La La Land – Cantando Estações

O Musical La La Land – Cantando Estações (La La Land, EUA, 2016), de Damien Chazelle premiado com 7 Globos de Ouro e com 12 indicações ao Oscar, não é esse balaio de gato todo, mas é compreensível que ele seja premiado, pois agrada os votantes da academia, especialmente por homenagear a chamada “Era de Ouro de Hollywood”, com referências diretas a clássicos como Casablanca (194) e Juventude Transviada (1955). As cenas musicais bem coreografadas, e integradas de forma orgânica a trama que achei inclusive bem simples, mas muito bem sacada ao apresentar o ponto de vista de cada personagem. Chazelle deveria ser lembrado pelo espetacular Whiplash – Em Busca da Perfeição (Whiplash, 2014).
No filme, acompanhamos o romance em Los Angeles entre o pianista de jazz Sebastian (Ryan Gosling) e a atriz iniciante Mia (Emma Stone). Os dois se apaixonam perdidamente, mas preferem seguir em busca de seus sonhos a viverem um grande amor. Eles lutam por lugar ao sol, em busca de oportunidades para suas carreiras na competitiva cidade, e tentam fazer o relacionamento amoroso dar certo enquanto perseguem fama e sucesso. Aos poucos o amor vai passando por provações, uma vez que eles começam a se dedicar mais e mais ao trabalho, e vão se tornando bem-sucedidos.
Destaco a questão do jazz, que volta a ser abordada por Chazelle e uma cena musical encantadora com a participação de John Legend. Numa cena, Gosling interpreta algo parecido com o apresentado por Gene Kelly em Cantando na Chuva (1952). Se Whiplash era imprescindível para quem é baterista, este é obrigatório para os tecladistas, especialmente os que se rendem a trabalhos medíocres, seja numa banda de forró, ou tocando o disco de Natal da Simone na praça de alimentação de um shopping.