O dia em que eu morri foi muito loco!
Eu descobri nesse dia, que viver pra mim era pouco!
Eu queria mais do que a vida podia me dar.
Eu tive que entender que teria que perder, se quisesse enfim, ganhar.
O dia em que eu morri, foi realmente muito loco!
Sofri o dano, fui feito de otário e decidi não dar o troco!
Abusaram da minha boa vontade, me despiram da minha dignidade, distorceram a verdade…
Tive que abrir mão dos meus direitos, dos meus desejos, da minha liberdade.
O dia em que eu morri, foi tenso; muito loco!
Fui alvo de calunias e meu estomago se revolvia como se tivesse levado um soco!
Meu coração sangrou, minha boca secou, de tão enraivecido fiquei cego!
Deixei passar batido e levei uma facada no meu ego.
O dia em que eu morri foi absurdamente muito loco!
Lobos ferozes me atacaram e dos muitos amigos, os que me defenderam foram poucos.
Sentei-me como um cão sarnento e humilhado então, restou a mim lamber minhas feridas.
Chorei, perdi o chão, e decidi então, desanimar da vida. Morrer, pra mim, foi a melhor saída.
O dia em que eu morri, foi totalmente sem noção! Muito loco! Não da pra entender!
Era pra ser igual a qualquer outro dia, e Ele me convida pra morrer!?!
Me chamou pra que eu negasse a mim mesmo, jogou uma cruz nas minhas costas,
E disse com voz firme e decisiva: – Renuncia tu a tudo quanto gostas!
E tive que depositar a seus pés, todos os meus anseios, sonhos, devaneios e propostas.
O dia da minha morte foi indubitavelmente muito loco!
Eu só queria ajudar e fui julgado e incompreendido! Joguei perola aos porcos.
Riram de minhas melhores intenções, pisaram no meu coração e eu o que fiz? Perdoei!
Simples assim! Se me perguntarem quantas vezes já me passaram pra trás, sinceramente; não contei!
O dia em que eu morri foi muito loco!
Ele encostou do meu lado, bateu em minhas costas e disse! – Eu sei como é! Eu também já morri! Aquenta firme ai, só vai doer mais um pouco!
Parece que foi ontem! Mas eu morro toda hora, o tempo todo, todo dia!
Parece muito loco, mas a agonia cruel de se morrer produz eterno peso de gloria e alegria!
Para ruminar vida afora:
“Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena” Colossenses 3:5a