Lar doce lar

Sábado, dezesseis de agosto de 2008. A história do quadro Lar Doce Lar, apresentado por Luciano Huck, foi muito chocante. Uma moça vitimada por uma bala perdida ficou paraplégica e ainda tinha que cuidar do marido e de dois filhos pequenos. A casa que eles ganharam foi merecida. Luciano Huck contou à sua família que não viu nenhum brinquedo naquela casa, que tinha duas crianças pequenas. Para sua surpresa e alegria, seu filho Joaquim, ouvindo isto, levantou-se e pegou dois carrinhos de controle remoto e os deu a seu pai, para que levasse àquelas crianças. Gesto grandioso, vindo de um menino de apenas quatro anos.

Lembrei-me de minha infância sem brinquedos. Os poucos que eu tinha eram achados no lixo ou ganhados de algum colega mais abastado. Essa lembrança encheu meu rosto de lágrimas misturadas de tristeza e alegria. Notei que Luciano Huck quase chorou, mas conteve suas lágrimas, uma pena. A moça da cadeira de rodas contou os momentos mais difíceis de sua vida e não esqueceu da sua fé em Deus. Ela passou pelo vale da sombra da morte; passou mas não ficou. Ela mostrou que é possível superar os problemas da vida.

O apresentador, e quem estava assistindo, tiraram uma lição importante: Aprendemos a não reclamar dos problemas da vida, pois sempre tem alguém com problemas maiores do que os nossos. Como não há como medir o sofrimento humano, só quem está passando é que sabe. O mais importante de tudo isso, é aquilo que Jesus disse aos seus discípulos: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; Eu venci o mundo.” (Jó 16,33).

O verdadeiro lar doce lar ainda não chegou, mas é muito bom viver em paz dentro da própria casa.