Quanto você vale? É isso mesmo, se você fosse avaliado, que preço receberia? Não sei qual foi a sua resposta, mas a minha seria “Depende”.
Olhando para as minhas reações quando sou provocada, para os meus pensamentos quando reclino a cabeça no travesseiro, para a maneira como gasto meu dinheiro e para o tipo de cristianismo que tenho levado, posso dizer que valho uma mixaria. Valho o quanto você pagaria por um pensamento pecaminoso. O preço de uma inveja ou quem sabe de uma vida espiritual fracassada. Todos nós já expusemos um dia esses produtos na vitrine das nossas vidas. Tenho tentado escondê-los, mas não consigo. E além dos produtos da vitrine, ainda tem os do estoque, aquele pecado guardado lá no fundinho do qual não consigo me livrar.
“O teste da observância dos ensinos de Cristo é a consciência do nosso fracasso em atingir a perfeição ideal. O quanto nos aproximamos dessa perfeição não é mensurável, tudo que podemos ver é o tamanho do nosso desvio” (Tolstoi, Em “Alma Sobrevivente” de Philip Yancey).
Porém, estou certo que alguém um dia quis comprar meus pecados, tanto os da vitrine quanto os do estoque. Ele pagou com todas as suas economias. Investiu sua própria vida em mim, correndo o risco de perder tudo porque eu poderia, de uma hora para outra, decidir não vender mais minha loja.
A minha e a sua vida para Deus valeu uma fortuna. Uma vida pecadora que vale a vida de um Deus Santo, você consegue imaginar isso? E se Ele nos avaliou assim, quem somos nós para nos desvalorizarmos? Deus se deu nesse empreendimento. Cabe a nós fazermos render Seu investimento, para compensar cada gota de sangue derramada por Ele na cruz, mesmo sabendo que nossa dívida com Ele é impagável (e que bom que Ele não nos cobra!). Nem nosso pecado nos pode separar do amor de Deus porque “Onde abundou o pecado (isto é, em mim e em você) superabundou a graça” (Rm 5:20). Quem poderá nos acusar? É Deus quem nos justifica! E se Ele resolveu tornar justo alguém tão injusto como eu, através da minha fé, é porque me ama com um amor que não entendo, mas que não quero decepcionar nunca!
“Pois eu tenho certeza de que nada pode nos separar do amor de Deus, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem outras autoridades ou poderes celestiais, nem o presente, nem o futuro, nem o mundo lá de cima, nem o mundo lá de baixo. Em todo o universo não há nada que possa nos separar do amor de Deus, que é nosso por meio de Cristo Jesus, o nosso Senhor” (Rm 8:38,39 – BLH).
