Primeiro encontro

Caprichei! Me arrumei o melhor que pude, escolhi a mais bonita entre as minhas roupas!

Pra aquele encontro, toda produção era pouca!

Sentia-me esquisito!

Será que estava suficientemente bonito?

No entanto, quando te vi, qualquer conceito de beleza passou a não fazer sentido!

Você estava acima de qualquer comentário ou comparação, naquele vestido!

Sua pele sedosa, macia…

Seu sorriso, mais radiante que o sol ao meio dia!

Seu perfume parecia encher a terra, propagado pelo vento!

O tempo parou e tudo era você em meu pensamento!

Peguei sua mão e mal conseguia disfarçar que tremia!

O homem mais abençoado e feliz do mundo! Era assim que me sentia!

Fomos ao cinema, comemos pipoca, tomamos sorvete, sentamo-nos na praça!

Num ritual romântico que fizesse jus à sua beleza, sensualidade e graça!

Eu te abracei, mas, foi você quem me prendeu por toda a vida!

Eu te beijei você me beijou, nós nos beijamos! Bem ao lado de uma fonte luminosa e colorida!

Caminhamos de mãos dadas, contando os passos, até que lhe deixei de volta em seu portão.

Se, saiu inteiro e voltou metade ou se foi o contrário! Até hoje não sei ao certo não!

Só sei que desde aquela noite tem uma banda do meu peito na palma da sua mão!

Para ruminar vida afora:

“Arrebataste-me o coração, minha irmã, noiva minha; arrebataste-me o coração com um só dos teus olhares, com uma só pérola do teu colar.” Cantares 4:9