A sabedoria de Deus para julgar os homens

1 Reis 3:16-28

Uma das coisas mais difíceis para o homem é quando ele precisa tomar decisões, quando tem que julgar entre o certo e o errado, quando tem que julgar as ações do próximo e tentar entender suas atitudes, mesmo não tendo acesso aos seus corações.

Ser juiz não é tarefa fácil não! Ser juiz não é para homens não, pois quem pode julgar intenções? Por isso não encontramos a verdadeira justiça no mundo em que vivemos. O homem só tem capacidade de julgar o que vê, no entanto, por trás do que se vê existe o que se não vê, e é exatamente aí onde mora o perigo e se instala a grande dificuldade na hora de julgar. Quantos inocentes são condenados e quantos culpados inocentados, isso porque a justiça do homem é falha. A habilidade de advogados vale mais do que a verdade. A apresentação de provas (sejam elas falsas ou verdadeiras) vale mais do que a palavra dita (mesmo que seja verdadeira).

Como rei, Salomão tinha que, entre outras funções, ser juiz, e como tal, tinha que julgar. Mas como ser um juiz justo? Ele sabia que precisava ter a sabedoria de Deus para julgar os homens. E isso ele tinha, porque, antes de qualquer coisa em sua vida, foi o que desejou, foi o que pediu, e foi o que recebeu do Justo Juiz.

A história, aqui narrada, demonstra uma sabedoria divina à disposição do juiz humano, deixando-nos claro que o Senhor, o Justo Juiz, tem prazer em nos encher com a Sua sabedoria na hora de julgar, seja lá o que for. Vejamos:

1. Havia duas versões do mesmo fato.

2. Não havia testemunhas, portanto, era a palavra de uma contra a outra.

3. As pessoas envolvidas não eram confiáveis por causa de seus estilos de vida.

Graças a Deus, Salomão havia sido revestido com a Sua sabedoria, portanto era a pessoa certa para julgar aquele caso. O que ele fez, então? Mandou cerrar a criança ao meio, e logo identificou, com a reação das duas mulheres, quem era a verdadeira mãe. Tenho em mente que matar a criança não era a intenção de Salomão, mas ele, dirigido pelo Espírito Santo de Deus, sabia que através da reação da verdadeira mãe, ele teria como fazer o julgamento correto desse fato, e foi o que aconteceu.

O resultado é que a justiça foi estabelecida, a verdade venceu a mentira, o inocente foi inocentado e o culpado condenado. Glória a Deus!

Mais do que isso, Salomão foi reconhecido como sábio, pois “Todo Israel viu que havia dentro dele a sabedoria de Deus” (v.28). E foi respeitado por isso. Foi aceito como um verdadeiro líder, como um sábio e justo juiz.

Queridos irmãos, quando estivermos na posição de julgar algum fato, quando estivermos na posição de julgar a nós mesmos ou a outros, de promover ou rebaixar, de aceitar ou rejeitar, de bater ou acariciar, de ir ou de vir, precisamos, mas precisamos mesmo de muita humildade para reconhecer que nossa capacidade de julgar é extremamente limitada, e que, por isso, precisamos desesperadamente ter a sabedoria de Deus para julgar os homens.

Pense:

Nossos filhos, nossos empregados, nossos subalternos, as ovelhas que o Bom Pastor colocou diante de nós para serem pastoreadas, reconhecem que temos a sabedoria de Deus para julgar os homens?