Mogli – O Menino Lobo

Mogli – O Menino Lobo (The Jungle Book, 2016 de Jon Favreau, diretor de Homem de Ferro, é baseado nas eternas histórias de Rudyard Kipling (trata-se de um clássico literário do final do século 19) e inspirado na também clássica animação da Disney “Mogli – O Menino Lobo” (The Jungle Book, 1967) de Wolfgang Reitherman. Vemos, então, na tela grande uma aventura épica inovadora sobre Mogli, o menino criado por uma alcateia de lobos.

O que chama a atenção é o fato desse filme ser feito quase que completamente em computação gráfica, tendo êxito perante o público moderno enquanto mantém toda a magia da animação original da Disney, especialmente nas canções, como na saudosa Somente o necessário, entoada por Baloo (Bill Murray) e Mogli na graciosa cena do rio. Destaque também para a belíssima atuação de Neel Sethi no papel do menino lobo. Ele foi escolhido entre milhares de candidatos depois de uma busca mundial pelo menino-lobo perfeito.

Mogli fora criado por lobos, mas ele é um filhote de homem. Assim, não é tão ágil como os demais animais, mas é bastante esperto. Chega um momento da infância de Mogli (Neel Sethi) em que ele sente que não é mais bem-vindo na floresta. Isso ocorre durante um período de estiagem, quando o temido tigre Shere Khan (Idris Elba), que carrega cicatrizes causadas por caçadores, promete eliminar o que ele considera uma ameaça. Forçado a abandonar o único lar que conhece, Mogli embarca em uma cativante jornada de autoconhecimento, guiado pela pantera e mentora Bagheera (Ben Kingsley) e pelo alegre urso Baloo.

Em sua jornada, Mogli encontra criaturas da selva que não são exatamente bondosas, incluindo Kaa (Scarlett Johansson), uma cobra cuja voz sedutora e olhar penetrante hipnotizam o menino-lobo, e Rei Loiue (Christopher Walken), um primata pré-histórico gigantesco, com fala mansa que tenta convencer Mogli a contar o segredo da ilusória flor vermelha mortal: o fogo. O filme contém diversos momentos tensos e assustadores, o que tem se tornado raro num mundo onde as crianças só podem assistir contos de fadas felizes e/ou politicamente corretos. Assim, o público-alvo do longa é a família, que terão valores importantes transmitidos ao longo da projeção.