Maria está bem acordada. A dor foi ofuscada pela fascinação. Ela olha para o rosto do bebê. Seu filho. Seu Senhor. Sua Majestade. Neste ponto da história, o ser humano que melhor entende quem Deus é e o que ele está fazendo é uma adolescente em um estábulo malcheiroso. Ela não consegue tirar seus olhos dele. De alguma maneira, Maria sabe que está segurando Deus. Ela se lembra das palavras do anjo. “Seu reino jamais terá fim” (Lucas 1:33).
Ele parece qualquer coisa menos um rei. Seu rosto é enrugado e vermelho. Seu choro, embora forte e saudável, ainda é o choro impotente e estridente de um bebê. Ele é totalmente dependente de Maria para seu bem-estar. A majestade em meio ao mundano. A santidade na sujeira do esterco e do suor de ovelha. A divindade entrando no mundo no chão de um estábulo, por meio do ventre de uma adolescente e na presença de um carpinteiro.