A falta de um espinho na carne

As visões e revelações que Paulo teve, foram, segundo ele mesmo, excelentes. Mas havia dois problemas. Primeiro, ele ouviu palavras que ao homem não é lícito falar. E também não sabia se tinha sido arrebatado no corpo ou fora dele. Segundo, por causa de sua auto-exaltação, sua altivez, foi-lhe dado um espinho na carne. (talvez uma enfermidade, não sei).

Paulo estava inchado. O apóstolo demorou quatorze anos para contar a visão que Deus lhe havia dado. A prudência fez de Paulo um grande homem de Deus. Há líderes cristãos tendo visão após visão, revelação após revelação. Suas visões justificam tudo; Desde a construção de um mega templo, a campanhas intermináveis. As visões e revelações são particulares, e dizem respeito somente à sua própria denominação.

Estão todos inchados. Precisamos de um novo espinho na carne. Mas o espinho na carne só Deus pode colocar e só Ele pode tirar. O espinho na carne esvaziou a soberba de Paulo; Tanto que ele disse: “Eu, de muito boa vontade, gastarei e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando cada vez mais , seja menos amado.” (2Co 12,15)

O espinho na carne é um remédio dolorido, mas eficaz; as seqüelas ficam no corpo, mas não na alma. Talvez tenha sido o mesmo remédio que Deus usou em Nabucodonozor, a ponto de fazê-lo comer grama com os animais do campo. O espinho na carne serve para crentes e incrédulos; recebê-lo é um alerta, suportá-lo é uma virtude.

Quem sabe, um espinho na carne de alguns líderes religiosos atuais diminuísse a crise no meio evangélico.