Como estudar a Bíblia: Princípios para entender a Bíblia

Há algum tempo atrás eu sentei com minhas filhas para jogar cartas. Tínhamos recebido o jogo há vários meses e nos lembramos da diversão que tivemos da primeira vez que jogamos. Então decidimos jogar novamente.

As cartas não eram as comuns de ouros e ases, mas era um conjunto diferente planejado especialmente para este jogo. Enquanto distribuíamos as cartas percebemos que alguma coisa estava faltando – as instruções. Não conseguimos achar as instruções.

Sem problema, pensamos. Vamos lembras as regras enquanto jogamos.

Uma das meninas perguntou como uma pessoa ganha este jogo. Não conseguimos lembrar.

Isso também estava na folha de instruções. Sem problema pensamos, vamos descobrir enquanto jogamos.

Os resultados foram interessantes. Primeiro, tivemos a tendência de inventar regras que se adequassem a nossas necessidades pessoais. (É incrível como uma carta ruim pode sacudir sua memória sobre uma regra obscura oferecendo segundas chances).

Como não conseguimos nos lembrar de como determinar o vencedor, todos nós tínhamos objetivos diferentes. Alguns queriam pegar o máximo de cartas que fosse possível. Outros queriam perder o máximo de cartas que fosse possível. Como não sabíamos o objetivo, não conseguimos concordar com um plano.

O resultado foi um caos. Quatro pessoas fazendo quatro conjuntos de regras com quatro objetivos diferentes.

Felizmente, nós finalmente encontramos as instruções e descobrimos, para surpresa de cada um de nós, que ninguém estava inteiramente certo.

É difícil jogar junto se você não sabe qual é o objetivo.

Agora, pegue esse jogo simples de cartas e amplifique-o para dois milênios de herança e séculos de lealdade denominacional e por volta de uma dúzia de camadas de tradição religiosa e você tem uma idéia da dificuldade da interpretação bíblica.

Cada um de nós sabe o que é discutir a mesma Bíblia com uma pessoa e chegar a duas conclusões.

Idealmente seria educado dizer, A Bíblia diz o que quer dizer e quer dizer o que diz. Mas realistamente, temos dificuldade em entender o que a Bíblia diz. Eu freqüentemente recebo perguntas de pessoas sobre como interpretar a Bíblia. Aqui estão alguns exemplos.

  1. Jesus lavou os pés de Seus discípulos. Ele ordenou que Seus discípulos fizessem o mesmo. Nós, entretanto, não temos o ritual de lavar os pés… devemos lavar?
  2. Timóteo foi orientado por Paulo a beber um pouco de vinho por causa de seu problema no estômago… mas o mesmo Paulo não advertiu sobre tornar-se bêbado por causa do vinho?
  3. Paulo ordenou às mulheres em Corinto a orarem com véu em suas cabeças… devemos distribuir véus a nossas irmãs?
  4. “A mulher não usará roupa de homem” (Deuteronômio 22:5). Isso significa que as mulheres devem vender seus jeans?
  5. Paulo ordenou que os cristãos em Roma se cumprimentassem com um beijo santo… estamos desobedecendo se nós não enrugarmos os lábios? Se devemos beijar, onde devemos beijar? Com qual freqüência devemos beijar? E se esquecermos de beijar? Alguém pode beijar na nossa ausência?
  6. O que fazemos com as passagens atípicas como “batismo por causa dos mortos” (1 Coríntios 15:29), “gemido da natureza” em Romanos 8, ou a oração de Cristo aos “espíritos em prisão” em 1 Pedro 3:18,19?
  7. Primeira Coríntios 11:14 afirma que cabelo comprido é vergonhoso para um homem mas é glória para a mulher. Devemos excomungar qualquer homem com cabelo comprido?
  8. “Quero, pois, que os homens orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda” (1 Timóteo 2:8). Se orarmos sem levantar as mãos estamos desobedecendo a Deus?

Como respondemos essas perguntas? Começamos lembrando que a Bíblia é a Palavra de Deus dada em linguagem humana. A Escritura é um casamento da verdade eterna com particularidades históricas.

  1. Foi escrita em outro tempo.
  2. Foi escrita em outra cultura.
  3. Foi escrita em outro idioma.

A menos que entendamos isso, não podemos começar a entender a Bíblia.

Nosso mundo é diferente do mundo da Bíblia. Nossa linguagem, roupa e cultura não são as mesmas daquelas de Israel na época de Jesus. Conseqüentemente, estamos interpretando a Bíblia todo o tempo. Por essa razão, precisamos ter cuidado em usar as regras certas de interpretação.

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Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
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30 Pensamentos Diários: 2º dia

Dois tipos de vozes chamam sua atenção hoje.

As negativas enchem sua mente com dúvida, amargura, e medo.

As positivas dão esperança e força.

Qual delas você escolherá para escutar?

Você tem uma escolha, você sabe.

“Levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo.” 2 Coríntios 10:5

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
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Como estudar a Bíblia: O teste da intenção

Qual foi a intenção original do autor?

Quando você olha para a figura ao lado, o que você vê?

Um pato? Um coelho? Uma cabra? Um martelo com garra? Muitas pessoas olham o mesmo desenho e vêem um objeto diferente. Como nós verificamos a verdade?

Uma maneira seria perguntar ao artista. Qual foi sua intenção quando desenhou este esboço?

Freqüentemente quando duas pessoas olham o mesmo versículo das Escrituras, elas enxergam coisas diferentes. Como sabemos o que o versículo quer dizer? Uma maneira seria perguntar ao Escritor. Quando Você escreveu este versículo, o que Você pretendia dizer?

Deveríamos começar determinando o gênero ou tipo de literatura no qual o versículo foi encontrado. Se eu escrevesse um poema para você, eu não teria a intenção de que você o usasse como um documento científico. Por outro lado, se eu escrevesse um trabalho sobre a história para você, eu não iria querer que você entendesse meus pensamentos como poéticos.

A Bíblia contém muitos tipos de literatura. Alguns livros são históricos; outros são cartas pessoais. Alguns são poéticos e outros são proféticos. Algumas histórias são parábolas; outras são reais.

Quando se trata de um versículo em particular, é importante perguntar, O que esta seção quer dizer? Qual é a implicação do livro?

A propósito, não fique desanimado quando um versículo ou uma passagem em particular for extremamente difícil de entender. Há uma relação direta entre a compreensibilidade de um assunto e sua importância para sua vida. Um Deus bondoso esconderia uma verdade crucial? Eu acho que não. Talvez nunca saibamos o que Paulo quis dizer quando falou em “batismo dos mortos” em 1 Coríntios 15:29 ou a pregação de Jesus para os “espíritos em prisão” em 1 Pedro 3:19.

Em alguns casos, esses versículos não foram dirigidos a nós. O autor original e seu público estão se referindo a um evento ou problema que você e eu não sabemos a respeito. Estamos ouvindo por casualidade um lado da conversa. Esses versículos podem compor um diálogo interessante, mas nós não devemos ficar neles caso eles ocultem os grandes assuntos da Bíblia.

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Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
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Como estudar a Bíblia: Qual é o propósito da Bíblia?

“Procura apresentar-te a Deus, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Timóteo 2:15).

As estradas de San Antonio me confundem. Quando acho que estou indo pro sul, vejo o sol e percebo que estou dirigindo para o oeste. Quando acho que estou indo para a cidade, percebo que estou indo para longe da cidade. Um amigo gentil me explicou que as estradas eram em forma de zigue-zague porque as ruas originais eram fugas de gados.

Então, para evitar que me perdesse, comprei uma bússola. Do tipo que você pode instalar em seu carro. Ela é redonda e possui uma seta flutuante. Levei-a para meu carro com grandes expectativas. Finalmente eu seria orientado e teria direção. Mas então eu li as instruções, “coloque a bússula para o norte e ajuste a seta”.

Eu balancei minha cabeça. Se eu soubesse para onde ficava o norte, eu não precisaria de uma bússola, pensei.

Nós estamos estudando a bússola da vida – a Bíblia. Assim como uma bússola, ela serve como uma ferramenta de orientação. Assim como uma bússola, ela fornece direção para o peregrino. Assim como uma bússola, ela endireita as estradas tortas da vida. Mas assim como uma bússola, nós precisamos saber como usá-la. Precisamos saber como interpretá-la.

A questão básica de interpretação da Bíblia é, “Qual é seu propósito?”

Por que é importante saber o propósito da Bíblia?

Imagine sua reação se eu pegasse uma lista telefônica, abrisse e dissesse, “Achei uma lista de todos que estão recebendo subsídios do Estado! Ou se eu dissesse, Aqui está uma lista de formandos da faculdade! Ou, Este livro vai nos contar quem tem um carro vermelho. Você provavelmente diria, “Agora espere um minuto – esse não é o propósito desse livro. Você está segurando uma lista telefônica. Seu propósito é simplesmente revelar o nome e o número de moradores de uma cidade durante um certo período.”

Somente entendendo seu propósito eu posso usar a lista telefônica com precisão. Somente entendendo seu propósito eu posso usar a Bíblia com precisão. E somente entendendo por que a Bíblia foi escrita eu poderia aplicar suas verdades com precisão. Assumindo que a Bíblia tem algum outro propósito, as pessoas têm feito algumas falsas suposições e aplicações erradas. Por exemplo, alguns supuseram que o propósito da Bíblia fosse transferir o vestuário e a comida da cultura do primeiro século para hoje. Algumas religiões entram em muitos detalhes sobre vestuário e tradições, supondo que esse fosse o objetivo de Deus e da Bíblia.

Alguns acreditam que a Bíblia proporcione aos estudiosos um código secreto de profecia que, uma vez decifrado, revelará o dia no qual nosso Senhor voltará. Outros acreditam que a Bíblia seja um manual de sucesso secreto para riqueza e saúde. Outros ainda usam a Bíblia para provar idéias já tidas. Alguns cristãos sentem que o propósito da Bíblia seja proporcionar um guia para a organização da igreja do Novo Testamento.

Apesar de a Bíblia poder ter opiniões sobre cada um destes assuntos, nenhum deles identifica o propósito das Escrituras. Qual é o propósito da Bíblia? Deixe a Bíblia por si mesma responder essa pergunta.

“E que desde a infância sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé que há em Cristo Jesus” (2 Timóteo 3:15).

“Estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (João 20:31).

“Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê… Porque no evangelho é revelada, de fé em fé, a justiça de Deus, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé” (Romanos 1:16-17).

O propósito da Bíblia é simplesmente proclamar o plano de Deus para salvar Seus filhos. Ela afirma que o homem está perdido e precisa ser salvo. E comunica a mensagem que Jesus é Deus em carne enviado para salvar Seus filhos.

Apesar de a Bíblia ter sido escrita a mais de dezesseis séculos por pelo menos quarenta autores, ela tem um tema central – a salvação pela fé em Cristo. Começou por Moisés no solitário deserto da Arábia e terminou com João na solitária Ilha de Patmos. Ela é mantida unida por uma linha firme: a paixão de Deus e o plano de Deus para salvar Seus filhos.

Que verdade vital! Entender o propósito da Bíblia é como ajustar a bússola na direção certa. Calibre-a corretamente e você viajará em segurança. Mas falhe ao ajustá-la e quem sabe onde você irá parar.

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Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
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O que fazer com as preocupações

“Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas?” Romanos 8:32

O que nós fazemos com as… preocupações? Leve suas ansiedades até a cruz – literalmente. Da próxima vez que você ficar preocupado com sua saúde ou casa ou finanças ou vôos, viaje mentalmente para cima da montanha. Fique alguns momentos olhando novamente para as peças da paixão.

Passe seu polegar na ponta da lança. Balance um cravo na palma de sua mão. Leia o sinal de madeira escrito em seu próprio idioma. Enquanto você faz isso, toque a barra aveludada, úmida com o sangue de Deus.

Sangue que ele derramou por você.

A lança ele levou por você.

Os pregos ele sentiu por você.

O sinal ele deixou por você.

Ele fez tudo isso por você. Sabendo disso, sabendo de tudo o que ele fez ali por você, você não acha que ele cuidará de você aqui?

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
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Quando Deus vê você

Quando o seu mundo toca o mundo de Deus, o resultado é um momento santo. Quando a maior esperança de Deus beija seu machucado terreno, esse momento é santo. Esse momento pode acontecer em um domingo durante a Comunhão ou em uma quinta-feira à noite na pista de patinação. Pode acontecer em uma catedral ou em um metrô, por um arbusto ardente ou por uma gamela. Quando e onde não importa. O que importa é que momentos santos acontecem. Diariamente. E eu gostaria de falar para você sobre o mais santo desses momentos – gostaria de falar para você sobre o momento mais santo de sua vida.

Não. Não é o seu nascimento. Não é o seu casamento. Não é o nascimento de um filho. Estou falando sobre o momento mais santo de sua vida. Esses outros momentos são especiais. Eles brilham com reverência. Mas comparados com esse momento, eles são mais ou menos tão santos quanto um soluço.

Estou falando sobre a hora sagrada.

Não, não é seu batismo ou sua profissão de fé. Não é sua primeira comunhão ou sua primeira confissão ou mesmo seu primeiro encontro. Eu sei que esses momentos são preciosos e certamente sacrossantos, mas eu tenho um momento diferente em mente.

Aconteceu esta manhã. Bem depois que você acordou. Bem ali na sua casa. Você o perdeu? Deixe-me recriar a cena.

O despertador toca. Sua esposa o cutuca ou seu marido a acotovela ou sua mãe ou pai o sacode. E você acorda.

Você já bateu no botão de soneca três vezes; bata de novo e você estará atrasado. Você já pediu mais cinco minutos… cinco vezes diferentes; peça de novo e terá água despejada em sua cabeça.

A hora chegou. O amanhecer rompeu. Então, com um gemido e um grunhido, você arremessa as cobertas para trás, e coloca um pé quente para fora em um mundo frio. Ele é seguido por um relutante companheiro.

Você se inclina para cima, senta na beirada da cama e olha fixamente para a parte de trás de suas pálpebras. Você fala para elas abrirem, mas elas se opõem. Você as separa com suas palmas e espia dentro do quarto.

(O momento ainda não é santo, mas está quase lá.)

Você fica em pé. Nesse momento, tudo o que vai doer durante o curso do dia dói. É como se a pequena pessoa dentro de seu cérebro que está encarregada da dor precisasse testar os circuitos antes de você chegar no banheiro.

“Dor nas costas?”

“Confere.”

“Pescoço duro?”

“Confere.”

“Machucado no joelho do futebol do colegial?”

“Ainda dói.”
“Couro cabeludo escamado?”

“Ainda coça.”

“Reação à febre de feno?”

“Atchim!”

Com o encanto de uma elefanta grávida, você caminha em direção ao banheiro. Você deseja que haja alguma maneira de acender a luz lentamente, mas não há. Então você dá um tapa no interruptor, pisca enquanto seus olhos se acostumam, e vai até a pia do banheiro.

Você está se aproximando do sagrado. Você pode não saber disso, mas você acabou de pisar em azulejo santo. Você está no interior do santuário. O arbusto ardente do seu mundo.

O momento mais santo da sua vida está prestes a acontecer. Ouça. Você ouvirá o agitar das asas dos anjos sinalizando sua chegada. Trombetas estão equilibradas nos lábios do céu. Uma nuvem de majestade rodeia seus pés descalços. Os anfitriões do céu suspendem todos os movimentos enquanto você levanta seus olhos e…

(Fique pronto. Está vindo. O momento santo está perto.)

Os pratos chocam. Trombetas ecoam na sala sagrada. As crianças do céu correm através do universo espalhando pétalas de flor. As estrelas dançam. O universo aplaude. Árvores se inclinam em adoração coreografada. E bem que eles devem, porque o filho do Rei acordou.

Olhe no espelho. Observe aquele que é santo. Não se vire. A imagem da perfeição está olhando de volta para você. O momento santo chegou.

Eu sei o que você está pensando. Você chama isso de “santo”? Você chama isso de “perfeito”? Você não sabe como eu fico às 6:30 da manhã.

Não, mas posso imaginar. O cabelo emaranhado. Pijamas ou camisola amassados. Os nacos de sono grudados nos cantos de seus olhos. Barriga inchada. Lábios secos. Olhos atarracados. Hálito que poderia manchar uma parede. Um rosto que poderia assustar um cachorro.

“Qualquer coisa menos santo,” você diz. “Me dê uma hora e eu vou parecer santo. Me dê um pouco de café, um pouco de maquiagem. Me dê uma pasta de dente e uma escova de cabelo, e deixarei este corpo apresentável. Um pouco de perfume… um espirro de colônia. Então me leve para dentro do Santo dos Santos. Então farei o céu sorrir.”

Ah, mas aqui é onde você se engana. Veja, o que faz o momento da manhã tão santo é sua honestidade. O que faz o espelho da manhã santificado é exatamente você estar vendo exatamente quem Deus vê.

E quem Deus ama.

Sem maquiagem. Sem camisas opressoras. Sem gravatas autoritárias. Sem sapatos combinando. Sem camadas de imagens. Sem o status de jóias. Apenas honestidade despenteada.

Apenas você.

Se as pessoas o amam às 6:30 da manhã, uma coisa é certa: elas amam você. Elas não amam o título que você tem. Elas não amam seu estilo. Elas não amam suas conquistas. Elas somente amam você.

“O amor”, escreveu uma alma perdoada, “cobre multidão de pecados.” 1

Soa como o amor de Deus.

“Aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados,” outro escreveu. 2

Sublinhe a palavra aperfeiçoou. Note que a palavra não é melhorou. Não é aumentou. Deus não melhora; ele aperfeiçoa. Ele não realça; ele completa. O que faz a pessoa perfeita cometer uma falta?

Agora percebo que há um sentido no qual somos imperfeitos. Nós ainda erramos. Nós ainda tropeçamos. Nós ainda fazemos exatamente o que não queremos fazer. E essa parte de nós, segundo o versículo, “sendo feitos santos.”

Mas quando se trata da nossa posição diante de Deus, somos perfeitos. Quando Ele vê cada um de nós, Ele vê aquele que foi aperfeiçoado através dAquele que é perfeito – Jesus Cristo.

“Todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes.”3

Esta manhã eu “coloquei” roupas para esconder as imperfeições que eu não queria mostrar. Quando você me vê, totalmente vestido, você não pode ver minhas pintas, cicatrizes ou machucados. Eles estão escondidos.

Quando escolhemos ser batizados, por estilo de vida tanto quanto por símbolo, em Cristo, a mesma proteção acontece. Nossos pecados e falhas ficam perdidos abaixo do puro esplendor de Sua proteção. “Porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.” 4 Por favor, não perca o impacto deste versículo. Quando Deus nos vê, Ele também vê Cristo. Ele vê perfeição! Não perfeição ganha por nós, tenha isso em mente, mas perfeição paga por Ele.

Reflita nestas palavras por um momento: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”5

Agora leia estas palavras em outra tradução: “Porque Deus fez Cristo, que não conhecia o pecado, realmente ser pecado por nós, para que em Cristo fôssemos feitos bons pela bondade de Deus.”

Note as últimas quatro palavras: “pela bondade de Deus.” A bondade de Deus é a sua bondade. Você é a absoluta perfeição. Impecável. Sem defeitos ou erros. Limpo. Sem igual. Inculpável. Primeira classe. Puro. Perfeição imerecida porém completa.

É sem surpresa que o céu aplaude quando você acorda. Uma obra-prima se mexeu.

“Shh,” sussurram as estrelas, “olhe a maravilha daquela criança.”

“Meu!” os anjos suspiram, “que prodígio Deus criou.”

O que você vê no espelho como um desastre da manhã é, na verdade, um milagre da manhã. A santidade em um roupão.

Vá adiante e se vista. Vá adiante e coloque os anéis, faça a barba, penteie o cabelo, e cubra as pintas. Faça isso por você. Faça isso pela sua imagem. Faça isso para manter seu trabalho. Faça isso pelo bem daqueles que precisam sentar ao seu lado. Mas não faça isso para Deus.

Ele já o viu como você realmente é. E em seu livro, você é perfeito.

1. 1 Pedro 4:8
2. Hebreus 10:14
3. Gálatas 3:27
4. Colossenses 3:3
5. 2 Coríntios 5:21

Guia de estudoVocê se surpreendeu pelo que era o “momento santo”? Por que ou por que não?

  • Quando você leu este capítulo, você ganhou um novo entendimento da relação entre honestidade e santidade, a diferença entre perfeição ganha e perfeição paga? (Veja também Colossenses 1:22 e 1 Coríntios 1:8). Explique sua resposta.
  • Você está pronto para olhar honestamente no espelho? Se estiver, o que você tem tentado para se fazer mais apresentável a Deus?

    Leia Hebreus 10:14. Como Deus o aperfeiçoou?

    Que efeito o amor dEle e a sua perfeição aos olhos dEle têm na maneira que você sente sobre você mesmo? Na maneira com que você se relaciona com outras pessoas? Em como você se relaciona com Ele?

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

  • Gente com rosa na lapela (2)

    Não é difícil compreender e admirar a sabedoria da Srta. Maynell. Se você quiser conhecer a verdadeira história do coração humano, observe sua reação diante de uma figura sem atrativos. “Diz-me quem amas,” escreveu Houssaye, “e dir-te-ei quem és”.

    Hollis Maynell, contudo, está longe de ser um exemplo para medir o coração de alguém que se interessa pelo que não é belo.

    No último sermão registrado por Mateus, Jesus faz exatamente isso. E faz isso não por meio de uma parábola, mas por meio de uma descrição. Não conta uma história, mas descreve uma cena — a última cena, o juízo final. Em seu último sermão, Jesus coloca em palavras a verdadeira mensagem que Ele colocou em ação: “amar os excluídos”.

    Não há dúvida quanto o juízo final. Todos estarão lá. Naquele dia Jesus separará as ovelhas dos cabritos, os bons dos maus.

    Em que Ele se baseará para fazer essa seleção? Talvez você se surpreenda com a resposta. “Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me.”

    Qual é a insígnea dos salvos? Sua escolaridade? Sua disposição para visitar países longínquos? Sua capacidade para atrair uma multidão e pregar? Sua habilidade para escrever livros com mensagens de esperança? Seus grandes milagrres? Não.

    A insígnea dos salvos é seu amor para com os excluídos.

    À direita do Pai estarão aqueles que deram de comer aos famintos, deram de beber aos sedentos, deram calor humano aos abandonados, vestiram os nus, confortaram os enfermos e visitaram os presos.

    A insígnea dos salvos é seu amor para com os excluídos.

    Você observou como é simples o que Jesus nos pede? Jesus não diz: “Eu estava enfermo e me curastes… Esta preso e me libertastes… estava abandonado e me construístes uma casa de repouro para mim…” Ele não diz: “Tive sede e me destes assistência espiritual.”

    Sem ostentações. Sem estardalhaço. Sem alardes na imprensa. Apenas pessoas bondosas praticando atos de bondade.

    Porque quando praticamos atos de bondade a outas pessoas, praticamos atos de bondades a Deus.

    Quando Francisco de Assis deu as costas à riqueza para seguir a Deus com simplicidade, abandonou suas roupas e saiu da cidade. Logo a seguir viu um leproso na beira da estrada. Passou por ele, mas depois parou, deu meia volta e abraçou o homem enfermo. Francisco prosseguiu seu caminho. Depois de dar alguns passos, virou-se para olhar novamente o leproso, mas não viu ninguém.

    Durante o resto de sua vida, ele acreditou que o leproso era Jesus Cristo. Talvez ele estivesse certo.

    Jesus habita nos esquecidos. Fez morada nos ignorados. Vive no meio dos enfermos. Se quisermos ver a Deus, devemos ir até onde estão os humilhados e os abatidos. É lá que o veremos.

    “[Ele] se torna galardoador dos que o buscam (Hebreus 11.6)” é a promessa. “Em verdade vos afirmo que sempre que o fizestes a um desses meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes (Mateus 25.40)” é o desígneo.

    Talvez você já tenha lido a história de um homem da Filadélfia que foi à uma feira de bugigangas e encontrou uma tela da qual gostou muito. Aquela pintura empoeirada de uma igreja rural custava apenas dois dólares. Estava rasgata e desbotada, mas o homem gostou dela e comprou-a. Ao abri-la quando chegou em casa, caiu de dentro uma folha de papel cuidadosamente dobrado. Era a Declaração da Independência. Aquilo que todos imaginavam ser uma pintura barata de feira de bugigangas continha uma das cem cópias originais da Declração da Independência [dos EUA] impresa em 4 de julho de 1776.

    Surpresas valiosas são encontradas nos lugares mais impossíveis. A lição da feira de bugigangas se aplica à vida. Faça um investimento nas pessoas que o mundo rejeitou — o sem-teto, o aidético, o órfão, o divorciado — e talvez você descubra onde se encontra a sua independência.

    A mensagem de Jesus é arrebatadora: “A maneira como você os trata é a maneira como também me trata.”

    Dentre todos os ensinamentos de Cristo em sua última semana, para mim esse é o mais pungente. Gostaria que ele não tivesse dito o que disse. Gostaria que Ele tivesse dito que a insígnea dos salvos é a quantidade de livros que escreveram, porque já escrevi vários. Gostaria que Ele tivesse dito que insígnea dos salvos é a quantidade de sermões que pregaram, porque já preguei centenas. Gostaria que Ele tivesse dito que a insígnea dos salvos é a quantidade de pessoas que conseguiram atrair, porque já falei a milhares.

    Mas Ele não disse isso. Suas palavras me dizem que aqueles que vêem Cristo são os que vêem os sofredores. Se você quiser ver Jesus, vá até uma casa de repouso, sente-se ao lado de uma senhora idosa, e ajude-a a colocar a colher na boca. Se quiser ver Jesus, vá até o hospital público e peça à enfermeira que o leve até alguém que nunca recebe visitas. Se quiser ver Jesus, saia do escritório, desça até o saguão e converse com o homem que está arrependido de ter se divorciado e está sentindo a falta dos filhos. Se quiser ver Jesus, vá até o centro da cidade e ofereça um sanduíche — não um sermão, mas um sanduíche — àquela senhora maltrapilha que mora debaixo do viaduto.

    Se quiser ver Jesus… veja os mal-apessoados e os esquecidos.

    Você poderá dizer que se trata de um teste. Um teste para medir a profundidade do nosso caráter. O mesmo teste que Hollis Maynell utilizou com John Blanchard. Os rejeitados do mundo usando rosas. Assim como John Blanchard, temos às vezes de adaptar nossas expectativas. Temos às vezes de reexaminar nossos motivos.

    Se ele tivesse virado as costas à uma figura sem atrativos, teria perdido o amor de sua vida.

    Se nós virarmos as costas, poderemos perder muito mais.

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

    Nosso último dilema

    “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá.” João 11:25

    As palavras dela estavam cheias de desespero. “Se o senhor estivesse aqui…” ela olha fixamente para o rosto do Mestre com olhos confusos. Ela tinha sido forte por muito tempo; agora dói muito. Lázaro estava morto. Seu irmão tinha partido. E o único homem que poderia ter feito diferença não fez. Ele nem chegou para o enterro. Alguma coisa em relação à morte faz com que acusemos Deus de traição. “Se Deus estivesse aqui não haveria morte!” nós alegamos.

    Veja, se Deus é Deus em qualquer lugar, ele tem que ser Deus diante da morte. A psicologia pop pode lidar com a depressão. As conversas animadas podem lidar com o pessimismo. A prosperidade pode manobrar a fome. Mas só Deus pode lidar com o nosso último dilema – a morte. E só o Deus da Bíblia ousou ficar na beirada do desfiladeiro e oferecer uma resposta. Ele tem que ser Deus diante da morte. Se não, ele não é Deus em lugar nenhum.

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

    A região escura do divórcio

    De 1960 a 1980 dobrou o número de divórcios em nosso século. Em 1980, as predições estimaram que a taxa de divórcio dobraria novamente na virada do século. Por quê?

    Para entender esta crise da sociedade, vamos dar uma olhada nos encargos da sociedade que afetaram a família. Temos visto a deterioração nos laços da sociedade que uma vez foram instrumentos no apoio à família. Havia um tempo de responsabilidade familiar. Um dia no qual a vovó e o vovô viviam no final da rua. Mamãe e papai ficavam a um quarteirão de distância, os primos eram espalhados pela cidade. O divórcio era raro, algo fora do comum, até considerado escandaloso.

    Mas esses dias passaram. Hoje muitas vezes não conhecemos nossos vizinhos, muito menos os responsáveis por eles.

    Hoje a metade dos americanos vive a 150 milhas de distância do parente mais próximo e se muda uma vez a cada quatro anos. O resultado? Todas as vezes que nos desarraigamos, encontramo-nos em uma nova situação, cada vez mais anônimos no mundo.

    Este anonimato é a semente da responsabilidade reduzida. Você se muda para Nova Iorque ou São Francisco ou Houston, e ninguém conhece você. Você passeia em um shopping e ninguém pára para dizer oi. Você é anônimo. O anonimato torna-se agradável porque junto com a diminuição do reconhecimento vem uma diminuição de responsabilidade. Ninguém se importa com o que você faz, então o que você faz parece não ter tanta importância.

    Então, em nossa sociedade, a responsabilidade reduzida e o anonimato aumentado têm contribuído para a explosão do divórcio. Nossas atitudes mudaram: o que um dia foi raro e escandaloso é agora aceitável e comum. Mas o ensinamento de Deus não mudou. É muito claro no assunto: Deus odeia o divórcio. Ele tem honrado Seu pacto conosco e espera que façamos o mesmo. Deus odeia o divórcio. Mas a Escritura é igualmente clara: Deus ama o divorciado. O divórcio não é um pecado acima dos pecados, mas um pecado entre os pecados. Nunca há um lugar de onde não possamos começar novamente. Nunca há um lugar tão longe de Deus que Ele não possa atrair-nos de volta para Ele.

    Mantendo a tensão tensa

    Deus ama o divorciado mas odeia o divórcio. Ah, como tendemos ir de um extremo para o outro. De um lado pregamos a ira de Deus contra aqueles que fracassam e elevam o divórcio como o pecado acima dos pecados (o que não é).

    O resultado é pessoas feridas e quebradas querendo saber se Deus já tem um lugar para elas de novo. Ou, em nossos esforços em sermos compassivos com os feridos e quebrados, entusiasmamo-nos em termos compaixão. Os observadores notam essa compaixão e pensam: “Se o divórcio é fácil assim, então por que ficar casado?”

    Mas a tensão deve permanecer tensa. Deus odeia o divórcio. Ele o odeia porque destrói as crianças que Ele ama. Mas deixe-nos sermos tão igualmente alto e claro e afirmar que Deus ama o divorciado, que não é um pecado entre os pecados. O mesmo Deus que perdoará uma má atitude ou um mau temperamento pode perdoar uma má escolha no casamento.

    O ensino de Deus é muito claro. Talvez seja o escutar do homem que está confuso. Olhe o que Deus diz a este respeito:

    Vieram a ele alguns fariseus, e o experimentavam, perguntando: É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo?

    Então respondeu ele: Não tendes lido que o Criador desde o princípio os fez homem e mulher?, e disse que: Por esta causa deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne? Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.

    Replicaram-lhe: Por que mandou então Moisés dar carta de divórcio e repudiar?

    Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; entretanto, não foi assim desde o princípio. Eu, porém, vos digo: Quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra, comete adultério.

    Disseram-lhe os discípulos: Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar.

    Jesus, porém, lhes respondeu: Nem todos são aptos para receber este conceito, mas apenas aqueles a quem é dado. Porque há eunucos de nascença; há outros a quem os homens fizeram tais; e há outros que a si mesmos se fizeram eunucos, por causa do reino dos céus. Quem é apto para o admitir, admita.

    Trouxeram-lhe então algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos, e orasse; mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus. E, tendo-lhes imposto as mãos, retirou-se dali. (Mateus 19:3-15).

    Enquanto você luta com o dilema do divórcio, mantenha estas três verdades em mente:

    Deus dá valor às pessoas. Na base de todo ensino doutrinário ou teológico está Sua verdade sustentadora. E porque Ele nos dá valor, a lei de Deus existe, não para nosso prazer, mas para nossa proteção. Somos posse Dele. Pertencemos a Ele. Somos filhos Dele.

    Deus dá valor aos pactos. Deus é um Deus de pactos. Quando Deus afirma algo, Ele faz. Ele é honesto. Ele não volta atrás. Ele se compromete a isso. Deus sempre baseou Seu relacionamento com as pessoas em uma promessa. Ele vive de acordo com uma promessa, não segundo um sistema ou um livro de regras.

    Deus sabe que pactos quebrados quebram as pessoas. Se eu lhe disser que farei algo, e não o fizer, alguma coisa quebra dentro de você. Se eu falhar em cumprir uma promessa a minhas filhas, elas olharão para mim e dirão, “Mas papai, você prometeu.” Uma promessa é tudo que temos. Deus sabe que uma vez que tudo é construído em uma promessa, quando uma promessa é quebrada, corações são quebrados.

    Divórcio é guerra

    Se você já passou por um divórcio ou se já testemunhou um divórcio, você sabe como essas pessoas quebradas aparentam e se sentem. O divórcio nos faz falar e fazer coisas que teríamos pensado serem indizíveis e inaceitáveis. Divórcio é guerra. Uma guerra territorial. Uma guerra fria. Uma guerra verbal. Uma guerra física. Mas é uma guerra. E em toda guerra, há feridas e fatalidades. É uma tragédia.

    Você está em vista de divorciar-se? Por favor, repense seu plano. Dê ao casamento tudo que você tem. Tente o seu melhor. Se você já fez isso, dê a ele mais uma chance. Não ande apenas a segunda milha, mas a quinta e a décima e a centésima milha. Comece a ver o divórcio não apenas como uma opção, mas como a última coisa a se desfazer, o movimento final.

    Cuide do casamento. Lembre-se do plano original. Mantenha-o vivo. E nunca, nunca subestime a dor de um casamento quebrado.

    Lembre-se de que Deus odeia o divórcio (Malaquias 2:16). O divórcio não é o pecado acima dos pecados. É um pecado. É errado. Mas é perdoável.

    Você está feliz no casamento? Seja compassivo com aqueles que não estão. Se há alguém em sua igreja ou em seu círculo de amigos que tenha se divorciado, faça sua parte para tirar a vergonha.

    Você é divorciado? Então busque pela misericórdia cicatrizante de Deus. Arrependa-se e comece de novo. Você foi ferido na batalha, mas Deus pode tirar beleza dessa dor. Ele fez isso antes; Ele fará novamente. Talvez a dor que você experimentou o equipou a prestar assistência a outros em sofrimento.

    Qual é o resultado final do divórcio?

    O que Deus quer que façamos?

    Se você está casado, Deus quer que você continue casado. Quando você se casa, você faz um pacto perante Deus. E Ele quer que você honre esse pacto.

    Se você está separado, Deus quer que você faça todo o possível para reconciliar-se com seu companheiro.

    Compreensivelmente, talvez não seja possível. As circunstâncias podem estar além de sua capacidade para interceder. Entretanto, o nosso Deus é um Deus de reconciliação. O Deus que trouxe uma humanidade alienada a um relacionamento com o Pai Celestial tem o poder de reunir casais separados.

    Ele não só é o Deus que cria, Ele é o Deus que pode recriar e Ele quer recriar o seu casamento e a sua vida. Ele é um Deus que quer trabalhar dentro de sua casa e fazer o que você acha que é impossível.

    Se você é separado, em oposição à Escritura, reconcilie-se com seu companheiro. Se não for possível, então aceite a graça de Deus e vá adiante. Procure viver uma vida agradável a Deus deste ponto em diante.

    Deus é um Deus misericordioso. Deus pode perdoar raiva, fofoca, malícia. Ele é um Deus misericordioso. Ele é o Deus que teve misericórdia da mulher adúltera. Ele é um Deus que não só perdoou como incumbiu a mulher samaritana que esteve dentro e fora de cinco diferentes lares quebrados. Ele é um Deus de misericórdia? Sim!

    Quer você esteja lutando com um divórcio potencial, ou esteja suportando a dor do divórcio, Deus quer guiá-lo para fora dessa região escura.

    Pegue Sua mão e deixe a região escura do divórcio para o novo horizonte no topo da montanha.

    Guia de estudo

    1. Quais são algumas causas da “explosão” do divórcio na América?
    2. Por quais razões Deus permite o divórcio?
    3. Malaquias 2:16 diz que Deus odeia o divórcio. Que significado isso tem para as pessoas divorciadas? Como Ele se sente a respeito delas?

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

    Coração partido, fé remendada

    A névoa do coração partido. É uma névoa escura que dissimuladamente aprisiona a alma e aparta a fuga fácil. É a nuvem pesada que não honra hora nem respeita pessoa. Depressão, desencorajamento, desapontamento, dúvida… todos são companhias desta horrível presença.

    A névoa do coração partido desorienta nossa vida. Ela faz com que seja difícil ver a estrada. Ofusque suas luzes. Limpe o pára-brisa. Diminua a velocidade. Faça o que você quiser, nada ajuda. Quando esta névoa nos cerca, nossa visão é bloqueada e o dia de amanhã está longe para sempre. Quando esta escuridão nos cobre, as palavras mais profundas de ajuda e de esperança são frases vagas.

    Se você alguma vez foi traído por um amigo, você sabe o que eu quero dizer. Se você alguma vez foi largado por um cônjuge ou abandonado pelo pai ou pela mãe, você viu esta névoa. Se você alguma vez colocou uma pá com terra no caixão de uma pessoa amada ou manteve vigília ao lado de uma pessoa querida, você também reconhece esta nuvem.

    Se você já esteve nesta névoa, ou está agora, pode ter certeza de uma coisa – você não está só. Até os capitães dos mares mais salgados perderam seus rumos por causa do aparecimento desta nuvem indesejável. Como o humorista disse, “Se corações partidos fossem comerciais, todos nós estaríamos na TV.”

    Pense nos últimos dois ou três meses. Quantas pessoas com o coração partido você encontrou? Quantas almas feridas você atestou? Sobre quantas histórias de tragédia você leu?
    Minha própria reflexão é racional:

    A mulher que perdeu seu marido e filho em uma estranha destruição do carro.

    A encantadora mãe de três filhos que foi abandonada por seu marido.

    A criança que foi atingida e morta por um caminhão de lixo que passava quando ela descia do ônibus escolar. Sua mãe, que estava esperando por ela, assistiu à tragédia.

    Os pais que encontraram seu filho adolescente morto na mata atrás de sua casa. Ele se enforcou em uma árvore com seu próprio cinto.

    A lista continua mais e mais, não é? Tragédias nebulosas. Como elas cegam nossa visão e destroem nossos sonhos! Esqueça quaisquer expectativas grandiosas de alcançar o mundo. Esqueça quaisquer planos de mudar a sociedade. Esqueça quaisquer aspirações de mover montanhas. Esqueça tudo. Apenas me ajude a atravessar a noite!

    O sofrimento dos que estão com o coração partido.

    Vá comigo por um momento testemunhar o que talvez tenha sido a noite mais nebulosa na história. A cena é muito simples; você irá reconhecê-la rapidamente. Um bosque de oliveiras desfiguradas. O terreno com grandes pedras amontoadas desordenadamente. Uma cerca baixa de pedras. Uma noite muito escura.

    Agora, olhe para dentro da cena. Olhe minuciosamente através da folhagem escura. Vê aquela pessoa? Vê aquela figura solitária? O que Ele está fazendo? Derrubado no chão. O rosto manchado com sujeira e lágrimas. O punho socando a terra dura. Os olhos arregalados atônitos de medo. O cabelo emaranhado com suor salgado. Aquilo é sangue em Sua testa?

    É Jesus. Jesus no Jardim do Getsêmani.

    Talvez você tenha visto o retrato clássico de Cristo no jardim. Ajoelhado ao lado de uma pedra grande. Com uma toga branca como a neve. As mãos tranqüilamente dobradas em oração. Uma aparência de serenidade em Seu rosto. Uma auréola sobre Sua cabeça. Uma luz do céu iluminando Seu cabelo marrom dourado.

    Agora, não sou artista, mas posso dizer uma coisa para você. O homem que pintou este quadro não usou o evangelho de Marcos como padrão. Olhe o que Marcos escreveu sobre aquela noite dolorosa.

      Então foram para um lugar chamado Getsêmani, e Jesus disse aos seus discípulos: “Sentem-se aqui enquanto vou orar”. Levou consigo Pedro, Tiago e João, e começou a ficar aflito e angustiado. E lhes disse: “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem”. Indo um pouco mais adiante, prostrou-se e orava para que, se possível, fosse afastada dele aquela hora. E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível. Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres”. Então, voltou aos seus discípulos e os encontrou dormindo. “Simão”, ele disse a Pedro, “você está dormindo? Não pôde vigiar nem por uma hora? Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca”. Mais uma vez ele se afastou e orou, repetindo as mesmas palavras. Quando voltou, de novo os encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados. Eles não sabiam o que lhe dizer. Voltando pela terceira vez, ele lhes disse: “vocês ainda dormem e descansam? Basta! Chegou a hora! Eis que o Filho do homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores. Levantem-se e vamos! Aí vem aquele que me trai!” 1

    Olhe para aquelas frases. “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal”. “Indo um pouco mais adiante, prostrou-se e orava”.

    Isto parece uma cena de um Jesus santo descansando na palma de Deus? Dificilmente. Marcos usou um quadro preto para descrever a cena. Vemos um Jesus lutador, tenso e agonizante. Vemos “um homem de dores”. 2 Vemos um homem brigando com medo, lutando com compromissos, e ansiando por alívio.

    Vemos Jesus na névoa de um coração partido.

    O escritor de Hebreus escreveria mais tarde, “Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, Àquele que o podia salvar da morte”. 3

    Cara, que retrato! Jesus está sofrendo. Jesus está na fase do medo. Jesus está encoberto, não em santidade, mas em humanidade.

    Da próxima vez que a névoa o encontrar, você faz bem em lembrar de Jesus no jardim. Da próxima vez que você pensar que ninguém entende, releia o décimo quarto capítulo de Marcos. Da próxima vez que sua auto-piedade o convencer de que ninguém se importa, faça uma visita ao Getsêmani. E da próxima vez que você perguntar a si mesmo se Deus realmente compreende a dor que impera neste planeta poeirento, ouça-o suplicando entre as árvores desfiguradas.

    Aqui está o meu objetivo. Ver que este Deus se preocupa com nosso próprio sofrimento. Deus nunca foi mais humano do que nesta hora. Deus nunca esteve mais perto de nós do que quando Ele sofreu. A Encarnação nunca foi tão satisfeita como no jardim.

    Como resultado, o tempo gasto na névoa da dor poderia ser o maior presente de Deus. Poderia ser a hora em que nós finalmente veríamos nosso Criador. Se for verdade que no sofrimento Deus é mais como o homem, talvez em nosso sofrimento possamos ver Deus como nunca antes.

    Se você está à deriva na névoa do divórcio, lembre-se: este momento de sofrimento pode ser o mais perto que você alguma vez chegará de Deus. Olhe cuidadosamente. A mão que se estende para guiá-lo para fora da névoa poderia muito bem ser uma mão perfurada.

    1 Marcos 14:32-42
    2 Isaías 53:3
    3 Hebreus 5:7
    Itálico do Max

    Guia de estudo

    1. Pense em alguns corações partidos que você conheceu. Eles foram em direção da cura?
    2. Seu coração foi partido? Isso fez com que você se separasse de Deus? Se sim, o que o trouxe de volta a um relacionamento com Ele?
    3. Leia Isaías 53:3. A quem o texto se refere? Você pode relatar sobre o seu coração partido?

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

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