sim, você quer saber, precisa saber e deve saber que o grande EU SOU está perto. Lembrem-se, amigos, vocês nunca estão sozinhos.

Orgulho e vergonha. Você nunca imaginaria que eles são irmãos. Eles parecem tão diferentes. O orgulho estufa seu peito. A vergonha abaixa sua cabeça. O orgulho se vangloria. A vergonha se esconde. O orgulho procura ser visto. A vergonha procura ser evitada. Mas não se engane, as emoções têm o mesmo parentesco. E as emoções têm o mesmo impacto: elas mantêm você longe do seu Pai.

O orgulho diz, “Você é bom demais para ele”. A vergonha diz, “Você é mau demais para ele”. O orgulho o afasta, a vergonha o mantém afastado. Se o orgulho é o que vem antes da queda, então a vergonha é o que o impede de levantar depois dela. Deus, o Pai sem pecado e sem egoísmo, nos ama em nosso orgulho e vergonha. 2 Coríntios 5:19 diz, “Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo”.

Se você precisar de um sinônimo para uma mudança radical na direção esperada de uma história, tente reviravolta. É um recurso literário que descreve um enredo redirecionado. É aquele momento no livro que faz com que você fique acordado além da sua hora de dormir porque não consegue acreditar no que acabou de acontecer. O Mar Vermelho era intransponível em um minuto e uma passagem no seguinte. Golias desafiou Israel por quarenta dias, mas então Davi carregou sua funda com uma reviravolta e a deixou voar.

Nas mãos de Deus nenhum roteiro é previsível, nenhum enredo é inevitável, nenhum resultado é certo. Ele sempre está a uma virada da página de uma reviravolta instantânea. Olhe o celeiro em Belém. Quem previu isso? Ou perguntando melhor, quem o previu? Ele segurava o universo em um momento e apertava o mindinho da Maria no seguinte. Ele é o Deus de reversões grandiosas.

Você, como Ester, está enfrentando um desafio impossível? Então imite a rainha. Ester poderia ter permanecido escondida, poderia não ter feito nada. Ou poderia ter corrido para a presença do Rei Xerxes, mas ao invés disso ela escolheu a oração.

E você? Este é o tempo para uma conversa sensata, honesta, rosto no chão com o Senhor de tudo. Roupas não precisam ser rasgadas, mas o verniz deve ser removido. Jejum é opcional, mas a oração de humildade genuína não.

Que desafio você está enfrentando? Seu emprego está em riso? A pessoa que você ama está no hospício? Sua fé está despedaçada? Retire-se para seu quarto de oração. A rainha pôde entrar na sala do trono de Xerxes porque ela passou um tempo na sala do trono de Deus. O mesmo é verdade na sua história e na minha. Assim que tivermos falado com o rei do céu, estaremos prontos para enfrentar qualquer rei na terra.

Maria está bem acordada. A dor foi ofuscada pela fascinação. Ela olha para o rosto do bebê. Seu filho. Seu Senhor. Sua Majestade. Neste ponto da história, o ser humano que melhor entende quem Deus é e o que ele está fazendo é uma adolescente em um estábulo malcheiroso. Ela não consegue tirar seus olhos dele. De alguma maneira, Maria sabe que está segurando Deus. Ela se lembra das palavras do anjo. “Seu reino jamais terá fim” (Lucas 1:33).

Ele parece qualquer coisa menos um rei. Seu rosto é enrugado e vermelho. Seu choro, embora forte e saudável, ainda é o choro impotente e estridente de um bebê. Ele é totalmente dependente de Maria para seu bem-estar. A majestade em meio ao mundano. A santidade na sujeira do esterco e do suor de ovelha. A divindade entrando no mundo no chão de um estábulo, por meio do ventre de uma adolescente e na presença de um carpinteiro.

Você conhece a teoria do efeito borboleta? É algo assim: uma borboleta na África Ocidental bate suas asas e, no momento certo, agita a menor das rajadas de ar. A rajada de ar cresce, agitando ao redor do globo até resultar em um furacão… digamos na Flórida.

Concordo com a parte da borboleta. Não é o resultado que questiono, é a aleatoriedade. Quem encontra consolo em uma filosofia de acaso? Mas encontro grande conforto em promessas como Efésios 1:11: “Fomos escolhidos desde o princípio para sermos dele [de Deus], e todas as coisas estão acontecendo tal qual Ele decidiu desde o princípio do mundo”. A borboleta pode agitar, mas apenas com a permissão de Deus o bater das asas pode criar um furacão.

Nunca fui surpreendido pelo julgamento de Deus, mas ainda estou impressionado pela sua graça. Davi o salmista se torna Davi o espreitador, mas pela graça de Deus ele se torna Davi o salmista novamente. Pedro negou Cristo antes de pregar Cristo. Zaqueu o trapaceiro: a parte mais limpa da vida dele era o dinheiro que ele lavava, mas Jesus ainda teve tempo para ele. O ladrão na cruz: inclinado para o inferno e pendurado para morrer em um minuto, ligado ao céu e sorrindo no seguinte.

História após história, surpresa após surpresa. Parece que Deus está procurando mais por maneiras de nos levar para casa do que por maneiras de nos deixar de fora. Desafio você a encontrar uma alma que veio a Deus procurando graça e não a encontrou. Examine as páginas, leia as histórias. Encontre uma pessoa que veio procurando uma segunda chance e saiu com um sermão severo. Desafio você! Você não encontrará.