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Devocionais

Deixe-o transformar sua mente

“Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas.” Colossenses 3:2

Deus… transforma o homem transformando a mente. E como isso acontece? Considerando a glória de Cristo…

Olhar para ele é tornar-se como ele. Quando Cristo governa seus pensamentos, ele transforma você de um nível de glória a outro até – aguarde! – você estar pronto para morar com ele.

O céu é a terra de mentes sem pecado… Verdade absoluta. Sem medo ou raiva. Vergonha e suposição são práticas de uma vida anterior. O céu será maravilhoso, não porque as ruas são de ouro, mas porque nossos pensamentos serão puros.

Então, o que você está esperando? Dê a ele seus melhores pensamentos, e veja se ele não transforma sua mente.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Devocional: Uma bênção diária

“Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior” Efésios 3:16.

Há uma cena repetida no Brasil milhares de vezes ao dia.

É de manhã, bem cedo. Hora de Marcos ir à escola. O menino apanha os livros, encaminha-se à porta, e então pára junto à cadeira do pai. Examina o seu rosto e pede: “Bênção, pai”.

O pai levanta a mão: “Deus te abençoe, meu filho”, assegura ele.

Pai e filho separam-se para o dia; uma bênção requisitada, uma bênção prontamente dada.

Devemos fazer o mesmo. Como a criança almejando o favor do pai, cada um de nós precisa de um lembrete diário do amor de nosso Pai celeste.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Quando minha dor encontra a Palavra de Deus (2)

Leia antes: Quando minha dor encontra a Palavra de Deus (1)

Quando minha filha mais velha tinha por volta de seis anos, ela e eu estávamos discutindo sobre meu trabalho. Parece que ela não estava muito feliz com a profissão que escolhi. Ela queria que eu deixasse o ministério. “Eu gosto de você como pastor”, ela explicou. “Eu só queria realmente que você vendesse raspadinhas.”

Um pedido honesto de um coração puro. Fazia sentido para ela que as pessoas mais felizes no mundo fossem os homens que dirigissem caminhões de raspadinhas. Você toca música. Você vende doces. Você faz as crianças felizes. O que mais você quer? (Pense sobre isso. Ela talvez tenha razão. Eu poderia fazer um empréstimo, comprar um caminhão, e… Não, eu comeria demais).

Eu ouvi o pedido dela, mas não fiz caso dele. Por quê? Porque eu sabia mais. Eu sei pra que sou chamado para fazer e preciso fazer. O fato é que eu sei mais sobre a vida do que ela sabe.

E o ponto é Deus sabe mais sobre a vida do que nós sabemos.

O povo queria que Ele redimisse Israel, mas Ele sabia mais. Ele preferiu que Seu povo fosse temporariamente oprimido a eternamente perdido. Quando foi forçado e escolher entre lutar contra Pilatos ou contra Satanás, Ele escolheu a batalha que nós não podíamos ganhar. Ele disse não para o que nós queríamos e sim para o que nós precisávamos. Ele disse não para um Israel livre e sim para uma humanidade livre.

E mais uma vez, não estamos alegres com o que Ele fez? E não estamos alegres com o que Ele faz? Agora seja honesto. Estamos alegres por Ele dizer não para o que queremos e sim para o que precisamos? Nem sempre. Se pedirmos um novo casamento, e Ele disser para honrarmos o atual, não ficamos felizes. Se pedirmos cura, e Ele disser para aprendermos através da dor, não ficamos felizes. Se pedirmos dinheiro, e Ele disser para darmos valor para o invisível, nem sempre ficamos felizes.

Quando Deus não faz o que queremos, não é fácil. Nunca foi. Nunca será. Mas a fé é a convicção de que Deus sabe mais do que nós sobre esta vida e Ele nos conduzirá através dela.

Lembre-se, o desapontamento é curado por expectativas restauradas.

Eu gosto da história sobre o rapaz que foi à loja de animais de estimação procurando por um periquito que cantasse. Parece que ele era solteiro e sua casa era muito quieta. O dono da loja tinha o pássaro certo para ele, então o homem o comprou.

No dia seguinte o solteiro voltou para uma casa cheia de música. Ele foi à gaiola para alimentar o pássaro e percebeu pela primeira vez que o periquito tinha apenas uma perna.

Ele se sentiu enganado por terem vendido um pássaro que só tinha uma perna, então ele ligou e reclamou.

“O que você quer,” o dono da loja replicou, “um pássaro que pode cantar ou um pássaro que pode dançar?”

Boa pergunta para tempos de desapontamento. O que nós queremos? Foi o que Jesus perguntou aos discípulos. O que vocês querem? Vocês querem liberdade temporária – ou liberdade eterna? Jesus tinha a missão de reestruturar suas expectativas.

Você sabe o que Ele fez? Ele contou a história a eles. Não apenas qualquer história. Ele lhes contou a história de Deus e do plano de Deus para as pessoas. E, começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras (Lucas 24:27).

Fascinante. A cura de Jesus para o coração partido é a história de Deus. Ele começou com Moisés e terminou com Ele mesmo. Por que ele fez isso? Por que Ele recontou o conto antigo? Por que Ele voltou dois mil anos para a história de Moisés? Acho que sei o motivo. Eu sei por que o que eles ouviram é o que todos nós precisamos ouvir quando estamos desapontados.

Nós precisamos ouvir que Deus ainda está no controle. Nós precisamos ouvir que não está acabado até Ele dizer isso. Nós precisamos ouvir que as tragédias e os contratempos da vida não são motivos para teimarmos.

Corrie Ten Boom costumava dizer, “Quando o trem atravessa um túnel escuro e o mundo fica escuro, você pula para fora? Claro que não. Você senta e confia que o maquinista o atravesse.”

Por que Jesus contou a história? Para sabermos que o maquinista ainda controla o trem.

A maneira de lidar com o desânimo? A cura para o desapontamento? Volte à história. Leia-a de novo e de novo. Lembre-se que você não é a primeira pessoa a chorar. E você não é a primeira pessoa a ser ajudada.

Leia a história e lembre-se, a história deles é a sua história!

O desafio é muito grande? Leia a história. É você atravessando o Mar Vermelho com Moisés.

Muitas preocupações? Leia a história. É você recebendo comida do céu com os israelitas.

Suas feridas são muito profundas? Leia a história. É você, José, perdoando seus irmãos por traí-lo.

Seus inimigos são muito poderosos? Leia a história. É você marchando com Josafá para uma batalha que já está ganha.

Seus desapontamentos são muito pesados? Leia a história dos discípulos a caminho de Emaús. O Salvador que eles pensavam que estivesse morto agora andava ao lado deles. Ele entrou em sua casa e sentou-se à sua mesa. E algo aconteceu em seus corações. Porventura não nos ardia o coração, quando ele pelo caminho nos falava, quando nos expunha as Escrituras? (vs. 32).

Da próxima vez que você estiver desapontado, não entre em pânico. Não abandone a situação. Não desista. Apenas seja paciente. Volte à Palavra e deixe Deus lembrá-lo que Ele ainda está no controle.

Leia a história!

Para mais estudos

Para mais estudos, eu sugiro que você leia:

How to Read the Bible for All Its Worth, por Gordon D. Fee e Douglas Stuart, (Zondervan Publishers, 1982).

Protestant Biblical Interpretation, por Bernard Ramm, (Baker Book House, 1970).

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Parábolas inestmáveis: A parábola do rio

Leia antes:

Parábolas inestimáveis: Introdução

O justo viverá da fé

Romanos 1:17

Havia quatro filhos que moravam em um castelo com seu pai. O mais velho era obediente, mas os três mais novos eram negligentes. O pai os advertiu quanto ao rio, mas eles não deram atenção. Ele disse para que ficassem fora de suas águas turbulentas, mas eles não obedeceram. Ele implorou para que eles ficassem longe para não serem levados rio abaixo, mas a tentação era muito forte.

A cada dia eles se aventuravam mais e mais perto do rio até que um deles ousou alcançá-lo e sentir a água. “Segure minha mão para eu não cair”, e os irmãos seguraram, mas quando ele encostou na água, a corrente atirou ele e os outros dois na correnteza e os levou rio abaixo.

Eles rolaram sobre pedras, eles gritaram através dos canais, eles foram levados pelas ondas. Seus gritos por socorro se perderam no barulho do rio. Eles lutaram para ter equilíbrio mas eram impotentes diante da correnteza. Depois de horas de resistência, eles perderam a esperança de escaparem e renderam-se a serem levados a qualquer lugar que o rio conduzisse. Finalmente a água os deixou em uma terra estranha, em um país distante, em um lugar ermo.

Pessoas selvagens habitavam na terra. Lá não era seguro como suas casas.

Ventos gelados esfriavam a terra. Lá não era quente como suas casas.

Montanhas rudes demarcavam a terra. Lá não era convidativo como suas casas. Apesar de eles não saberem onde estavam, de um fato eles tinham certeza: eles não foram feitos para este lugar.

Por um longo tempo os filhos ficaram deitados à margem do rio, atônitos com suas caídas, sem saberem para onde virar. Depois de algum tempo, eles reuniram forças e entraram novamente nas águas, esperando andar rio acima. A correnteza era muito forte. Eles se aventuraram a andar na beira do rio; o terreno era muito íngreme. Eles pensaram em escalar as montanhas, mas os picos eram muito altos. Além disso, eles não sabiam o caminho.

Finalmente, eles fizeram uma fogueira e sentaram. “Cometemos um erro”, eles admitiram, “e estamos muito longe de casa”, disseram.

Com o passar do tempo, os filhos aprenderam a sobreviver na terra estranha. Encontraram nozes para terem comida e mataram animais para terem peles. Eles decidiram não se esquecerem de sua pátria nem de abandonarem a esperança do retorno. Todos os dias eles definiam as tarefas para encontrar comida e construir abrigo. Todas as noites eles faziam uma fogueira e contavam histórias de seu pai e de seu irmão mais velho e almejavam vê-los novamente.

Então, certa noite, um dos irmãos não foi à fogueira. Seus irmãos o encontraram na manhã seguinte nas montanhas com os selvagens. Ele estava construindo uma cabana de grama e barro. “Fiquei cansado de nossas conversas”, ele disse. “Que bem faz relembrar? Além disso, esta terra não é tão má. Vou construir uma grande casa e vou estabelecer-me aqui”.

“Mas aqui não é nossa casa”, eles replicaram.

“Não, mas ela é se você não pensar na nossa verdadeira casa”.

“Mas e quanto ao Pai?”

“O que quanto a ele? Ele não está aqui. Ele não está perto. Eu vou ficar eternamente esperando sua chegada? Estou fazendo novos amigos, estou aprendendo novos caminhos. Se ele vier, ele vem, mas não estou prendendo minha respiração”.

E então os dois irmãos deixaram o irmão construtor de cabana e foram embora. Eles continuavam encontrando-se ao redor da fogueira para falar de casa e sonhar com o retorno.

Mas certa noite, um irmão não foi à reunião. Na manhã seguinte seu irmão encontrou o irmão desaparecido próximo ao rio empilhando pedras na água.

“É inútil”, ele explicou enquanto trabalhava. “O pai não virá. Eu preciso ir até ele. Eu o ofendi. Eu o insultei. Eu o desapontei. Fui eu que toquei primeiro na água. Fui eu que causei sua queda e a queda do nosso irmão. Há apenas uma opção. Vou construir um caminho através do rio e ir até a presença de nosso pai. Vou empilhar pedra por pedra até conseguir viajar rio acima até o lugar onde caímos. Quando ele vir o quão duro eu trabalhei e quão diligente eu tenho sido, ele não terá escolha mas abrir a porta e me deixar entrar em sua casa”.

O último irmão não sabia o que dizer.

Sozinho, ele voltou para a fogueira.

Certa noite, quando o irmão remanescente sentou-se perto da fogueira, ele ouviu uma voz familiar falar saindo das sombras.

“O pai me enviou para trazê-lo para casa”.

Ele levantou sua cabeça para ver os olhos de seu irmão mais velho. Por um longo tempo os dois se abraçaram.

“E seus irmãos?”, o mais velho finalmente perguntou.

“Um deles fez uma casa aqui. O outro está construindo um caminho para nosso pai”.

E então o primogênito partiu para encontrar seus irmãos. Ele encontrou um deles em uma cabana de palha em uma ladeira.

“Vá embora, forasteiro!”, o irmão gritou através da janela. “Você não é bem-vindo aqui!”

“Eu vim para levá-lo para casa”.

“Não veio. Você veio para pegar minha mansão”.

“Isto não é nenhuma mansão”, o filho mais velho contrariou. “Isto é uma cabana”.

“Isto é uma mansão! A melhor da planície. Eu a construí com minhas próprias mãos. Agora, vá embora, você não pode ficar com minha mansão”.

“Você não se lembra da casa de seu pai?”

“Eu não tenho pai”.

“Você nasceu em um castelo em uma terra distante onde o ar é quente e as frutas são abundantes. Você desobedeceu seu pai e acabou nesta terra estranha. Eu vim para levá-lo para casa”.

O irmão olhou através da janela para o Primogênito como se estivesse vendo um rosto que ele viu em um sonho. Mas a pausa foi breve, repentinamente os selvagens que estavam dentro da casa também foram para a janela.

“Vá embora, intruso!” eles ordenaram. “Esta não é sua casa”.

“Vocês estão certos,” respondeu o primogênito. “E nem é dele”.

Os olhos dos dois irmãos encontraram-se novamente e mais uma vez o irmão sentiu um aperto em seu coração, mas os selvagens tinham ganhado sua confiança. “Ele só quer sua mansão,” eles gritavam. “Mande-o embora!”

E assim ele fez.

O primogênito procurou o outro irmão. Ele o encontrou ajoelhado no rio, empilhando pedras. Ele lutava para manter seu equilíbrio contra a corrente.

“O pai me enviou para levá-lo para casa”.

O irmão não olhava para cima. “Não posso falar agora, meu amigo. Tenho que trabalhar”.

“O pai sabe que vocês caíram. Mas ele irá perdoá-los…”

“Pode ser”, o irmão interrompeu, “mas primeiro preciso chegar ao castelo. Preciso construir um caminho rio acima. Então pedirei sua misericórdia”.

“Ele já deu sua misericórdia. Eu o levarei rio acima. O rio é muito comprido. A água é muito rápida para suas pernas. A tarefa é muito grande para suas mãos. Ele me enviou. Eu sou mais forte”.

Pela primeira vez o irmão olhou para cima. “Como você ousa falar com tanta irreverência! O meu pai não irá simplesmente perdoar. Eu pequei. Eu pequei demasiadamente! Ele me disse para evitar o rio e eu desobedeci. Não só isso, eu puxei meus irmãos para a água comigo. Eu sou um grande pecador. Eu preciso de muito trabalho”.

“Não, meu irmão, você não precisa de muito trabalho. Você precisa de muita graça. A distância entre você e a casa de nosso pai é muito grande. Você não tem força nem pedras suficientes para construir o caminho. Este é o motivo do Pai ter me enviado. Eu o levarei para casa”.

“Você está dizendo que eu não consigo fazer isso? Você está dizendo que eu não sou forte o bastante? Olhe para o meu trabalho. Olhe para as minhas pedras. Até agora eu já viajei cinco passos!”

“Mas ainda faltam milhões para chegar!”

O irmão mais novo olhou para o Primogênito com raiva: “Eu sei quem você é. Você é a voz do mal. Você está tentando me seduzir para parar o meu trabalho santo. Afaste-se de mim, sua serpente!” Com a pedra que estava pronta para ser colocada no rio, ele atacou o Primogênito.

“Herege!” gritou o construtor do caminho. “Saia desta terra. Você não pode me deter! Eu construirei este caminho e ficarei diante de meu pai e ele terá que me perdoar. Eu ganharei seu favor. Eu merecerei sua misericórdia”.

O Primogênito balançou sua cabeça. “Favor ganho não é favor. Misericórdia merecida não é misericórdia. Você trata seu pai como uma prostituta tentando comprar seu amor”.

Desta vez a pedra acertou a mira. “Saia de perto de mim, forasteiro”, o irmão gritou.

O Primogênito tirou o sangue de sua testa. “Eu suplico, deixe-me levá-lo rio acima”.

A resposta foi outra pedra. Então o Primogênito virou e saiu.

O irmão mais novo estava esperando quando o Primogênito voltou.

“Os outros dois não vieram?”

“Não, um deles escolheu o prazer e o outro escolheu a culpa. Nenhum deles escolheu o pai”.

“Então eles vão ficar?”

O irmão mais velho abaixou a cabeça lentamente. “Pelo menos por enquanto”.

“E nós vamos voltar para o nosso pai?” perguntou o irmão.

“Sim”.

“Ele irá me perdoar?”

“Ele teria me enviado se no fosse perdoá-lo?”

E então o irmão mais novo subiu nas costas do Primogênito e começou a jornada para casa.

Leia também:

A parábola do carrinho de limpeza

A parábola do cartaz sanduíche

A parábola do dono da água

A parábola das pedras

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

O bordão em mãos erradas não tem utilidade

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E Geazi… pôs o bordão sobre o rosto do menino; porém não havia nele voz nem sentido… E, chegando Eliseu àquela casa, eis que o menino jazia morto sobre a sua cama. Então entrou ele, e fechou a porta sobre eles ambos, e orou ao Senhor. E subiu à cama e deitou-se sobre o menino, e, pondo a sua boca sobre a boca dele, e os seus olhos sobre os olhos dele, e as suas mãos sobre as mãos dele, se estendeu sobre ele; e a carne do menino aqueceu… então o menino espirrou sete vezes, e abriu os olhos (2 Reis 4:31-35).

Estude cuidadosamente em sua Bíblia todos os casos de crianças que foram ressuscitadas. Isso lhe será de grande proveito. Veja o caso do filho da sunamita.

Geazi, o servo de Eliseu, colocou as mãos à obra. Eliseu lhe disse: “Põe o meu bordão sobre o rosto do menino” (v. 29). No entanto, Geazi não tinha o espírito para isso. Ele era um homem egoísta e ambicioso. Podemos até imaginar seu orgulho quando ele andou com o bordão do profeta, o profeta que havia dividido as águas do Jordão. O bordão estava em sua posse agora. Possivelmente imaginava que grandes maravilhas iriam acontecer quando o colocasse sobre o rosto do menino! Mas não houve qualquer sinal.

É possível tomar a Palavra de Deus, a qual é poderosa para dar vida, e usá-la sem obter qualquer efeito, de modo que não haja nem voz nem sentido algum? Isto é perfeitamente possível. O bordão só será útil se você estiver em contato com Aquele que é a vida e o poder. Que você não seja impotente como Geazi.

Eliseu era totalmente diferente. Ele se deitou sobre a criança, e orou com fervor a Deus. Cada movimento denotava a intensidade de seu exercício, o ardor como qual ele buscava a restauração da vida do menino, e sua dependência de Deus.

Essa passagem foi registrada para nosso ensino. Que o Espírito Santo nos ensine esta lição!

Deus criou todas as coisas

“Pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele.” Colossenses 1:16 (NVI)

Que lista fenomenal! Céus e terra. Visível e invisível. Tronos, soberanias, poderes e autoridades. Nenhuma coisa, lugar, ou pessoa omitida. A escala das menores criaturas do planeta. Os pêlos escondidos do elefante. O furacão que destrói a costa, a chuva que nutre o deserto, o primeiro batimento cardíaco do bebê, a respiração final da pessoa idosa – tudo pode ser rastreado até a mão de Cristo, o primogênito da criação.

Primogênito no linguajar de Paulo não tem nada a ver com a ordem de nascimento. Primogênito refere-se a ordem de classificação. Como uma tradução afirma: “Ele o classifica mais elevado do que tudo o que foi feito” (v.15 NCV). Tudo? Encontre uma exceção. A sogra de Pedro tem uma febre: Jesus a cura. Um imposto deve ser pago; Jesus paga enviando uma primeira medalha e, depois, um peixe preso pela boca no anzol de um pescador.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Deus entrou no tempo

“Celebrarão os feitos do Senhor, pois grande é a glória do Senhor!” Salmos 138:5

Quando Deus entrou no tempo e tornou-se um homem, ele que era infinito tornou-se finito… Por mais de três décadas, seu alcance que era ilimitado foi limitado à distância de um braço, sua velocidade reduzida ao passo de um pé humano.

Eu me pergunto, ele nunca ficou tentado a reivindicar sua infinidade?… Quando a chuva esfriava seus ossos, ele ficava tentado a mudar o tempo? Quando o calor ressecava seus lábios, ele cogitava ir ao Caribe para refrescar-se?

Se ele alguma vez considerou tais pensamentos, nunca cedeu a eles… Nenhuma vez Cristo usou seus poderes sobrenaturais para seu conforto pessoal. Com uma palavra ele poderia ter transformado a terra dura em uma cama macia, mas ele não o fez. Com um movimento de sua mão, ele poderia ter retornado o cuspe de seus acusadores em seus rostos, mas ele não o fez. Com um arcar de sua sobrancelha, ele poderia ter paralizado a mão do soldado quando ele trançou a coroa de espinhos. Mas ele não o fez.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Parábolas inestimáveis: A parábola do dono da água

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Parábolas inestimáveis: Introdução

Leia também:
A parábola do carrinho de limpeza
A parábola do cartaz sanduíche

Eu sou a voz do que clama no deserto: “Endireitai o caminho do Senhor” João 1:23.

Há alguns anos atrás, havia uma vila no deserto. A água era escassa e as pessoas valorizavam muito o pouco que tinham. Raramente chovia, mas quando chovia, as pessoas apressavam-se para capturá-la em baldes e potes. Cada pingo era um tesouro. Cada xícara era preciosa.

Por essa razão, o descobrimento da caverna era uma notícia emocionante.

Um dia, um fazendeiro estava cavando buracos para colocar uma cerca. A uma pequena distância abaixo da superfície, ele encontrou uma caverna – não era grande, mas estava cheia de água.

Ele imediatamente desceu um balde, puxou para fora e provou, para seu deleite, água doce e fresca. Ele estava tão emocionado que encheu todos os seus baldes, colocou-os na parte de trás de sua caminhonete e correu para a vila.

“Eu tenho água! Eu tenho água!” ele gritava. As pessoas da vila saíram correndo de suas casas. Quando as pessoas se reuniram, o fazendeiro explicou como ele tinha descoberto o tesouro. Ele anunciou com alegria que tinha o suficiente para todos. “Bebam o quanto quiserem”, ele ofereceu. E então, para a admiração de todos, ele pegou um balde e encharcou um menininho.

“Há em abundância!” ele proclamou. “Aproveitem”. E com isso as pessoas começaram a rir e jogar água umas nas outras. Pela primeira vez pelo que alguém pudesse lembrar, havia água suficiente para todos.

Depois da celebração, o fazendeiro anunciou seu plano. “Eu trarei água todas as manhãs para que cada um de vocês possa ter o que precisar”.

E isso foi exatamente o que ele fez. O fazendeiro tornou-se o dono da água. Todas as manhãs ele carregava sua caminhonete com os baldes, dirigia até a cidade e dava água para as pessoas. Era um novo dia. A água era de graça. O fazendeiro estava entusiasmado, e as pessoas da vila estavam agradecidas.

Até uma noite quando o fazendeiro teve um sonho.

No sonho ele viu as pessoas pegando a água e não sendo agradecidas. Elas entravam na caminhonete, pegavam um balde e iam embora sem uma palavra de apreciação.

Quando ele acordou, estava preocupado. Enquanto dirigia para a cidade, ele resolveu dar água apenas para quem fosse agradecido.

Antes de permitir que as pessoas pegassem seus baldes, ele anunciou, “De agora em diante não darei água para os que não forem gratos”. As pessoas ficaram surpresas. Cada pessoa o agradeceu quando ele ou ela recebeu a água.

Tudo estava bem até o fazendeiro ter um outro sonho. Neste sonho, algumas pessoas que estavam bebendo a água eram cruéis com seus vizinhos e cruéis com seus animais. Na manhã seguinte ele estava chateado de novo. Ele decidiu dar água apenas para quem merecesse.

“Se vocês forem cruéis com seus animais ou com seus vizinhos, vocês não receberão água”, ele decretou.

As pessoas olharam umas para as outras e ficaram em silêncio. Elas sabiam quem eram as más pessoas entre eles. Quando o dono da água viu os olhares de desconfiança, teve uma idéia.

“Cada um de vocês vem e diz para mim quem não merece, então eu saberei quem é mesquinho e cruel”.

Então eles vieram um a um com seus nomes e ele fez uma lista. A lista ficava cada vez maior. Finalmente, depois que cada morador da vila falou, o fazendeiro leu os nomes. Ele estava chocado. Cada pessoa da cidade estava na lista, exceto uma.

O fazendeiro.

Então ele ficou em pé na caminhonete e anunciou que, como eram poucos os que eram gratos e ninguém era merecedor, ele não traria mais água à vila. Ele virou sua caminhonete com a água e foi para casa.

* * *

“Amai, porém a vossos inimigos, fazei bem e emprestai … e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus” (Lucas 6:35).

“Seja rápido para compartilhar a água da graça com seus inimigos – como um presente para eles, assim como foi um presente para você”.

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

Desvenda meus olhos

“Desvenda os meus olhos, para que veja as maravilhas da tua lei” (Salmo 119:18).

Sempre deveríamos orar assim quando abríssemos a Palavra de Deus. À “Lei” e aos “profetas” que formam o Antigo Testamento foram acrescentados os evangelhos e as epístolas do Novo Testamento, completando dessa maneira as maravilhas da revelação divina. Contudo, tais maravilhas seriam desconhecidas se o próprio Deus não abrisse os nossos olhos.

“Desvenda meus olhos.” A inteligência humana pode ver na Bíblia um livro notável. Todo espírito sincero reconhece o grande interesse dos livros históricos, os elevados pensamentos das partes poéticas e morais, e a beleza sublime das histórias da vida de Jesus e o poder de argumentação do apóstolo Paulo. Mas se conformar com isso não seria útil. Os olhos abertos são os olhos da fé, que descobrem as maravilhas divinas.

A Bíblia não é somente um documento sobre o homem, um espelho da humanidade mais expressivo que qualquer outra obra literária, mas é a expressão do Deus vivo, que Se manifesta. A criação é prova disso. Ela nos comunica Seus pensamentos acerca do homem, criatura privilegiada que se perdeu, afastando-se de Deus. Fala sobre o intenso desejo divino de Se relacionar conosco, desejo que O levou a enviar Seu próprio Filho, Jesus Cristo, para nos salvar, morrendo na cruz. Pela Bíblia, Deus nos revela coisas sobre Si mesmo que a criação não pode nos dar a conhecer. Querido leitor, como estão os seus olhos: abertos ou fechados à revelação divina?

Quando minha dor encontra a Palavra de Deus (1)

Leia a história.

Quando a vida fechar-se, leia a história. Quando alguém em quem você confia retribui com desonestidade.

Quando as marcas de ontem bloqueiam os vôos de hoje.

Quando você tiver sido chutado do topo da montanha e escalar de novo parecer inútil.

Você é colocado frente a frente com uma decisão. O que você faz com sua desilusão? O que você faz com seu coração partido? Nós não estamos falando sobre inconveniências ou irritações. Nós não estamos discutindo sobre filas compridas ou faróis vermelhos ou um jogo ruim de tênis. Estamos falando sobre coração partido. O que você faz com esse coração partido?

Leia a história. Isso é o que Jesus fez quando Ele encontrou dois seguidores desiludidos na estrada de Jerusalém para Emaús, alguns dias depois de Sua morte.

O mundo deles tinha desmoronado, assim como o seu. É óbvio pelo jeito que eles andam. Os pés deles estão arrastados, as cabeças deles estão caídas, os ombros deles estão encurvados. As sete milhas de Jerusalém para Emaús devem parecer setenta.

Enquanto eles andam, eles conversam sobre “todas as coisas sucedidas” (Lucas 24:14). Não é difícil imaginar suas palavras.

“Por que as pessoas se voltaram contra Ele?”

“Ele poderia ter descido da cruz. Por que Ele não desceu?”

“Ele deixou Pilatos intimidá-lo.”

“O que a gente faz agora?”

Enquanto eles andam, aparece um estranho atrás deles. É Jesus, mas eles não O reconhecem. O desapontamento fará isso com você. Ele irá cegá-lo para a presença extraordinária de Deus. O desânimo vira seus olhos para dentro. Deus poderia estar andando ao nosso lado, mas a angústia encobre nossa visão.

A angústia faz algo mais. Não só encobre nossa visão, ela endurece nossos corações. Ficamos cínicos. Ficamos irritados. E quando chega a boa notícia, não queremos aceitá-la pelo medo de ficarmos desapontados novamente. Isso é o que aconteceu com aquelas duas pessoas.

Mais tarde eles dizem estas palavras:

É verdade também que algumas mulheres, das que conosco estavam, nos surpreenderam, tendo ido de madrugada ao túmulo; e, não achando o corpo de Jesus, voltaram dizendo terem tido uma visão de anjos, os quais afirmam que ele vive. De fato alguns dos nossos foram ao sepulcro e verificaram a exatidão do que disseram as mulheres; mas a ele, não o viram.

Quando lemos as Escrituras, nem sempre podemos dizer em que tom as palavras foram ditas. Às vezes não sabemos se a pessoa que fala está jubiloso ou triste ou tranqüilo. Desta vez, entretanto, não há dúvida sobre o que eles estão pensando: Se não fosse ruim o suficiente Jesus ter sido morto, agora algum ladrão de sepultura pegou o corpo e enganou alguns dos nossos amigos.

Estes dois seguidores não estão a ponto de acreditar nas mulheres. Enganar-me uma vez, é vergonha para você. Enganar-me duas vezes, é vergonha para mim. Cléopas e seu amigo estão colocando seus corações em uma concha. Eles não enfrentarão outro risco. Eles não serão machucados novamente.

Reação comum – não é? Ser machucado por amor? Então não ame. Teve uma promessa quebrada? Então não confie. Teve seu coração partido? Então não o entregue. Faça como o P. T. Barnum. Decida o placar culpando o mundo e endurecendo seu coração.

Há uma linha, uma linha tênue, a qual uma vez cruzada pode ser fatal. É a linha entre o desapontamento e a raiva. Entre mágoa e ódio, entre amargura e culpa. Se você está aproximando-se dela, deixe-me avisá-lo, não a cruze. Dê um passo para trás e faça esta pergunta: Por quanto tempo darei atenção à minha mágoa?

Em algum ponto você deve seguir adiante. Em algum ponto você deve curar. Em algum ponto você deve deixar Jesus fazer por você o que Ele fez por aqueles homens.

Sabe o que Ele fez? Primeiro, Ele foi até eles. Sei que já mencionamos isso, mas vale a pena repetir. Ele não sentou e cruzou Seus braços e disse, “Por que esses dois não conseguem seguir com o programa?” Ele não reclamou para o anjo e disse, “Por que eles não crêem no túmulo vazio? Por que eles são tão difíceis de agradar?”

O que Ele fez? Ele os encontrou em seus pontos de dor. Apesar da morte ter sido destruída e o pecado anulado, Ele não se aposentou. O Senhor ressurreto mais uma vez embrulhou-Se em carne humana, colocou roupas humanas, e descobriu corações partidos.

Leia cuidadosamente suas palavras e veja se você consegue descobrir a mágoa deles: “Ele lhes perguntou: Quais? E explicaram: O que aconteceu a Jesus, o nazareno, que era varão profeta, poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo, e como os principais sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte, e o crucificaram. Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de remir a Israel (Lucas 24:19-21).

Aí está. “Ora, nós esperávamos…” Os discípulos esperavam que Jesus libertasse Israel. Eles esperavam que Ele chutasse os romanos para fora. Eles esperavam que Pilatos estivesse fora e Jesus estivesse dentro. Mas Pilatos ainda estava dentro, e Jesus estava morto.

Expectativas não realizadas. Deus não fez o que eles queriam que Ele fizesse.

Eles sabiam o que eles esperavam de Jesus. Eles sabiam o que era esperado que Ele fizesse. Eles não tinham que perguntar a Ele. Se Jesus é o Messias, Ele não dormirá na minha tempestade. Ele não desafiará a tradição. Ele fará o que é esperado que Ele faça.

Mas não foi o que ele fez. E nós não estamos alegres? Não estamos alegres por não ter sido respondida a oração de Cléopas e de seu amigo? Não estamos alegres por Deus não ter ajustado Seus planos para realizar os pedidos daqueles dois discípulos?

Eles eram bons discípulos. Com corações bons. E corações sinceros. Eles só tinham as expectativas erradas.

Continua »

Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

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