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Devocionais

Quando Deus vê você

Quando o seu mundo toca o mundo de Deus, o resultado é um momento santo. Quando a maior esperança de Deus beija seu machucado terreno, esse momento é santo. Esse momento pode acontecer em um domingo durante a Comunhão ou em uma quinta-feira à noite na pista de patinação. Pode acontecer em uma catedral ou em um metrô, por um arbusto ardente ou por uma gamela. Quando e onde não importa. O que importa é que momentos santos acontecem. Diariamente. E eu gostaria de falar para você sobre o mais santo desses momentos – gostaria de falar para você sobre o momento mais santo de sua vida.

Não. Não é o seu nascimento. Não é o seu casamento. Não é o nascimento de um filho. Estou falando sobre o momento mais santo de sua vida. Esses outros momentos são especiais. Eles brilham com reverência. Mas comparados com esse momento, eles são mais ou menos tão santos quanto um soluço.

Estou falando sobre a hora sagrada.

Não, não é seu batismo ou sua profissão de fé. Não é sua primeira comunhão ou sua primeira confissão ou mesmo seu primeiro encontro. Eu sei que esses momentos são preciosos e certamente sacrossantos, mas eu tenho um momento diferente em mente.

Aconteceu esta manhã. Bem depois que você acordou. Bem ali na sua casa. Você o perdeu? Deixe-me recriar a cena.

O despertador toca. Sua esposa o cutuca ou seu marido a acotovela ou sua mãe ou pai o sacode. E você acorda.

Você já bateu no botão de soneca três vezes; bata de novo e você estará atrasado. Você já pediu mais cinco minutos… cinco vezes diferentes; peça de novo e terá água despejada em sua cabeça.

A hora chegou. O amanhecer rompeu. Então, com um gemido e um grunhido, você arremessa as cobertas para trás, e coloca um pé quente para fora em um mundo frio. Ele é seguido por um relutante companheiro.

Você se inclina para cima, senta na beirada da cama e olha fixamente para a parte de trás de suas pálpebras. Você fala para elas abrirem, mas elas se opõem. Você as separa com suas palmas e espia dentro do quarto.

(O momento ainda não é santo, mas está quase lá.)

Você fica em pé. Nesse momento, tudo o que vai doer durante o curso do dia dói. É como se a pequena pessoa dentro de seu cérebro que está encarregada da dor precisasse testar os circuitos antes de você chegar no banheiro.

“Dor nas costas?”

“Confere.”

“Pescoço duro?”

“Confere.”

“Machucado no joelho do futebol do colegial?”

“Ainda dói.”
“Couro cabeludo escamado?”

“Ainda coça.”

“Reação à febre de feno?”

“Atchim!”

Com o encanto de uma elefanta grávida, você caminha em direção ao banheiro. Você deseja que haja alguma maneira de acender a luz lentamente, mas não há. Então você dá um tapa no interruptor, pisca enquanto seus olhos se acostumam, e vai até a pia do banheiro.

Você está se aproximando do sagrado. Você pode não saber disso, mas você acabou de pisar em azulejo santo. Você está no interior do santuário. O arbusto ardente do seu mundo.

O momento mais santo da sua vida está prestes a acontecer. Ouça. Você ouvirá o agitar das asas dos anjos sinalizando sua chegada. Trombetas estão equilibradas nos lábios do céu. Uma nuvem de majestade rodeia seus pés descalços. Os anfitriões do céu suspendem todos os movimentos enquanto você levanta seus olhos e…

(Fique pronto. Está vindo. O momento santo está perto.)

Os pratos chocam. Trombetas ecoam na sala sagrada. As crianças do céu correm através do universo espalhando pétalas de flor. As estrelas dançam. O universo aplaude. Árvores se inclinam em adoração coreografada. E bem que eles devem, porque o filho do Rei acordou.

Olhe no espelho. Observe aquele que é santo. Não se vire. A imagem da perfeição está olhando de volta para você. O momento santo chegou.

Eu sei o que você está pensando. Você chama isso de “santo”? Você chama isso de “perfeito”? Você não sabe como eu fico às 6:30 da manhã.

Não, mas posso imaginar. O cabelo emaranhado. Pijamas ou camisola amassados. Os nacos de sono grudados nos cantos de seus olhos. Barriga inchada. Lábios secos. Olhos atarracados. Hálito que poderia manchar uma parede. Um rosto que poderia assustar um cachorro.

“Qualquer coisa menos santo,” você diz. “Me dê uma hora e eu vou parecer santo. Me dê um pouco de café, um pouco de maquiagem. Me dê uma pasta de dente e uma escova de cabelo, e deixarei este corpo apresentável. Um pouco de perfume… um espirro de colônia. Então me leve para dentro do Santo dos Santos. Então farei o céu sorrir.”

Ah, mas aqui é onde você se engana. Veja, o que faz o momento da manhã tão santo é sua honestidade. O que faz o espelho da manhã santificado é exatamente você estar vendo exatamente quem Deus vê.

E quem Deus ama.

Sem maquiagem. Sem camisas opressoras. Sem gravatas autoritárias. Sem sapatos combinando. Sem camadas de imagens. Sem o status de jóias. Apenas honestidade despenteada.

Apenas você.

Se as pessoas o amam às 6:30 da manhã, uma coisa é certa: elas amam você. Elas não amam o título que você tem. Elas não amam seu estilo. Elas não amam suas conquistas. Elas somente amam você.

“O amor”, escreveu uma alma perdoada, “cobre multidão de pecados.” 1

Soa como o amor de Deus.

“Aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados,” outro escreveu. 2

Sublinhe a palavra aperfeiçoou. Note que a palavra não é melhorou. Não é aumentou. Deus não melhora; ele aperfeiçoa. Ele não realça; ele completa. O que faz a pessoa perfeita cometer uma falta?

Agora percebo que há um sentido no qual somos imperfeitos. Nós ainda erramos. Nós ainda tropeçamos. Nós ainda fazemos exatamente o que não queremos fazer. E essa parte de nós, segundo o versículo, “sendo feitos santos.”

Mas quando se trata da nossa posição diante de Deus, somos perfeitos. Quando Ele vê cada um de nós, Ele vê aquele que foi aperfeiçoado através dAquele que é perfeito – Jesus Cristo.

“Todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes.”3

Esta manhã eu “coloquei” roupas para esconder as imperfeições que eu não queria mostrar. Quando você me vê, totalmente vestido, você não pode ver minhas pintas, cicatrizes ou machucados. Eles estão escondidos.

Quando escolhemos ser batizados, por estilo de vida tanto quanto por símbolo, em Cristo, a mesma proteção acontece. Nossos pecados e falhas ficam perdidos abaixo do puro esplendor de Sua proteção. “Porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.” 4 Por favor, não perca o impacto deste versículo. Quando Deus nos vê, Ele também vê Cristo. Ele vê perfeição! Não perfeição ganha por nós, tenha isso em mente, mas perfeição paga por Ele.

Reflita nestas palavras por um momento: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”5

Agora leia estas palavras em outra tradução: “Porque Deus fez Cristo, que não conhecia o pecado, realmente ser pecado por nós, para que em Cristo fôssemos feitos bons pela bondade de Deus.”

Note as últimas quatro palavras: “pela bondade de Deus.” A bondade de Deus é a sua bondade. Você é a absoluta perfeição. Impecável. Sem defeitos ou erros. Limpo. Sem igual. Inculpável. Primeira classe. Puro. Perfeição imerecida porém completa.

É sem surpresa que o céu aplaude quando você acorda. Uma obra-prima se mexeu.

“Shh,” sussurram as estrelas, “olhe a maravilha daquela criança.”

“Meu!” os anjos suspiram, “que prodígio Deus criou.”

O que você vê no espelho como um desastre da manhã é, na verdade, um milagre da manhã. A santidade em um roupão.

Vá adiante e se vista. Vá adiante e coloque os anéis, faça a barba, penteie o cabelo, e cubra as pintas. Faça isso por você. Faça isso pela sua imagem. Faça isso para manter seu trabalho. Faça isso pelo bem daqueles que precisam sentar ao seu lado. Mas não faça isso para Deus.

Ele já o viu como você realmente é. E em seu livro, você é perfeito.

1. 1 Pedro 4:8
2. Hebreus 10:14
3. Gálatas 3:27
4. Colossenses 3:3
5. 2 Coríntios 5:21

Guia de estudoVocê se surpreendeu pelo que era o “momento santo”? Por que ou por que não?

  • Quando você leu este capítulo, você ganhou um novo entendimento da relação entre honestidade e santidade, a diferença entre perfeição ganha e perfeição paga? (Veja também Colossenses 1:22 e 1 Coríntios 1:8). Explique sua resposta.
  • Você está pronto para olhar honestamente no espelho? Se estiver, o que você tem tentado para se fazer mais apresentável a Deus?

    Leia Hebreus 10:14. Como Deus o aperfeiçoou?

    Que efeito o amor dEle e a sua perfeição aos olhos dEle têm na maneira que você sente sobre você mesmo? Na maneira com que você se relaciona com outras pessoas? Em como você se relaciona com Ele?

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

  • Gente com rosa na lapela (2)

    Não é difícil compreender e admirar a sabedoria da Srta. Maynell. Se você quiser conhecer a verdadeira história do coração humano, observe sua reação diante de uma figura sem atrativos. “Diz-me quem amas,” escreveu Houssaye, “e dir-te-ei quem és”.

    Hollis Maynell, contudo, está longe de ser um exemplo para medir o coração de alguém que se interessa pelo que não é belo.

    No último sermão registrado por Mateus, Jesus faz exatamente isso. E faz isso não por meio de uma parábola, mas por meio de uma descrição. Não conta uma história, mas descreve uma cena — a última cena, o juízo final. Em seu último sermão, Jesus coloca em palavras a verdadeira mensagem que Ele colocou em ação: “amar os excluídos”.

    Não há dúvida quanto o juízo final. Todos estarão lá. Naquele dia Jesus separará as ovelhas dos cabritos, os bons dos maus.

    Em que Ele se baseará para fazer essa seleção? Talvez você se surpreenda com a resposta. “Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me.”

    Qual é a insígnea dos salvos? Sua escolaridade? Sua disposição para visitar países longínquos? Sua capacidade para atrair uma multidão e pregar? Sua habilidade para escrever livros com mensagens de esperança? Seus grandes milagrres? Não.

    A insígnea dos salvos é seu amor para com os excluídos.

    À direita do Pai estarão aqueles que deram de comer aos famintos, deram de beber aos sedentos, deram calor humano aos abandonados, vestiram os nus, confortaram os enfermos e visitaram os presos.

    A insígnea dos salvos é seu amor para com os excluídos.

    Você observou como é simples o que Jesus nos pede? Jesus não diz: “Eu estava enfermo e me curastes… Esta preso e me libertastes… estava abandonado e me construístes uma casa de repouro para mim…” Ele não diz: “Tive sede e me destes assistência espiritual.”

    Sem ostentações. Sem estardalhaço. Sem alardes na imprensa. Apenas pessoas bondosas praticando atos de bondade.

    Porque quando praticamos atos de bondade a outas pessoas, praticamos atos de bondades a Deus.

    Quando Francisco de Assis deu as costas à riqueza para seguir a Deus com simplicidade, abandonou suas roupas e saiu da cidade. Logo a seguir viu um leproso na beira da estrada. Passou por ele, mas depois parou, deu meia volta e abraçou o homem enfermo. Francisco prosseguiu seu caminho. Depois de dar alguns passos, virou-se para olhar novamente o leproso, mas não viu ninguém.

    Durante o resto de sua vida, ele acreditou que o leproso era Jesus Cristo. Talvez ele estivesse certo.

    Jesus habita nos esquecidos. Fez morada nos ignorados. Vive no meio dos enfermos. Se quisermos ver a Deus, devemos ir até onde estão os humilhados e os abatidos. É lá que o veremos.

    “[Ele] se torna galardoador dos que o buscam (Hebreus 11.6)” é a promessa. “Em verdade vos afirmo que sempre que o fizestes a um desses meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes (Mateus 25.40)” é o desígneo.

    Talvez você já tenha lido a história de um homem da Filadélfia que foi à uma feira de bugigangas e encontrou uma tela da qual gostou muito. Aquela pintura empoeirada de uma igreja rural custava apenas dois dólares. Estava rasgata e desbotada, mas o homem gostou dela e comprou-a. Ao abri-la quando chegou em casa, caiu de dentro uma folha de papel cuidadosamente dobrado. Era a Declaração da Independência. Aquilo que todos imaginavam ser uma pintura barata de feira de bugigangas continha uma das cem cópias originais da Declração da Independência [dos EUA] impresa em 4 de julho de 1776.

    Surpresas valiosas são encontradas nos lugares mais impossíveis. A lição da feira de bugigangas se aplica à vida. Faça um investimento nas pessoas que o mundo rejeitou — o sem-teto, o aidético, o órfão, o divorciado — e talvez você descubra onde se encontra a sua independência.

    A mensagem de Jesus é arrebatadora: “A maneira como você os trata é a maneira como também me trata.”

    Dentre todos os ensinamentos de Cristo em sua última semana, para mim esse é o mais pungente. Gostaria que ele não tivesse dito o que disse. Gostaria que Ele tivesse dito que a insígnea dos salvos é a quantidade de livros que escreveram, porque já escrevi vários. Gostaria que Ele tivesse dito que insígnea dos salvos é a quantidade de sermões que pregaram, porque já preguei centenas. Gostaria que Ele tivesse dito que a insígnea dos salvos é a quantidade de pessoas que conseguiram atrair, porque já falei a milhares.

    Mas Ele não disse isso. Suas palavras me dizem que aqueles que vêem Cristo são os que vêem os sofredores. Se você quiser ver Jesus, vá até uma casa de repouso, sente-se ao lado de uma senhora idosa, e ajude-a a colocar a colher na boca. Se quiser ver Jesus, vá até o hospital público e peça à enfermeira que o leve até alguém que nunca recebe visitas. Se quiser ver Jesus, saia do escritório, desça até o saguão e converse com o homem que está arrependido de ter se divorciado e está sentindo a falta dos filhos. Se quiser ver Jesus, vá até o centro da cidade e ofereça um sanduíche — não um sermão, mas um sanduíche — àquela senhora maltrapilha que mora debaixo do viaduto.

    Se quiser ver Jesus… veja os mal-apessoados e os esquecidos.

    Você poderá dizer que se trata de um teste. Um teste para medir a profundidade do nosso caráter. O mesmo teste que Hollis Maynell utilizou com John Blanchard. Os rejeitados do mundo usando rosas. Assim como John Blanchard, temos às vezes de adaptar nossas expectativas. Temos às vezes de reexaminar nossos motivos.

    Se ele tivesse virado as costas à uma figura sem atrativos, teria perdido o amor de sua vida.

    Se nós virarmos as costas, poderemos perder muito mais.

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

    Nosso último dilema

    “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá.” João 11:25

    As palavras dela estavam cheias de desespero. “Se o senhor estivesse aqui…” ela olha fixamente para o rosto do Mestre com olhos confusos. Ela tinha sido forte por muito tempo; agora dói muito. Lázaro estava morto. Seu irmão tinha partido. E o único homem que poderia ter feito diferença não fez. Ele nem chegou para o enterro. Alguma coisa em relação à morte faz com que acusemos Deus de traição. “Se Deus estivesse aqui não haveria morte!” nós alegamos.

    Veja, se Deus é Deus em qualquer lugar, ele tem que ser Deus diante da morte. A psicologia pop pode lidar com a depressão. As conversas animadas podem lidar com o pessimismo. A prosperidade pode manobrar a fome. Mas só Deus pode lidar com o nosso último dilema – a morte. E só o Deus da Bíblia ousou ficar na beirada do desfiladeiro e oferecer uma resposta. Ele tem que ser Deus diante da morte. Se não, ele não é Deus em lugar nenhum.

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

    O vaso quebrado

    “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Romanos 5:12)

    “Não nos desamparou o nosso Deus; antes, estendeu sobre nós beneficência… para revivermos” (Esdras 9:9)

    Em Londres, em uma sala especial do British Museum, pode-se admirar uma peça única: um vaso muito precioso. Certo dia, alguém deixou esse vaso cair. O resultado foi centenas de estilhaços no chão. Chamaram um especialista que, com muita paciência, recolheu os fragmentos e reconstituiu o vaso, o qual pode ser visto atualmente. Quem não conhece a história, nunca poderia imaginar que esse magnífico objeto já foi um monte de cacos. As uniões são praticamente invisíveis ao simples olhar. Uma placa relata o ocorrido e, ao lê-la, muitas pessoas ficam totalmente surpresas.

    A história desse vaso em três etapas nos lembra a do homem: sua beleza original, sua destruição e sua restauração. O ser humano foi criado perfeito, “à imagem de Deus”, porém no momento da queda, sua desobediência o conduziu à uma degradação total por causa do pecado. A imagem inicial foi completamente deformada. Ainda hoje, pela graça e obra perfeita de Cristo, todo ser humano pode adquirir uma beleza divina. O estado de inocência não pode ser recuperado, mas no novo nascimento, cada pecador arrependido recebe a vida que Jesus Cristo dá, passa a conhecer a bondade, a misericórdia e o amor de Deus. Assim, salvo da ruína, aquele que estava separado da vida de Deus pode viver agora somente para a glória dAquele que o restaurou.

    A região escura do divórcio

    De 1960 a 1980 dobrou o número de divórcios em nosso século. Em 1980, as predições estimaram que a taxa de divórcio dobraria novamente na virada do século. Por quê?

    Para entender esta crise da sociedade, vamos dar uma olhada nos encargos da sociedade que afetaram a família. Temos visto a deterioração nos laços da sociedade que uma vez foram instrumentos no apoio à família. Havia um tempo de responsabilidade familiar. Um dia no qual a vovó e o vovô viviam no final da rua. Mamãe e papai ficavam a um quarteirão de distância, os primos eram espalhados pela cidade. O divórcio era raro, algo fora do comum, até considerado escandaloso.

    Mas esses dias passaram. Hoje muitas vezes não conhecemos nossos vizinhos, muito menos os responsáveis por eles.

    Hoje a metade dos americanos vive a 150 milhas de distância do parente mais próximo e se muda uma vez a cada quatro anos. O resultado? Todas as vezes que nos desarraigamos, encontramo-nos em uma nova situação, cada vez mais anônimos no mundo.

    Este anonimato é a semente da responsabilidade reduzida. Você se muda para Nova Iorque ou São Francisco ou Houston, e ninguém conhece você. Você passeia em um shopping e ninguém pára para dizer oi. Você é anônimo. O anonimato torna-se agradável porque junto com a diminuição do reconhecimento vem uma diminuição de responsabilidade. Ninguém se importa com o que você faz, então o que você faz parece não ter tanta importância.

    Então, em nossa sociedade, a responsabilidade reduzida e o anonimato aumentado têm contribuído para a explosão do divórcio. Nossas atitudes mudaram: o que um dia foi raro e escandaloso é agora aceitável e comum. Mas o ensinamento de Deus não mudou. É muito claro no assunto: Deus odeia o divórcio. Ele tem honrado Seu pacto conosco e espera que façamos o mesmo. Deus odeia o divórcio. Mas a Escritura é igualmente clara: Deus ama o divorciado. O divórcio não é um pecado acima dos pecados, mas um pecado entre os pecados. Nunca há um lugar de onde não possamos começar novamente. Nunca há um lugar tão longe de Deus que Ele não possa atrair-nos de volta para Ele.

    Mantendo a tensão tensa

    Deus ama o divorciado mas odeia o divórcio. Ah, como tendemos ir de um extremo para o outro. De um lado pregamos a ira de Deus contra aqueles que fracassam e elevam o divórcio como o pecado acima dos pecados (o que não é).

    O resultado é pessoas feridas e quebradas querendo saber se Deus já tem um lugar para elas de novo. Ou, em nossos esforços em sermos compassivos com os feridos e quebrados, entusiasmamo-nos em termos compaixão. Os observadores notam essa compaixão e pensam: “Se o divórcio é fácil assim, então por que ficar casado?”

    Mas a tensão deve permanecer tensa. Deus odeia o divórcio. Ele o odeia porque destrói as crianças que Ele ama. Mas deixe-nos sermos tão igualmente alto e claro e afirmar que Deus ama o divorciado, que não é um pecado entre os pecados. O mesmo Deus que perdoará uma má atitude ou um mau temperamento pode perdoar uma má escolha no casamento.

    O ensino de Deus é muito claro. Talvez seja o escutar do homem que está confuso. Olhe o que Deus diz a este respeito:

    Vieram a ele alguns fariseus, e o experimentavam, perguntando: É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo?

    Então respondeu ele: Não tendes lido que o Criador desde o princípio os fez homem e mulher?, e disse que: Por esta causa deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne? Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.

    Replicaram-lhe: Por que mandou então Moisés dar carta de divórcio e repudiar?

    Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; entretanto, não foi assim desde o princípio. Eu, porém, vos digo: Quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra, comete adultério.

    Disseram-lhe os discípulos: Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar.

    Jesus, porém, lhes respondeu: Nem todos são aptos para receber este conceito, mas apenas aqueles a quem é dado. Porque há eunucos de nascença; há outros a quem os homens fizeram tais; e há outros que a si mesmos se fizeram eunucos, por causa do reino dos céus. Quem é apto para o admitir, admita.

    Trouxeram-lhe então algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos, e orasse; mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus. E, tendo-lhes imposto as mãos, retirou-se dali. (Mateus 19:3-15).

    Enquanto você luta com o dilema do divórcio, mantenha estas três verdades em mente:

    Deus dá valor às pessoas. Na base de todo ensino doutrinário ou teológico está Sua verdade sustentadora. E porque Ele nos dá valor, a lei de Deus existe, não para nosso prazer, mas para nossa proteção. Somos posse Dele. Pertencemos a Ele. Somos filhos Dele.

    Deus dá valor aos pactos. Deus é um Deus de pactos. Quando Deus afirma algo, Ele faz. Ele é honesto. Ele não volta atrás. Ele se compromete a isso. Deus sempre baseou Seu relacionamento com as pessoas em uma promessa. Ele vive de acordo com uma promessa, não segundo um sistema ou um livro de regras.

    Deus sabe que pactos quebrados quebram as pessoas. Se eu lhe disser que farei algo, e não o fizer, alguma coisa quebra dentro de você. Se eu falhar em cumprir uma promessa a minhas filhas, elas olharão para mim e dirão, “Mas papai, você prometeu.” Uma promessa é tudo que temos. Deus sabe que uma vez que tudo é construído em uma promessa, quando uma promessa é quebrada, corações são quebrados.

    Divórcio é guerra

    Se você já passou por um divórcio ou se já testemunhou um divórcio, você sabe como essas pessoas quebradas aparentam e se sentem. O divórcio nos faz falar e fazer coisas que teríamos pensado serem indizíveis e inaceitáveis. Divórcio é guerra. Uma guerra territorial. Uma guerra fria. Uma guerra verbal. Uma guerra física. Mas é uma guerra. E em toda guerra, há feridas e fatalidades. É uma tragédia.

    Você está em vista de divorciar-se? Por favor, repense seu plano. Dê ao casamento tudo que você tem. Tente o seu melhor. Se você já fez isso, dê a ele mais uma chance. Não ande apenas a segunda milha, mas a quinta e a décima e a centésima milha. Comece a ver o divórcio não apenas como uma opção, mas como a última coisa a se desfazer, o movimento final.

    Cuide do casamento. Lembre-se do plano original. Mantenha-o vivo. E nunca, nunca subestime a dor de um casamento quebrado.

    Lembre-se de que Deus odeia o divórcio (Malaquias 2:16). O divórcio não é o pecado acima dos pecados. É um pecado. É errado. Mas é perdoável.

    Você está feliz no casamento? Seja compassivo com aqueles que não estão. Se há alguém em sua igreja ou em seu círculo de amigos que tenha se divorciado, faça sua parte para tirar a vergonha.

    Você é divorciado? Então busque pela misericórdia cicatrizante de Deus. Arrependa-se e comece de novo. Você foi ferido na batalha, mas Deus pode tirar beleza dessa dor. Ele fez isso antes; Ele fará novamente. Talvez a dor que você experimentou o equipou a prestar assistência a outros em sofrimento.

    Qual é o resultado final do divórcio?

    O que Deus quer que façamos?

    Se você está casado, Deus quer que você continue casado. Quando você se casa, você faz um pacto perante Deus. E Ele quer que você honre esse pacto.

    Se você está separado, Deus quer que você faça todo o possível para reconciliar-se com seu companheiro.

    Compreensivelmente, talvez não seja possível. As circunstâncias podem estar além de sua capacidade para interceder. Entretanto, o nosso Deus é um Deus de reconciliação. O Deus que trouxe uma humanidade alienada a um relacionamento com o Pai Celestial tem o poder de reunir casais separados.

    Ele não só é o Deus que cria, Ele é o Deus que pode recriar e Ele quer recriar o seu casamento e a sua vida. Ele é um Deus que quer trabalhar dentro de sua casa e fazer o que você acha que é impossível.

    Se você é separado, em oposição à Escritura, reconcilie-se com seu companheiro. Se não for possível, então aceite a graça de Deus e vá adiante. Procure viver uma vida agradável a Deus deste ponto em diante.

    Deus é um Deus misericordioso. Deus pode perdoar raiva, fofoca, malícia. Ele é um Deus misericordioso. Ele é o Deus que teve misericórdia da mulher adúltera. Ele é um Deus que não só perdoou como incumbiu a mulher samaritana que esteve dentro e fora de cinco diferentes lares quebrados. Ele é um Deus de misericórdia? Sim!

    Quer você esteja lutando com um divórcio potencial, ou esteja suportando a dor do divórcio, Deus quer guiá-lo para fora dessa região escura.

    Pegue Sua mão e deixe a região escura do divórcio para o novo horizonte no topo da montanha.

    Guia de estudo

    1. Quais são algumas causas da “explosão” do divórcio na América?
    2. Por quais razões Deus permite o divórcio?
    3. Malaquias 2:16 diz que Deus odeia o divórcio. Que significado isso tem para as pessoas divorciadas? Como Ele se sente a respeito delas?

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

    Coração partido, fé remendada

    A névoa do coração partido. É uma névoa escura que dissimuladamente aprisiona a alma e aparta a fuga fácil. É a nuvem pesada que não honra hora nem respeita pessoa. Depressão, desencorajamento, desapontamento, dúvida… todos são companhias desta horrível presença.

    A névoa do coração partido desorienta nossa vida. Ela faz com que seja difícil ver a estrada. Ofusque suas luzes. Limpe o pára-brisa. Diminua a velocidade. Faça o que você quiser, nada ajuda. Quando esta névoa nos cerca, nossa visão é bloqueada e o dia de amanhã está longe para sempre. Quando esta escuridão nos cobre, as palavras mais profundas de ajuda e de esperança são frases vagas.

    Se você alguma vez foi traído por um amigo, você sabe o que eu quero dizer. Se você alguma vez foi largado por um cônjuge ou abandonado pelo pai ou pela mãe, você viu esta névoa. Se você alguma vez colocou uma pá com terra no caixão de uma pessoa amada ou manteve vigília ao lado de uma pessoa querida, você também reconhece esta nuvem.

    Se você já esteve nesta névoa, ou está agora, pode ter certeza de uma coisa – você não está só. Até os capitães dos mares mais salgados perderam seus rumos por causa do aparecimento desta nuvem indesejável. Como o humorista disse, “Se corações partidos fossem comerciais, todos nós estaríamos na TV.”

    Pense nos últimos dois ou três meses. Quantas pessoas com o coração partido você encontrou? Quantas almas feridas você atestou? Sobre quantas histórias de tragédia você leu?
    Minha própria reflexão é racional:

    A mulher que perdeu seu marido e filho em uma estranha destruição do carro.

    A encantadora mãe de três filhos que foi abandonada por seu marido.

    A criança que foi atingida e morta por um caminhão de lixo que passava quando ela descia do ônibus escolar. Sua mãe, que estava esperando por ela, assistiu à tragédia.

    Os pais que encontraram seu filho adolescente morto na mata atrás de sua casa. Ele se enforcou em uma árvore com seu próprio cinto.

    A lista continua mais e mais, não é? Tragédias nebulosas. Como elas cegam nossa visão e destroem nossos sonhos! Esqueça quaisquer expectativas grandiosas de alcançar o mundo. Esqueça quaisquer planos de mudar a sociedade. Esqueça quaisquer aspirações de mover montanhas. Esqueça tudo. Apenas me ajude a atravessar a noite!

    O sofrimento dos que estão com o coração partido.

    Vá comigo por um momento testemunhar o que talvez tenha sido a noite mais nebulosa na história. A cena é muito simples; você irá reconhecê-la rapidamente. Um bosque de oliveiras desfiguradas. O terreno com grandes pedras amontoadas desordenadamente. Uma cerca baixa de pedras. Uma noite muito escura.

    Agora, olhe para dentro da cena. Olhe minuciosamente através da folhagem escura. Vê aquela pessoa? Vê aquela figura solitária? O que Ele está fazendo? Derrubado no chão. O rosto manchado com sujeira e lágrimas. O punho socando a terra dura. Os olhos arregalados atônitos de medo. O cabelo emaranhado com suor salgado. Aquilo é sangue em Sua testa?

    É Jesus. Jesus no Jardim do Getsêmani.

    Talvez você tenha visto o retrato clássico de Cristo no jardim. Ajoelhado ao lado de uma pedra grande. Com uma toga branca como a neve. As mãos tranqüilamente dobradas em oração. Uma aparência de serenidade em Seu rosto. Uma auréola sobre Sua cabeça. Uma luz do céu iluminando Seu cabelo marrom dourado.

    Agora, não sou artista, mas posso dizer uma coisa para você. O homem que pintou este quadro não usou o evangelho de Marcos como padrão. Olhe o que Marcos escreveu sobre aquela noite dolorosa.

      Então foram para um lugar chamado Getsêmani, e Jesus disse aos seus discípulos: “Sentem-se aqui enquanto vou orar”. Levou consigo Pedro, Tiago e João, e começou a ficar aflito e angustiado. E lhes disse: “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem”. Indo um pouco mais adiante, prostrou-se e orava para que, se possível, fosse afastada dele aquela hora. E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível. Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres”. Então, voltou aos seus discípulos e os encontrou dormindo. “Simão”, ele disse a Pedro, “você está dormindo? Não pôde vigiar nem por uma hora? Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca”. Mais uma vez ele se afastou e orou, repetindo as mesmas palavras. Quando voltou, de novo os encontrou dormindo, porque seus olhos estavam pesados. Eles não sabiam o que lhe dizer. Voltando pela terceira vez, ele lhes disse: “vocês ainda dormem e descansam? Basta! Chegou a hora! Eis que o Filho do homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores. Levantem-se e vamos! Aí vem aquele que me trai!” 1

    Olhe para aquelas frases. “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal”. “Indo um pouco mais adiante, prostrou-se e orava”.

    Isto parece uma cena de um Jesus santo descansando na palma de Deus? Dificilmente. Marcos usou um quadro preto para descrever a cena. Vemos um Jesus lutador, tenso e agonizante. Vemos “um homem de dores”. 2 Vemos um homem brigando com medo, lutando com compromissos, e ansiando por alívio.

    Vemos Jesus na névoa de um coração partido.

    O escritor de Hebreus escreveria mais tarde, “Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, Àquele que o podia salvar da morte”. 3

    Cara, que retrato! Jesus está sofrendo. Jesus está na fase do medo. Jesus está encoberto, não em santidade, mas em humanidade.

    Da próxima vez que a névoa o encontrar, você faz bem em lembrar de Jesus no jardim. Da próxima vez que você pensar que ninguém entende, releia o décimo quarto capítulo de Marcos. Da próxima vez que sua auto-piedade o convencer de que ninguém se importa, faça uma visita ao Getsêmani. E da próxima vez que você perguntar a si mesmo se Deus realmente compreende a dor que impera neste planeta poeirento, ouça-o suplicando entre as árvores desfiguradas.

    Aqui está o meu objetivo. Ver que este Deus se preocupa com nosso próprio sofrimento. Deus nunca foi mais humano do que nesta hora. Deus nunca esteve mais perto de nós do que quando Ele sofreu. A Encarnação nunca foi tão satisfeita como no jardim.

    Como resultado, o tempo gasto na névoa da dor poderia ser o maior presente de Deus. Poderia ser a hora em que nós finalmente veríamos nosso Criador. Se for verdade que no sofrimento Deus é mais como o homem, talvez em nosso sofrimento possamos ver Deus como nunca antes.

    Se você está à deriva na névoa do divórcio, lembre-se: este momento de sofrimento pode ser o mais perto que você alguma vez chegará de Deus. Olhe cuidadosamente. A mão que se estende para guiá-lo para fora da névoa poderia muito bem ser uma mão perfurada.

    1 Marcos 14:32-42
    2 Isaías 53:3
    3 Hebreus 5:7
    Itálico do Max

    Guia de estudo

    1. Pense em alguns corações partidos que você conheceu. Eles foram em direção da cura?
    2. Seu coração foi partido? Isso fez com que você se separasse de Deus? Se sim, o que o trouxe de volta a um relacionamento com Ele?
    3. Leia Isaías 53:3. A quem o texto se refere? Você pode relatar sobre o seu coração partido?

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

    Deus nunca desiste

    Como eu sei que Deus está comigo? E se tudo isto for uma brincadeira?

    Como você sabe que é Deus quem está falando?

    A escuridão terrível e abafada da dúvida. A mesma escuridão que você sente quando senta em um banco polido de uma capela funerária e ouve o obituário de uma pessoa que você ama mais que a vida.

    A mesma escuridão que você sente quando ouve as palavras, “O tumor é maligno. Temos que operar.”

    A mesma escuridão que cai sobre você quando percebe que acaba de perder o temperamento… de novo. A mesma escuridão que você sente quando percebe que o divórcio que você nunca quis chegou ao final.

    A mesma escuridão na qual Jesus gritou, “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”

    Palavras apropriadas. Porque quando duvidamos, Deus parece estar muito longe.

    É exatamente porque Ele escolheu estar tão perto.

    Através do tempo, apesar do povo de Deus esquecer seu Deus muitas vezes, Deus não se esqueceu deles. Ele manteve Sua palavra.

    Deus não desistiu. Ele nunca desiste. Quando José foi jogado em um buraco por seus próprios irmãos, Deus não desistiu.

    Quando Moisés disse, “Eis-me aqui, envie Arão,” Deus não desistiu.

    Quando os israelitas libertados preferiam ser escravos no Egito ao invés de leite e mel, Deus não desistiu.

    Quando Arão estava fazendo um falso deus exatamente ao mesmo tempo em que Moisés estava com o verdadeiro Deus, Deus não desistiu.

    Quando somente dois dos dez espias consideravam que o Criador era poderoso o suficiente para libertar a criatura, Deus não desistiu.

    Quando Sansão contou o segredo a Dalila, quando Saul riu de Davi, quando Davi conspirou contra Urias, Deus não desistiu.

    Quando a palavra de Deus foi esquecida e os ídolos humanos brilharam, Deus não desistiu.

    Quando os filhos de Israel foram levados cativos, Deus não desistiu.

    Ele poderia ter desistido. Ele poderia ter virado as costas. Ele poderia ter ido embora da desordem desprezível, mas Ele não o fez.

    Ele não desistiu.

    Quando Ele se tornou carne e foi vítima de uma tentativa de assassinato antes de ter dois anos de idade, Ele não desistiu.

    Quando o povo de sua própria cidade tentou O empurrar de um penhasco, Ele não desistiu.

    Quando seus irmãos O ridicularizaram, Ele não desistiu.

    Quando Ele foi acusado de blasfemar Deus por pessoas que não temiam a Deus, Ele não desistiu.

    Quando Pedro O adorou à Ceia e O maldisse à fogueira, Ele não desistiu.

    Quando as pessoas bateram em Seus rosto, Ele não bateu de volta. Quando os espectadores o insultaram, Ele não os insultou. Quando um chicoteador dilacerou Seus lados, Ele não se virou e ordenou aos anjos que estavam aguardando a empurrar aquele chicoteador goela abaixo dos soldados.

    E quando as mãos humanas prenderam as mãos divinas em uma cruz com cravos, não foram os soldados que seguraram firme as mãos de Jesus. Foi Deus quem as segurou firme. Porque aquelas mãos feridas foram as mesmas mãos invisíveis que carregaram o cântaro e a tocha dois mil anos antes. Eram as mesmas mãos que trouxeram luz dentro da escuridão terrível e abafada. Elas vieram fazer isso de novo.

    Então, da próxima vez que a dúvida entrar, escolte-a para fora. Fora para o monte. Fora para o Calvário. Fora para a cruz onde, com sangue santo, a mão que carregou a chama, escreveu a promessa, “Deus desistiria do Seu próprio Filho antes de desistir de você.”

    Guia de estudo

    Leia 2 Timóteo 2:8-13

    1. Um bom jeito de combater a dúvida é lembrar que fatos são essenciais. O que Paulo pede para Timóteo “lembrar” no versículo 8? Como isto é essencial?
    2. O versículo 11 promete que viveremos com Cristo se “morrermos com Ele”. O que significa “morrer com Ele”? como você faz isso?
    3. Que aviso é incluído no versículo 12? Como as dúvidas às vezes entra aqui? Como o aviso de Paulo aqui se compara com as próprias palavras de Jesus em Lucas 12:8-9?
    4. Que esperança formidável é encontrada no versículo13? Sobre o que esta esperança é construída?
    5. O que significa para você que Deus é absolutamente fiel?
    6. Este capítulo listou muitas vezes quando Deus não desistiu do Seu povo. Pense em sua própria vida. Você pode se lembrar das vezes que você foi infiel, mas Deus foi fiel com você? Escreva e conte a um amigo sobre isso.

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

    Como estudar a Bíblia: O teste da prioridade

    O quanto este ponto é vital para o objetivo da Bíblia?

    Algumas seções das Escrituras possuem mais relevância persuasiva para a condição humana do que outras. Preste atenção nas palavras de Paulo:

    “Antes de tudo vos entreguei o que também recebi; que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E apareceu a Cefas, e depois aos doze” (1 Coríntios 15:3-5).

    Paulo afirma que há algumas verdades que são “mais importantes”. Ele então descreve essas verdades como a morte, sepultamento e ressurreição de Jesus.

    A Bíblia não é uma paisagem plana sem picos e montanhas. Ela tem grande variedade de contorno e geografia. Apesar de todas as palavras da Bíblia serem importantes, nem todas as palavras são igualmente importantes. Apesar de todo texto contribuir para o todo, nem todo texto tem peso igual. Por exemplo, o mesmo apóstolo Paulo discursou a respeito da ressurreição de Cristo e das jóias das mulheres. Os temas possuem a mesma importância? Absolutamente. Podemos discordar a respeito de roupas, mas discordar a respeito da Ressurreição pode ser fatal.

    Isso significa que a Bíblia possui partes sem valor? Não. Apenas significa que algumas têm mais valor que outras. Imagine que eu esteja segurando três moedas: 25 centavos, 10 centavos e 5 centavos. Qual moeda tem o maior valor? A de 25 centavos. Isso significa que a de 10 centavos e a de 5 centavos não são importantes? Claro que não. Elas simplesmente têm valores diferentes.

    O sábio estudante da Bíblia sabe quais versículos são versículos de 25 centavos e quais são versículos de 5 centavos. O bom estudante dá mais importância para os mais importantes e menos importância para os menos importantes.

    Jesus criticou os líderes religiosos de Sua época por não fazerem isto. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da lei, a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis fazer estas coisas, sem omitir aquelas (Mateus 23:23).

    É possível entender a Bíblia e deixar passar sua mensagem central? Absolutamente. Isso é exatamente o que Jesus quis dizer quando disse, Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim. Contudo não quereis vir a mim para terdes vida (João 5:39, 40).

    Avalie o ensinamento com o teste de prioridade e então você não cometerá o mesmo erro.

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    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

    A preocupação é fútil

    “Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?” Mateus 6:27

    Ninguém precisa lembrá-lo do alto custo da ansiedade. (Mas eu vou lembrá-lo assim mesmo). A preocupação divide a mente. A palavra bíblica para preocupação (merimnao) é uma combinação de duas palavras gregas, merizo (“dividir”) e nous (“a mente”). A ansiedade divide nossa energia entre as prioridades de hoje e os problemas de amanhã. Parte de nossa mente está no agora; o resto está no ainda não. O resultado é uma vida com uma mente dividida.

    Esse não é o único resultado. A preocupação não é uma doença, mas causa doenças. Ela tem sido relacionada à alta pressão sanguínea, problemas de coração, cegueira, enxaquecas, mau funcionamento da tireóide, e inúmeras doenças de estômago.

    A ansiedade é um hábito caro. Claro, ela valeria a pena se funcionasse. Mas não funciona. Nossas preocupações são fúteis. A preocupação nunca clareou um dia, resolveu um problema, ou curou uma doença.

    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

    Ester: chamada para orar (2)

    O rei na história do livro de Ester é um homem chamado Xerxes. Até onde eu sei, ele é o único homem na Bíblia cujo nome começa com X. Ele tem outro nome, que é Assuero, que é notavelmente quase o que acontece quando você está com um resfriado. Você não tem que se preocupar com esse nome. Xerxes é aquele que usaremos hoje. O rei Xerxes governou a Pérsia antiga como um rei soberano absoluto. Tudo que ele tinha que fazer era levantar sua sobrancelha e o destino seria alterado em qualquer uma das 127 províncias que estavam sob seu controle. Elas iam desde a Etiópia, passavam pelo que hoje é chamada Turquia e chegavam até a Índia. E ele governou com uma lei de um rei Persa.

    Nesse sentido, ele é uma figura do nosso Rei – o Rei dos Reis, o Deus Todo-Poderoso. E na história de Ester, ele nos lembra daquele com soberania absoluta. Embora você possa pensar que é você quem determina seu futuro, Deus já determinou seu futuro, e o seu papel é responder ou não àquilo que Ele o chamou para ser. Ele é Aquele que cavou o canal do rio da história e a sua escolha é se você quer ou não ser obediente.

    O rei Xerxes tem um homem que é seu braço-direito. Ele é chamado Hamã, o qual, de novo, tem uma conotação curiosa. Soa muito como carrasco. E se você sabe o final da história, você sabe por que isso é curioso. Hamã é o braço-direito do rei Xerxes, e você lê cada palavra sobre Hamã e não acha uma minúscula partícula boa no corpo do rapaz. Ele era mau de cima a baixo, dentro e fora. E ele tinha apenas um desejo, e era que todos na Pérsia – realmente ao redor do mundo – se curvassem diante dele. Seu objetivo na vida era ter a sua adoração e a minha adoração. Ele quer que todos se curvem diante dele.

    E, em alguma hora, ele ficou um pouco irritado com esta minoria atípica que vive nas grandes terras da Pérsia, chamada de povo judeu. E decidiu que o mundo seria melhor sem os judeus. Então ele convenceu o rei Xerxes de que esse povo deveria ser aniquilado. Ele pede um holocausto mundial. E certo dia, o rei Xerxes diz: “Tudo bem, faremos isso nesse dia.” Hamã até financia o projeto. Então tudo está pronto para que o povo judeu seja aniquilado.

    Agora Hamã, nessa história, representa Satanás. Porque assim como Hamã não tem bons desejos em seu sistema, também Satanás não tem nada de bom. Você precisa entender, e freqüentemente é bom lembrarmo-nos, que Satanás o odeia. Ele o odeia porque você é feito à imagem de Deus. E ele odeia qualquer um que o recorde de Deus. Conseqüentemente, ele tem um objetivo, que é destruir o povo prometido – destruir os filhos de Deus. Ele tem o propósito definido de interromper o plano de Deus. O que quer que isso signifique, ele irá fazer. Neste caso, significava exterminar a linhagem judaica. E exterminar a linhagem judaica significava que não haveria Jesus. E o objetivo principal de Satanás é manter-nos fora da presença de Jesus. Porque quando nos curvamos diante de Cristo, não nos curvamos diante de Satanás. E, se ele pode destruir os judeus, então isso irá interromper o plano. E desde que ele mentiu para Eva no jardim, isso é o que ele tem feito. Ele quer interromper o plano. Ele quer manter a presença de Deus fora de sua vida. E se isso significa um holocausto na Pérsia, se isso significa um infanticídio em Belém, se isso significa uma crucificação no Calvário, ou se isso significa uma tentação em uma sexta-feira à noite, ele fará – o que quer que precise. Você vive em sua mira, sempre sendo analisado, procurado, e ele está perseguindo-o. Isso é muito importante.

    Paulo diria que nossa luta não é contra carne e sangue. Mas nossa luta é contra as forças espirituais desta escuridão presente. Então aí é onde nossa luta está sendo travada. E ele é exatamente quem Hamã representa. Satanás está a ponto de fazer o que não é bom. A Bíblia diz que ele veio para enganar, matar e destruir. A Bíblia também diz que ele está cheio de raiva porque sabe que não tem muito tempo. Então ele está ocupado no trabalho de traçar e ser astuto, querendo roubar e tomar o que não é seu. Isso é a razão, a propósito, de ele estar muito triste por você estar lendo isso. Ele realmente está. Você meio que deu um chute na canela dele por estar aqui. Porque estamos em um ponto da oração do Senhor em que ele realmente gostaria que não tivéssemos chegado. Isso é, incomoda-o que falamos sobre nosso Pai, que está no céu, santificado seja Vosso nome. Mas quando começamos a orar, “Venha o vosso reino,” ele percebe que estamos, nesse ponto, fazendo e cumprindo o dever cristão mais elevado que existe. Veja, orar, “Venha o vosso reino,” é dizer isto: “Deus, deixe que Sua presença seja sentida em minha vida. Quero Seu reino à minha volta. E eu percebo que em um reino há um rei e um trono. E eu voluntariamente estou descendo desse trono. E Satanás não ocupa esse trono. O Senhor ocupa esse trono. Agora que o Senhor seja Rei. O Senhor seja Soberano. Tome o controle completo. Guie-me. Conduza-me.”

    Quando você ora, “Venha o vosso reino,” você está dizendo, “Deus, venha. Venha para esta parte da minha vida que está quebrada. Venha para esta parte da minha casa que está má. Venha para essa relação onde há incesto. Vá lá onde há adultério. Lide com esse problema de pornografia. Onde há vício em droga, seja Senhor. Onde quer que haja desafio. Onde quer que haja algo mau, preciso que o Senhor venha.” E nós nos rendemos e dizemos, “Não posso mais fazer isso. Tenho uma relação que não consigo entender. Tenho filhos que não consigo compreender. Tenho pais que não me escutam. Por favor. Por favor, Deus. Venha, reino!”

    A frase está no imperativo no grego, o que significa que merece um ponto de exclamação no final. E você pode literalmente orar assim: “Venha, reino! Venha!” Você está causando uma tormenta nos portões do céu. E você está dizendo, “Deus, preciso que o Senhor venha, e preciso que o Senhor venha agora!” E você diz, “Bem, Max, quem sou eu para orar assim? Quem sou eu para fazer um pedido tão audaz a Deus? Deixe-me contar quem você é. Você é Seu filho. Você é Sua criança. Você é Sua criatura. E Ele só espera que você venha e diga, “Venha!” Peça e você receberá. Procure e você achará. Bata e a porta será aberta para você. Ele não disse, “Peça e talvez Eu o ajude em um dia bom.” Ele disse, “Peça e você receberá. Procure e você achará.” O passo mais seguro e confiável que você pode dar, é o passo da oração. Por isso, quando você entrar na presença de Deus, não venha choramingando, não venha desalmado, não venha sonolento, não ofereça essas orações de insônia. Venha a Ele e venha confiadamente à presença de Deus. Isso é o que o escritor de Hebreus disse. “Cheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono de Deus”.

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    Traduzido por Cynthia Rosa de Andrade Marques
    Texto original extraído com permissão do site www.maxlucado.com

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