“Ao passar, Jesus viu um cego de nascença” (João 9:1). Ninguém mais o viu. Os discípulos viram apenas um estudo de caso teológico. “‘Mestre, quem pecou: este homem ou seus pais, para que ele nascesse cego?’” (versículo 2). Eles não viram um ser humano. Eles viram um assunto para discussão.

Jesus, ao contrário, viu um homem que era cego de nascença, um homem que nunca tinha visto um nascer do sol, que não podia distinguir roxo de rosa. Ele vivia em um mundo escuro. Outros tinham motivo para ter esperança; ele tinha motivo para se desesperar.

Mas então Jesus o viu. E ele vê você. A primeira lição deste evento é bem-vinda. Você e eu não somos invisíveis. Não somos negligenciados. Jesus nos vê à beira da estrada e dá o primeiro passo. Lembre-se, meu amigo, você nunca está sozinho.

A Escritura frequentemente descreve nosso comportamento como as roupas que vestimos. 1 Pedro 5:5 nos adverte “vistam-se de humildade”. Em Salmos 109:18, Davi fala dos ímpios que se vestem “de maldição”. As roupas podem simbolizar o caráter, e como sua roupa, o caráter de Jesus era perfeição ininterrupta.

Mas quando Cristo foi pregado na cruz, ele tirou seu manto de perfeição sem emenda e adotou uma roupa diferente: a roupa da indignidade. Despido diante da sua própria mãe. Envergonhado diante da sua família. A indignidade do fracasso. Por algumas horas cheias de dor, os líderes religiosos foram vitoriosos, e Cristo pareceu o perdedor. Pior de tudo, ele vestiu a indignidade do pecado. A Escritura diz, “Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro” (1 Pedro 2:24). A vestimenta de Cristo na cruz? Pecado – seu e meu.

A história de Aleksandr começou em 1918 na Rússia. No início da vida adulta ele foi discípulo de Marx e Lênin. Na Segunda Guerra Mundial, foi convocado para o serviço militar. Ele foi acusado falsamente de espionagem e preso. Ao longo dos oito anos seguintes na prisão, sua fé no regime comunista diminuiu. O momento decisivo veio em janeiro de 1952 quando recebeu uma visita de um médico judeu que havia se tornado cristão recentemente.

Aleksandr Solzhenitsyn logo seguiu os passos do médico. Ele descreveu sua conversão no livro The Gulag Archipelago [O Arquipélago Gulag]. Quem imaginaria que no fundo de uma prisão construída no ateísmo um coração se voltaria para Cristo e tocaria o mundo?

Passe a vida toda dizendo para Deus ficar quieto e ele fará exatamente isso. No inferno Deus honra nosso pedido de silêncio. O inferno não é uma instituição correcional ou escola reformatória. Seus membros não ouvem sermões francos, não ouvem o Espírito de Deus ou a voz de Deus ou a voz do povo de Deus. Em Ezequiel 33:11 Deus diz, “não tenho prazer na morte dos ímpios, antes tenho prazer em que eles se desviem dos seus caminhos e vivam”.

Não é da vontade de Deus que alguém pereça, mas o fato de alguns perecerem ressalta a justiça de Deus. Deus deve punir o pecado. Graças a Cristo, esta terra pode ser o mais perto que você chegará do inferno. Mas separado de Cristo, esta terra é o mais perto que você chegará do céu. João 3:16 diz, “para que todo o que nele crer não pereça…”. Deus faz a oferta, mas nós fazemos a escolha. Qual é sua escolha?

O cenário do livro de Ester é a cidade de Susã no século V aC na Pérsia (atual Irã). O império consistia em aproximadamente 44% da população mundial. Xerxes, o rei, tinha sede de vinho, desprezo pelas mulheres e convicções propensas a mudar com o clima.

Hamã é o vilão da nossa história. Ele tinha a atenção do rei, a arrogância de um cafetão e a compaixão de Hitler. Hamã disse ao rei em Ester 3:8-9, “Existe certo povo disperso e espalhado entre os povos… do teu império… decrete a destruição deles”.

Já este “certo povo” foi a nação hebraica que Deus preservou. Eles foram uma raça escolhida por meio da qual Deus redimiria a humanidade. Ele tinha algo especial guardado para eles, assim como ele tem para você hoje.

Seus dias parecem uma caminhada em uma trilha dos Apalaches no inverno? Uma luta para colocar um pé na frente do outro? Se for, eu o encorajo, meu amigo, a persistir! Persista. Não desista. A ajuda está aqui. Pode ser que ela não venha do jeito que você pediu ou tão rápido quanto você deseja, mas virá. Presuma que algo bom acontecerá. A porta do amanhã está destrancada por dentro, apenas gire a maçaneta e saia.

O Artista Divino ainda não terminou. A terra ainda é seu estúdio. Cada pessoa na terra é um de seus projetos. Cada evento na terra é parte do seu grande mural. Ele não terminou. A escritura diz em Filipenses 1, “Estou bem certo de que Deus, que começou este bom trabalho entre vocês, vai continuá-lo até que ele seja terminado no dia em que Jesus Cristo voltar”. Lembrem-se, amigos, vocês nunca estão sozinhos.

A história de Jesus parece um pouco com um álbum de recortes. Recortes de manchetes. As histórias e esboços de lições preferidos de Jesus. O retrato de Lucas de Jesus no barco de Pedro. Mateus tirou foto do grupo quando os setenta seguidores se encontraram para uma festa após a primeira viagem missionária. João colou um guardanapo do casamento de Caná no livro assim como o programa do funeral em Betânia.

Há muitas outras coisas que Jesus fez. Na verdade, em seu evangelho João diz, “Se todas fossem escritas, cada uma delas… não consigo imaginar um mundo grande o bastante para caber tamanha biblioteca (João 21:25 A Mensagem). Quem foi este homem? Jesus Cristo. Nenhuma pergunta é mais importante.

Considere ler a história inteira, desde a manjedoura em Belém até o túmulo vazio. E tenha em mente que os registros finais da história ainda estão por vir, incluindo a foto de você e seu Salvador na porta de entrada do céu.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Biddy Chambers, seu marido e uma filha pequena se mudaram para o Egito onde ele serviu como capelão. Ele ensinava, ela transcrevia. Era uma parceria perfeita.

Então as complicações da apendicite do seu marido tornaram Biddy viúva. Todos os sonhos de um ministério de ensino teriam que ser abandonados, certo? Não. Ela transformou as anotações do seu marido em panfletos. Eventualmente, eles foram compilados em um livro, My Utmost for His Highest [Tudo para Ele]. Esta obra de Oswald Chambers teve mais de treze milhões de cópias vendidas e foi traduzida para mais de trinta e cinco idiomas.

Da próxima vez que você se sentir sobrecarregado, lembre-se Daquele que está ao seu lado. Entregue a ele o que você tem, dê graças e observe-o trabalhar. Lembrem-se, amigos, vocês nunca estão sozinhos.

Jesus convida, “Venham a mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso… deixem que eu lhes ensine, pois sou manso e humilde de coração, e encontrarão descanso para a alma” (Mateus 11:28).

Faça um favor a si mesmo. Realce, sublinhe e aceite este convite. Jesus diz, deixem que eu lhes ensine como lidar com longas segundas-feiras e parentes mal-humorados. Deixem que eu lhes ensine por que as pessoas lutam, a morte vem e o perdão importa. Nós precisamos de respostas. Jesus as oferece. 

Mas podemos confiar nele? Só há uma maneira de saber. Procure-o. Eleve seus olhos, olhe para Jesus. Sem olhares de relance ou vislumbres ocasionais. Procure pelas ruas movimentadas e telhados que fazem sombra até que você veja sua face, então olhe para ele. Você encontrará o único Unigênito!

No Monte do Calvário, Cristo ergue sua cabeça pesada em direção aos céus bradando, “Eloí,

Eloí, lamá sabactâni?” – que significa, “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?”

Nós perguntaríamos o mesmo. Por que ele? Por que abandonar seu filho? Abandone os assassinos. Desampare os malfeitores. Abandone-os, não ele.

O que Jesus sentiu na cruz? O desgosto gelado de um Deus que odeia o pecado. Por quê? Porque Jesus carregou nossos pecados no Seu corpo. Com as mãos pregadas abertas, ele convidou Deus, Trate-me como o senhor os trataria. E Deus o fez. Em um ato que partiu o coração do Pai, mas honrou a santidade do céu, um julgamento de purificação do pecado fluiu sobre o Filho dos antigos sem pecado.

“Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?” Por que Deus bradou essas palavras? Para que você nunca tenha que fazê-lo!